A Mediação de Conflito
Por: dov.passos • 2/4/2021 • Projeto de pesquisa • 354 Palavras (2 Páginas) • 111 Visualizações
Mediação de Conflito – Júlio X Silvana
Este caso aponta para uma realidade complexa, relativa às novas configurações dos vínculos familiares e das possibilidades de conflitos inerentes a esse tipo de situação.
Inicialmente, faz-se necessária uma reflexão sobre o conflito, em seguida aplica-se uma análise a diversos autores da área para, num terceiro momento, apresentar algumas conclusões a respeito do assunto.
No que se refere às técnicas que possam contribuir, pode ser de grande proveito o uso do "empoderamento do outro". Existem situações onde é necessário equilibrar o poder, buscando destacar pontos que coloquem o mais enfraquecido em situação melhor na negociação. No caso apresentado, o Sr. Júlio sente-se prejudicado uma vez que mantém sua demanda de trabalho e responsabilidades, enquanto na visão dele, a Sra. Silvana abdicou dos afazeres domésticos e prol de outras atividades.
Esta situação propicia ajudar os disputantes a produzirem propostas construtivas a aceitarem um novo modelo social que a família pode se adequar, cessando-se o litígio de forma harmoniosa.
É de grande utilidade resgatar o passado onde a confiança existiu, neste caso específico tendo o protagonismo da Sra. Silvana, há mais de 23 (vinte e três) anos, dedicando-se, trabalhando e cuidando da casa e de seus dois filhos
Uma vez que o Requerente dedica-se exaustivamente ao sustento familiar, sendo também sempre muito atencioso com a família, é claro que o mesmo também detém seu protagonismo, e desta forma há a possibilidade de o mediador utilizar de procedimentos e técnicas de forma a possibilitar consenso na solução do conflito.
Neste cenário, há possibilidade de o mediador reforçar a habilidade de cada um reconhecer percepções sobre si e sobre o outro, impedimentos do passado, itens a facilitar o acordo e experiências que justifiquem sua forma de pensar.
Ao mediador cabe lidar com os movimentos, decisões, avanços e retrocessos das partes não estão de acordo com aqueles que ele esperaria. Por outro lado, pode perceber que existe um movimento apontando uma evolução, mesmo sem chegar a um acordo. É importante ficar atento às "micromudanças" fundamentadas na realidade vivencial das partes envolvidas, na intensidade que estas suportam e conseguem produzir, e não na realidade e dimensões esperadas pelo mediador.
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