Antígona
Por: Francisco Ferreira • 20/9/2015 • Artigo • 289 Palavras (2 Páginas) • 227 Visualizações
Faculdade Projeção
Disciplina: Filosofia
Professor: Daniel de Souza Mota
Aluno: Francisco de Assis Ferreira do Nascimento
Turma: 2AM
JUSTO POR LEI
E
JUSTO POR NATUREZA
Taguatinga, 24 de agosto de 2015.
Antígona
A peça narra à história de uma mulher chamada Antígona, uma filha do amaldiçoado rei Édipo com Jocasta, e sua trajetória de enterrar o irmão, Polinices, de acordo com os seus dogmas e ritos religiosos. Contudo, esse ato funerário vai contra as normas do atual rei Creonte, seu tio, que, como punição pela desobediência, a aprisiona em uma gruta, deixando-a lá por vários dias. Por fim, após uma série de eventos, o soberano cede a pena, e quando decide libertar Antígona, se depara com ela morta, e logo em seguida, o filho Hémon e sua esposa também se suicidam. Um final trágico e moral.
Entretanto, a obra traz o seguinte questionamento: “Respeitar primeiro a lei divina ou a dos homens?”.
De acordo com Antígona, o privilégio foi à escolha da lei natural ou divina, desrespeitando as ordens do tio Creonte, e assim realizando o rito de passagem do irmão, com o propósito da alma dele não vagar eternamente entre mundos, correndo então o risco de morrer por ignorar a lei do soberano arbitrário.
O dilema principal que Antígona expressa é o infinito conflito entre o ser “justo por natureza”, a leis divinas na crença religiosa, e “justo por lei”, as normas dos homens. Porém, o combate entre as duas posições extremistas levou ambos os lados ao final trágico, por não buscarem um acordo racional, e por quererem se sobrepor. Uma por desobedecer à lei estabelecida, por ir contra os seus valores éticos, e o outro por ignorar a tradição e cultura pré-estabelecidas, apenas por capricho e ego, resultando em punições fatais.
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