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Instituto Federal de Goiás –[pic 1]

Campus Luziânia

Alunos: Maria Eduarda Matos, Maria Eduarda Martins, Isabela, Eduardo, Guilherme

Obsolescência Planejada

Luziânia, 11 de Junho de 2017

Introdução

        A obsolescência programada é um método utilizado por fabricantes, que tem como principal objetivo delimitar a vida útil dos produtos. Como exemplos, utilizaremos produtos (Vick, Minancora, etc) para demostrar a força e presença da obsolescência no nosso cotidiano.

Desenvolvimento

        Estão espalhados pela internet vários sites de busca, que vendem produtos de marca por preços muito baixos. O Ali Express é um site que comercializa roupas, sapatos, acessórios e, praticamente, tudo, por preços muito inferiores. Sites como esse multiplicam-se cada vez mais, e na realidade, outro tipo de site que sempre esteve presente e possui muitas mercadorias “incomumente baratas” é o ebay. O Ebay não fabrica nenhum produto, é apenas uma plataforma para você comprar o que outras pessoas estão anunciando. Mas, você não sabe como está sendo produzido o que está sendo anunciado ali.

       A realidade é que você não tem como saber a origem de quase nada que você está consumindo, a não ser que você mesmo produza ou visite com regularidade a fábrica onde o produto é feito, sendo o produto estranhamente barato ou muito caro. Muitas empresas como Zara, Burberry, Adidas, American Apparel, Abercombe & Fitch, Walmart, entre muitas outras, são “denunciados” de manterem locais de produção com condições de trabalho ruins. E nada interfere que uma grande empresa mantenha locais de produção dentro das normas, e outros locais “fora delas”.

      Além de que, para uma empresa que tem fábrica, por exemplo, na China, é muito simples contratar mão de obra barata e não respeitar as normas, já que os trabalhadores não tem qualquer direito de negociação coletiva e não são filiados a sindicatos. Quando ele reclama, é demitido, e aí passa-se fome. De acordo com o Fórum Internacional dos Direitos do Trabalho, estas empresas “são o topo de uma cadeia de suprimentos complexa” que assujeita os empregados a trabalho infantil, forçado e escravidão por dívidas.

      Esse modo de produção das mercadorias afeta diretamente o consumidor, pois ele, ao comprar esses produtos, faz esse tipo de produção “girar”, perpetuando a obsolescência e suas perversidades.

       Outro exemplo da exploração de mão de obra, é na fabricação de baterias.

• O capitalismo obsoleto e a sustentabilidade do consumo

       Quando se tratando da obsolescência planejada e seus três tipos (Tecnológica, de Qualidade e Psicológica), é inevitável não fazer uma direta ligação com os impactos negativos ao meio ambiente, que essa obsolescência baseada apenas no lucro e no consumo dos compradores, pode causar. A obsolescência psicológica é aquela onde se adotam princípios e mecanismos para alterar o estilo do produto, afim de manipular os consumidores a irem para as compras sem hesitar.

       As marcas “eco” de muitos produtos são exemplos de obsolescência psicológica, onde há toda uma propaganda ecológica de sustentabilidade, onde com esse argumento de reaproveitamento e reutilização, muitas empresas consigam lucrar muito e fazer com que as pessoas comprem ainda mais seus produtos. Em muitos desses casos existe o “marketing verde”, onde essas empresas utilizam da estratégia sustentável de desenvolver aquele produto, vendê-lo, até o ponto de seu descarte, e a própria empresa fica responsável pela reutilização e fabricação de um novo produto. Então se cria um ciclo propagandas, venda, utilização, descarte, reutilização, “ideias sustentáveis”, e assim tornando o consumo obsoleto e exacerbado.

       Alguns exemplos de companhias que utilizam desse tipo de marketing/estratégia são: Faber Castell, e empresas de amaciantes em geral.

        Falando sobre a empresa Faber Castell, aparentemente sua estratégia ecológica para os consumidores é de que se utilizam de suas próprias reservas florestais como matéria prima de seus produtos, para que depois da fabricação e utilização, esses produtos sejam reciclados pela própria empresa, e assim, construindo uma cultura sustentável de consumo. E também existe a linha Eco, com produtos ecológicos.

       Os amaciantes em geral como, por exemplo, os da linha Comfort, fazem muita propaganda de seus produtos, sendo eles – de acordo com a empresa e as propagandas por ela divulgadas – sustentáveis e não causando nenhum dano ao meio ambiente ou ao patrimônio da natureza. No caso desses produtos Comfort, estão nas propagandas com novas embalagens sustentáveis que não agridem o meio ambiente, e na produção dos amaciantes a uma economia de água. Mas será mesmo que há essa economia dos recursos hídricos na produção de amaciantes? Ou é apenas uma tática de marketing para atrair a atenção dos consumidores? Até porque, em casos como esse (da produção de amaciantes), á um grande gasto de água, e nos faz imaginar que se, esse gasto menor, talvez não obteriam o mesmo resultado em questão de de vendas e lucros com um produto aparentemente “sustentável”.

• Produtos obsolescentes que não mudaram

     A obsolescência planejada é como uma “armadilha silenciosa do consumo”, ou seja, os produtos são produzidos e substituídos rapidamente. Nela, a vida útil dos produtos é reduzida para aumentar o lucro sobre eles, e dentro disso, surge também a marketing e a propaganda, que influenciam totalmente essa “exploração”. Podemos dar exemplos de produtos que não foram trocados com o tempo, foram apenas renovados.

     O Vick Vaporub por exemplo, é um produto que possui aromas de cânfora, mentol e eucalipto, seu toque aveludado causa grande alívio em problemas respiratórios, sua distribuição teve início em 1918 (Já que seus antecedentes eram apenas ervas). Na década de 20, os Vick Vaporub começaram a ampliar seu sucesso, conquistando e “melhorando” a vida de consumidores. Com tudo isso, a marca se expandiu e surgiram uma linha de produtos, mas o Vick Vaporub que a maioria das pessoas utiliza continua o mesmo (Verdinho de porte redondo e pequeno).