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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE NATAL CAPITAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

Por:   •  12/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.152 Palavras (5 Páginas)  •  995 Visualizações

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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE NATAL CAPITAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

                        CAIO, já qualificado nos autos do Processo-crime n.____, que lhe move a Justiça Pública, por seu advogado que esta subscreve, não se conformando com a respeitável sentença que o condenou como incurso nas penas do artigo 155, §4º, I, do Código Penal, vem respeitosamente, perante a Vossa Excelência, dentro do prazo legal, interpor RECURSO DE APELAÇÃO, com fundamento no artigo 593, I, do Código de Processo Penal.

                        Requer seja recebida e processada a presente apelação e encaminhada, com as inclusas razões, ao Egrégio Tribunal de Justiça.

Termos em que,

Pede deferimento.

Natal-RN, 13 de Julho de 2015.

Advogado

OAB n.


RAZÕES DE RECURSO DE APELAÇÃO

APELANTE: CAIO

APELADA: JUSTIÇA PÚBLICA

PROCESSON. _________

Egrégio Tribunal de Justiça,

Colenda Câmara,

Douto Procurador de Justiça.

                        Em que pese o indiscutível saber jurídico do Meritíssimo Juiz “a quo”, impõe-se a reforma da respeitável sentença proferida contra o Apelante, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.

I – DOS FATOS

                

                        Durante o carnaval Caio nascido em 25 de março de 1994, vizinho de Joana de 19 anos, sabendo que a família de Joana estava viajando e a mesma se encontrava sozinha em casa, entrou sorrateiramente na casa de Joana, a obrigando a praticar com ele mediante grave ameaça, conjunção carnal e outros atos libidinosos. Apesar de envergonhada Joana decidiu contar tudo a sua mãe, após isto, ambas foram a Delegacia e Joana ofertou representação.

                        Caio Foi denunciado pela pratica do crime do artigo 213 do CP, por duas vezes, na forma do artigo 71. O réu confessou o crime durante a instrução. No dia 25 de junho foi proferida sentença condenando caio a pena de 10 anos e 6 meses, pelo fato de o acusado ter desrespeitado a liberdade sexual da mulher, restando sansão penal da 1 fase em 7 anos de reclusão, para cada um dos delitos. Não foi reconhecida atenuantes e agravantes, aumentou no concurso de crimes ½, na forma do artigo 71, por considerar o crimes graves, por fim o regime inicial fechado, Caio respondeu ao processo em liberdade.

II – DO MÉRITO

  1. DO CONCURSO DE CRIMES

O apelante foi denunciado pelo crime de estupro, por duas vezes, em concurso (art 213 c/c art 71, ambos do CP). O juízo a quo ratificou os termos da denúncia condenando o apelante pela pratica do crime que lhe fora imputado.

Acontece que o crime de estupro contido no artigo 213 do código penal foi ampliado, ou seja, elemento de outro crime foi inserido no fato típico daquele.

O que antes era crime autônomo de atentado violento ao pudor passou a ser abrangida pelo tipo penal de estupro.

        O tipo penal do artigo 213 é misto alternativo, dessa forma, a pratica da conjunção carnal ou outro ato libidinoso dentro de um mesmo contexto fático enseja a configuração da prática de um só crime (crime único).

        Assim sendo, deve ser afastada o concurso de crimes, reconhecendo, pois, o crime único de estupro (art 213, CP).

  1. DA FIXAÇÃO DA PENA

Tratando-se da fixação da pena, mostra-se necessário a retificação da dosimetria.

  1. Das circunstâncias judiciais (art 59 CP): Reconhecimento o crime único de estupro, a pena base deve ser aplicada no mínimo legal, isto é, 6 anos de reclusão.

  1.  Torna-se inadequada a incrementação da pena base com fundamentação nos maus antecedentes, pois ainda não houve condenação transitada em julgado, confirmada pela Sumula 444 do STJ.

“É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso para agravar a pena-base.”

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