ANTÍGONA – SÓFOCLES
Por: 170599 • 5/4/2017 • Resenha • 679 Palavras (3 Páginas) • 303 Visualizações
ANTÍGONA – SÓFOCLES
THALIA NAVARINI
A história é iniciada com Antígona e sua irmã Ismênia comentando sobre uma lei que o rei Creonte ditou. Uma lei que impede qualquer cidadão enterrar e prestar as homenagens fúnebres a Polinices cujo era irmão de ambas. Se alguém ousasse contrariar essa lei seria profundamente castigado.
Não querendo desrespeitar a lei do rei, Ismênia lembra Antígona que são apenas mulheres e não podem lutar com as forças de um homem. Mas Antígona já estava decidida: ela preferia desrespeitar a lei dos homens a desrespeitar a Lei dos Deuses. E assim faz Antígona, desobedece a Creonte e enterra seu irmão Polinices. Mas Antígona é surpreendida pelos guardas do rei, e não nega tal feito declarando não ter medo da morte. Assim enfrenta a hipocrisia de Creonte, que tenta convencer Antígona que ela está errada por contrariar sua lei e enterrar um ser do mal.
O rei então decidido a punir Antígona manda seus escravos leva-la para um túmulo de pedras e assim a enterram com vida, enquanto isso ninguém era capaz de mudar a ideia do rei, nem mesmo seu filho Hêmon, noivo de Antígona, foi capaz. Tirésias, o sábio da região cujo possuía total confiança do rei, faz profecias que a decisão tomada por Creonte irá causar uma terrível maldição. O rei começa rever seus pensamentos. Mas quando Creonte realmente muda de ideia, já é tarde. Ao chegar ao túmulo de pedras que ordenara deixar Antígona ele vê a moça morta enforcada com o próprio cadarço de seu espartilho e seu filho Hêmon aos pés da amada chorando.
Quando vê o pai, Hêmon se volta contra ele e tenta golpeá-lo, o pai se defende e então Hêmon se suicida, a notícia se espalha e chega aos ouvidos da esposa do rei, que não aceita a perda do filho e também se mata. Creonte profundamente arrependido diante daquela terrível situação exige o eterno abandono.
PALAVRAS CHAVES: Antígona. Lei. Rei. Sepultura. Tragédia.
Comentário Critico:
A trama se encaixa em uma tragédia grega relatando a personagem Antígona que não se deixa levar pela tirania do rei Creonte e que não deixa de fazer o que é certo mesmo que isso possa prejudica-la. O rei Creonte, demonstrando toda sua hipocrisia, deseja punir o irmão de Antígona e não deixa que ninguém o enterre. Devemos nos dar conta de que a trama é vivida em um período em que a mitologia grega prevalece na sociedade, por isso rei Creonte acredita estar dando uma terrível punição a Polinices.
Quando Antígona vai conversar com a irmã sobre a morte de Polinices podemos observar uma crítica feminista muito grande ,que para a época é algo fenomenal; Ismênia tenta convencer a irmã que como mulheres elas não podem fazer nada, uma vez que um homem está no poder. Mas a persistência de Antígona nos mostra a luta de uma única mulher contra toda uma cidade. Dessa forma ela nos mostra sua força, seu prazer em executar aquilo que é digno e moral, e nos deixa como lição que nem sempre o legal é algo moral.
Alguns fatos citados no texto, como por exemplo a atitude do rei Creontes ao criar uma lei, cujo o único beneficiado seria ele próprio, é comum na atualidade. Podemos relacionar como um exemplo atual a proposta da reforma da previdência, pois cada vez mais, as pessoas pensam somente em si e não pensam nas consequências futuras.
A obra é algo incrível, pois em pleno século V a. C, os homens já tinham ideia de punição e também uma concepção de lei natural, onde nada é escrito, tudo é ditado e executado. Sendo assim concluo que a obra foi de extrema importância para o conhecimento do passado que condiz muito com a atualidade em nosso país.
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