A Recuperação Judicial
Por: nicolychalupa • 18/5/2023 • Trabalho acadêmico • 1.130 Palavras (5 Páginas) • 58 Visualizações
TRABALHO RECUPERAÇÃO JUDICIAL – PROF. CARLOS JOSE FRAGOSO
ALUNA: NICOLY CAROLINE DA SILVA
TURMA 306K - NOTURNO
1- Qualquer espécie de sociedade poderá se beneficiar das recuperações
previstas na lei?
Nem toda sociedade poderá se beneficiar do instituto da RJ, visto que os arts.
1º e 2º da Lei nº 11.101/05 preveem que somente as sociedades empresárias
poderão utilizar de tal instituto e, ainda, a lei é expressa no sentido de proibir a
sua aplicação nas sociedades constantes nos incisos I e II do art. 2º da lei.
2- No caso de o devedor possuir filiais, qual será o foro competente para o
pedido de recuperação judicial?
Neste caso, o comum seria pensar que o foro competente para processamento
do pedido seria na cidade da sede, porém, esta norma não ocorre de forma
absoluta, sendo que, de acordo com o art. 3º da lei, o foro competente para
homologação do plano e demais atos pertinentes, é aquele cujo a sociedade
concentra o maior volume de negócios, ou seja, o principal estabelecimento
daquela atividade empresarial. Desta forma, não precisa ser, necessariamente,
a sede da sociedade, mas pode ser uma filial com grande lucratividade.
3- Para que a recuperação extrajudicial obrigue a todos os credores previstos
pela lei a aceitarem as condições do plano, qual é a exigência da lei?
A exigência da lei neste sentido se encontra no art. 163, o qual dispõe sobre a
possibilidade de todos os credores serem obrigados a aceitarem as condições
propostas no plano de recuperação, desde que haja aceite pela
representatividade de mais da metade dos créditos de cada espécie abrangidos
pelo plano.
4- Quais os tipos de credores na recuperação extrajudicial que não estão
sujeitos ao efeito da lei?
Os credores que não estão sujeitos aos efeitos da lei são aqueles cujos créditos
possuem natureza tributária e trabalhista, bem como aqueles previstos no
parágrafo 3º do art. 49 e no inciso II do caput do art. 86 da lei.
Ainda, importante mencionar que os créditos trabalhistas decorrentes de
acidentes de trabalho exigem negociação coletiva com o sindicato da
respectiva categoria profissional.
5- Cite 3 diferenças entre a recuperação judicial e a extrajudicial.
Na Recuperação Extrajudicial, a proposta e a negociação de meios que
proporcionem ao devedor a recuperação em seu empreendimento são
realizadas diretamente com os credores, antes da homologação do plano em
Juízo. Já na judicial ocorre por meio de ação, sem que haja concordância prévia
dos credores.
Quem já obteve uma RJ, para poder pedir novamente, deve-se aguardar o
prazo de 5 anos. No entanto, poderá pedir a extrajudicial, após o período de 2
anos, sendo que esta apresenta maior flexibilidade, celeridade, menores custos
e simplificação dos quóruns, além de menor intervenção e desgaste de
imagem, com menor risco.
A flexibilidade é evidenciada a partir da desnecessidade de englobar todos os
credores no processo de negociação. As partes possuem ampla liberdade para
negociação do conteúdo do plano e seu quórum necessário para aprovação do
pedido de homologação do plano é mais simples do que para o pedido de RJ.
Maior celeridade no processamento do regime da RE, por conseguinte sendo
reduzido os atos processuais, não havendo necessidade de nomear
administrador judicial, o custo tende a ser reduzido, pois não há AG e
procedimento de verificação de créditos. Menor intervenção da empresa em
crise, inexiste a possibilidade da perda da administração da empresa, por meio
de interventor.
6- Quais são os tipos de credores que não estão sujeitos aos efeitos da
recuperação judicial?
Não se aplicam aos efeitos da recuperação judicial os créditos decorrentes de
credor titular da posição de proprietário fiduciários de bens móveis ou imóveis, de
arrendamento mercantil, proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos
respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade,
bem como os créditos tributários e as obrigações à título gratuito e as despesas
que os créditos fizerem para tomar parte na recuperação judicial ou, ainda, na
falência.
7- Explique o Princípio da Viabilidade da empresa e quais são os critérios
utilizados para sua análise.
O Princípio da Viabilidade da Empresa consiste em analisar quais serão os
impactos econômicos, políticos e sociais caso determinada sociedade venha a
ter
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