A Nova Retórica e os Valores
Por: nandasfd • 29/5/2017 • Trabalho acadêmico • 1.144 Palavras (5 Páginas) • 473 Visualizações
A Nova Retórica e os valores
Chaïm Perelman
INTRODUÇÃO:
Perelman muda seu ponto de vista nesse capitulo, trazendo uma nova visão sobre a retórica. Diferente dos positivistas, agora ele passa a considerar que uma argumentação pode sim se direcionar a qualquer auditório, Inserindo juízos de valores em uma esfera racional, por isso a apresenta como a retórica e os valores, logo sendo assim ela uma lógica mais razoável, diferente da empregada anteriormente que era matemática e precisa.
Enfim a nova retórica visa ser mais universal, diferente da retórica clássica, não vai se limitar ao discurso, mas sim passará a englobar todo campo argumentativo.
A Nova retórica e os Valores
A retórica clássica definida por Aristóteles como a arte de buscar em qualquer situação, os meios de persuasão disponíveis, era a retórica que buscava as técnicas discursivas com intuito de persuadir o seu auditório com assentimento sobre determinada tese.
Assim podíamos dizer que a retórica persuadia através do discurso, buscava a demonstração para se afirmar e convencer e a variação da intensidade da adesão da tese que se expõe e finalmente o que de fato distingue a retórica da lógica formal é o fato de na retórica a adesão passa a ter muito mais importância que a verdade em si, uma vez que a verdade é pessoal e imutável em seu estatuto, já adesão modifica e interfere no todo, ou seja no auditório.
Na retórica clássica o auditório é o ponto central do discurso, uma vez que ele se molda a seu formato, no entanto Perelman contesta essa analise, em primeira etapa diz que uma argumentação persuasiva ou convincente pode se dirigir a qualquer auditório e sê-lo ainda assim convincente e persuasivo.
Daí a superioridade dos argumentos que seriam tidos como universais uma vez que alguns discursos possam ter auditórios tão amplos que se torne impossível direcionar os argumentos ao seu convencimento próprio.
A nova retórica de Perelman, abre os horizontes da retórica clássica, e expande a ideia de verificar apenas as técnicas de discurso, mas se interessara de forma idêntica ao dialogo socrático, dialética, se baseando na idéia de defender uma tese e atacar o adversário com uma controvérsia.
Buscar o espirito do auditório ao qual vai se dirigir ajuda o orador a formular suas teses com base nas crenças já pré-estabelecidas daquele auditório podendo assim ter premissas tão sólidas em que a conclusão não escapará a esperada pelo orador.
Assim, Perelman sai do discurso entre o que é verdadeiro ou falso discutindo ao invés de uma formula matemática, valores que podem ser aceitos ou não, mas não tem critério estrito, assim ele vence quando consegue convencer seu auditório, e não quando prova indiferente de suas premissas se algo é verdadeiro.
Então quando se discute valores se pode sair da dualidade, e assim reformar transformar e até readaptar teses primitivas que ganham a partir dai nova roupagem e uma outra adesão, que pode ultrapassar o e até conquistar outros tipos de publico.
Assim, chega Perelman a conclusão que um discurso epdíctico não se baseia apenas na admiração, ele é base para a formulação de um espirito societário, já que uma sociedade se baseia num principio de imitação dos mais velhos que servem de exemplo, o discurso epdíctico, pode ser meio de transformação e convencimento, já que criam uma disposição preliminar.
Assim, percebe-se que a visão de mundo, ou seja juízos de valores que acompanham a formação de uma sociedade, de um publico, esse seria a essência do seu espirito, assim podemos então afastar o niilismo de que juízos de realidade, ainda que científicos estão inteiramente separados do juízo de valores que corroboram para uma formação inicial é assim que podemos então enveredarmos em um raciocínio de argumentação que busca justificar uma retórica mais ampla, que preliminarmente consagre o raciocínio jurídico.
A nova retórica tem por seu objeto de estudo a análise de técnicas discursivas, a fim de que alcance determinado auditório, apresentando as suas teses e argumentos.
A linguagem evolui ao longo da história, todavia a mesma não evolui sem uma razão. A língua pode ser considerada como um instrumento de comunicação, sendo necessária que a mesma alcance o comum.
Sabe-se a linguagem é um instrumento indispensável nas relações humanas, todavia correntes como o realismo e o nominalismo filosófico procuram minimizar o papel da linguagem frente ao conhecimento.
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