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Economia Brasileira - Resumo crise 1930

Por:   •  8/12/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.332 Palavras (6 Páginas)  •  752 Visualizações

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Nome: Bárbara Roberta    RA: 101140735    6 semestre   Economia

PP 1

Em 1930 uma grande crise atingiu a economia do mundo todo, que ficou conhecida como a Grande Depressão, e que pelo menos para o Brasil foi um marco fundamental para o processo da produção industrial brasileira e também latino americana. Sabemos que o processo de industrialização do Brasil já havia se iniciado no século XIX, mas esse fator só foi ser determinante para a economia para a economia brasileira neste momento. É uma grande ruptura, ao pensarmos que o café deixou de ser o produto que determinava a economia brasileira.
É correto dizer que a indústria brasileira saiu fortalecida do grande choque que foi a grande depressão.

Ocorreram guerras logo pela primeira metade do século XX, 1ªGuerra Mundial (1914-1918) e 2ª Guerra Mundial (1939-1945), que envolveram os países mais ricos do mundo e provocaram uma imensa destruição. Entre essas guerras se deu a Grande Depressão (1929-1933), em um período que as economias capitalistas atravessavam uma crise profunda (e ainda iam atravessar).

Os chamados ciclos econômicos, que ocorrem entre 7 à 10 anos, é explicável na constatação que as economias capitalistas são intrinsecamente instáveis.

A Grande Depressão foi o período na história onde em quase os países do mundo houveram reduções do nível de emprego, comércio e empréstimos internacionais. Além das consequências políticas, econômicas e sociais, ela também abalou algumas convicções, tanto que após a Segunda Guerra Mundial emergiram as políticas econômicas intervencionistas, em busca da construção do Estado ideal.  

Especificamente no Brasil, a revolução de 30, levou a uma perda na hegemonia política da forte burguesia cafeeira, assim dando espaço a classe industrial que estava em crescimento. A partir desse momento que o processo de industrialização se intensificou.

O Brasil era o maior produtor de café do mundo, daí temos a importância dessa produção e a exportação de café. Nesse mercado o Brasil atuava como um produtor semimonopolista, com enormes reservas de terras férteis e mão de obra. Todo esse capital que era gerado na produção, era investido novamente para a produção de mais café, por esse motivo que a crise 30 atingiria essa produção em cheio.

Mesmo o café tendo se tornado bem aceito e consumido em todo o mundo em algum momento a demanda pelo produto atingiria o seu limite, e atingiu. Como a burguesia cafeeira da época detinha de grande força política no Brasil foram usados diversos mecanismos de defesa para o café. Utilizaram o mecanismo cambial, depreciando a moeda nacional nos momentos de queda da exportação, mas havia um limite. Após, o governo passou a comprar todo o excedente de café dos produtores que não era vendido, com um dinheiro que vinha de financiamentos por empréstimos externo. Claramente esses mecanismos buscavam apenas preservar a renda dos produtores de café ao invés de impedir o aumento da produção. Pelo contrário, incentivou-se ainda mais a produção interna, assim a Grande Depressão só precipitou uma crise que já vinha se arrastando por décadas.

Nessa época a cafeicultura brasileira estava extremamente vulnerável, para se ter ideia em 1929 menos da metade da produção total foi exportada. Nesse ponto ficou claro que a demanda havia atingido o seu limite, e política de defesa do café mantida pelo Estado só agravava mais esse desequilíbrio.

Mesmo com o início da Grande Depressão a produção brasileira não parava de crescer, até que em 1933 ela atingiu o seu auge.

Com o mercado internacional em queda e sendo impossível fazer novos estoques de café o governo já não podia mais sustentar a política de defesa do café, além disso as reservas de ouro do governo que somavam 31 milhões (libras) em 19, chegaram a 0 em 1930.

A preservação da renda dos cafeicultores era paga por toda a sociedade daquela época, seja por meio forte desvalorização cambial ou seja pela alta dos preços das importações.

A medida que o governou tomou para diminuir a oferta de café foi a queima de todo o café excedente. Lembrando que a compra desses excedentes foi financiada pelos impostos sobre a importação de café e pela expansão do crédito.

A recuperação da economia brasileira se deu a partir de 1933, e não pela recuperação econômicas dos países industrializados ou do volume de exportação do café, mas sim graças a fatores internos.

Focando mais no crescimento industrial, devido a Grande Depressão ocorreu uma grande queda no nível de renda e os preços dos produtos importados subiram. A procura que antes que era atendida pela importação passou a ser atendida pela oferta interna. Essa intensidade na procura interna criou uma nova situação no meio desse meio de recessão mundial.

Se por um lado a crise do café afugentava os capitais nele mesmo investidos, parte desses capitais foram absorvidos pela própria agricultura, mais especificamente a do algodão.

Em uma situação normal o aumento da produção deveria gerar o aumento das importações de máquinas/ equipamentos para poder viabilizar essa produção interna. Em um primeiro momento foi usada a capacidade ociosa já existente e depois foi possível importar vários equipamentos usados a preços baixos que vinha de fábricas que forma fechadas no exterior em decorrência da Grande Depressão. Ao mesmo tempo começou a crescer a procura por bens de capital e os preços das importações não paravam de crescer devido a desvalorização cambial, elementos que causaram uma condição propícia para a instalação da indústria de bens e capital no Brasil. Por mais que pareça surpreendente, o aumento da renda nacional foi basicamente induzido a partir do próprio mercado interno.

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