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A Defesa de Sócrates

Por:   •  29/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.297 Palavras (6 Páginas)  •  224 Visualizações

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1) Qual a temática central da obra e como ela se estrutura?

A temática central da obra gira em torno do julgamento de Sócrates. Ela se estrutura a partir de um diálogo onde Sócrates tenta se defender das acusações recebidas. O resultado desse julgamento é a condenação de Sócrates a morte.

2) “Cumpre, Atenienses, me defenda, em primeiro lugar, das primeiras aleivosias contra mim e dos primeiros acusadores; depois, das recentes e dos recentes. Com efeito, muitos acusadores tenho junto de vós, há muitos anos, que nada dizem de verdadeiro. A esses tenho mais medo que aos da roda de Ânito, posto que estes tambem são terríveis.” (DS,p.6) Considerando essas palavras de Sócrates, quais foram as pricipais acusações feitas pelo filósofo?

Sócrates é acusado de negar a existência dos deuses e entidades convencionais da época, de corromper e ensinar aos jovens o que os acusadores apontam como “razão mais fraca” e de questionar o que há sob a terra e nos céus.

3) Cite 3 argumentos usados na defesa de Sócrates.

Sócrates faz seu primeiro argumento de defesa afirmando que esta sendo acusado por causa de desavenças do passado. Ele conta que o oráculo afirmou que ele era o mais sábio entre os homens, o que o levou a investigar outros que se diziam sábios para averiguar os fatos. Nesse caminho, Sócrates descobriu que muitos que se diziam sábios eram apenas prepotentes por se denominarem como tal, pois na verdade pouco sabia para tal título, afirmando tais sentenças ele criou muitas inimizades. Em seu segundo argumento ele afirma que se corrompia a mocidade não o fazia com intenção, que procurava persuadir os jovens a não cuidar tanto do corpo e das riquezas, mas sim cuidar e melhorar a alma. No seu terceiro argumento o filósofo desenvolve um argumento em cima de uma pergunta feita pelo próprio, onde questionava sobre o arrependimento de ter escolhido uma ocupação que o colocou em risco de morte, ele afirma que obedeceu fielmente o oráculo, que o mandava levar a vida de um filosofo, e, se o mesmo não o fizesse, estaria desobedecendo o oráculo e desacreditando nos deuses.

4) “Afinal, Sócrates, qual a tua ocupação? Donde procedem as calúnias a teu respeito? Naturalmente, se não tivesse uma ocupação muito fora do comum, não haveria esse falatório, a menos que praticasse alguma extravagância (...)”

Atenienses, devo essa reputação exclusivamente a uma ciência (...)

“Para testemunhar a minha ciência, se é uma ciência, e qual é ela, vos trarei o deus de Delfos. Conhecestes Querefonte,decerto. Era meu amigo de infância e também amigo do partido do povo e seu companheiro naquele exílio de que voltou conosco. Sabeis o temperamento de Querefonte, quão tenaz nos seus empreendimentos. Ora, certa vez, indo a Delfos, arriscou essa consulta ao oráculo – repito senhores; não vos amotineis – ele perguntou se havia alguém mais sábio do que eu; respondeu a Pítia que não havia ninguém mais sábio” ( DS, p.7)

Considere o trecho acima, quais as reflexões o filosofo Sócrates levantou a partir da afirmativa do oráculo de Delfos? Qual foi sua atitude? E por fim, qual a conclusão de Sócrates sobre a afirmativa do oráculo?

Sócrates não acreditou nas palavras do oráculo, então ele se pôs em uma investigação para provar que ele não era o mais sábio. O filósofo então examinou e dialogou com indivíduos considerados sábios pela sociedade, e concluiu que muitos deles tinham algum conhecimento especifico, mas isso não era o suficiente para eles serem sábios, mesmo que os mesmos se intitulassem assim. Por fim, Sócrates concluiu que ele era um pouco mais sábio que os demais por saber reconhecer sua ignorância.

5) Qual foi a discussão feita por Sócrates sobre as penas do tribunal ateniense?

Sócrates refletiu sobre as consequências que cada sentença teria sobre a sua vida e qual seria mais justa. A multa não seria possível, pois o filosofo não era provido de riquezas ou bens materiais, o mesmo era sustentado por Pritaneu. O exílio também não era uma opção viável, visto que ele acreditava que viver sem exame e reflexão não era uma vida digna para um ser humano. Em uma ultima analise, Sócrates diz que não há como saber se a pena de morte é positiva ou negativa.

6) Qual a postura (de Sócrates) diante da lei?

O filósofo se mostra um grande admirador das leis, sempre que possível ressalta a importância da justiça. Mesmo achando a condenação injusta, Sócrates aceita as acusações e penas sofridas afirmando que todos, inclusive ele, devem obediência as leis do estado.

7) Considerando os dois fragmentos abaixo, como podemos definir a justiça na perspectiva de Sócrates?

“A verdade, Atenienses, é esta: quando a gente toma uma posição, seja por a considerar a melhor, seja porque tal foi a ordem do comandante, aí, na minha opinião, deve permanecer diante dos perigos, sem pensar o risco de

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