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A Antígone

Por:   •  11/9/2019  •  Resenha  •  837 Palavras (4 Páginas)  •  147 Visualizações

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CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO - IDP

DISCIPLINA: FILOSOFIA POLÍTICA         SEMESTRE: 1O SEMESTRE

PROFESSOR: Henrique Smidt Simon

ALUNO: Jefferson dos Santos Raymundo

Livro: A Antígone  (Autor Sófocles)

TURNO: Noturno        RA: 1921834

E-MAIL: jjeffersondosssantos@hotmail.com

Antígones é uma peça que evidencia o conflito entre as tradições religiosas e o poder humano, Sófocles aborda alguns dos temas que sempre estarão presentes em qualquer sociedade humana, que são: a consciência individual; o poder do Estado; a obrigação ou não de aceitarmos todas as leis; e a própria existência de uma Lei natural que transcende à dos homens, e que fortemente influencia algumas civilizações até hoje.

Um dos personagens é Creonte, irmão da esposa de Édipo, este assume a sucessão do trono por direito após a morte de Édipo, mas antes de Creonte assumir ao trono a história conta que Polinices, reuniu um forte exército e atacou Tebas.

Os irmãos começam lutando um contra o outro pelo trono de Tebas e morrem neste confronto. Creonte assume o comando e logo em seguida Antígona fica sabendo que um dos seus irmãos mortos teve o direito à sepultura negado. Creonte, tio de ambos os falecidos, decide pelo enterro com honrarias de Etécocles, e, por meio de um decreto, interdita qualquer tebano sepultar ou chorar o corpo de Polinices, ficando assim este insepulto.

Ele decide que Polinices terá seu cadáver exposto aos cães e às aves de rapina. Antígona revolta-se contra o decreto de Creonte e decide oferecer um sepultamento digno a seu irmão. Ela vai adiante em seu plano de honrar o irmão conforme havia prometido.

Durante a ação, Antígona é flagrada por um guarda no momento em que ela jogava terra sobre o corpo do irmão, aquele a entrega a Creonte, que a condena à morte. A atitude autoritária do soberano é questionada durante a peça por seu filho Hêmon, pelo sábio Tirésias, e claro, pela própria Antígona.

Entende-se que ali começa o maior conflito, pois Antígona acreditava nas Leis dos Deuses, Lei esta que a permitia desobedecer as ordens de Creonte. Ao ler este extraordinário livro conclui-se que existe uma divisão entre as crenças familiares embasadas na Mitologia Grega e à a atual Lei do Estado, o próprio Aristóteles já mencionara Antígona como uma das mais importantes peça do mundo Ocidental.

Com certeza vê-se o quanto ela continua atual, Antígona é classificada como uma das mais famosas tragédias gregas que se aventura em mostrar a linguagem, a lealdade, a dignidade e a vida de uma mulher que sozinha, abalou uma tirania.

Esta história foi encenada pela primeira vez na cidade de Atenas no ano 442 A.C, sobrevivendo a todas as mudanças de sua época e também às do mundo atual, ainda com uma linguagem muito própria, porém inteiramente compreensível em nossos dias.

Praticamente em todos os locais havia uma ou outra forma de tirania, e este livro retrata justamente esta condição que o povo daquela época se encontrava, sujeito a qualquer edito do rei ou governador; certamente não existia um freio e contrapeso, tinha valor final à palavra do tirano, que agiria conforme seu bel-prazer.

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