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FACULDADE ANHANGUERA DE VALINHOS CURSO DE DIREITO DISCIPLINA – DIREITO CIVIL

Por:   •  6/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.149 Palavras (13 Páginas)  •  567 Visualizações

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FACULDADE ANHANGUERA DE VALINHOS

CURSO DE DIREITO

DISCIPLINA – DIREITO CIVIL

Breno Henrique Lúcio

8490241790

Flavia Aparecida do Amaral

8404996045

Fabricio Gomes Paulino

8097880128

Fabio Gomes Paulino

8097878016

Giovanna Dimitrov

8072852628

Jose Sergio Parassulo

8403996532

Marcelo Luiz Julião

8058784507

Atividade Prática Supervisionada pela professora Rita de Cassia, no Curso de Direito, referente à disciplina Direito Civil.

VALINHOS

DEZEMBRO/2014

ETAPA III

DOCUMENTÁRIO - GARAPA

Garapa de José Padilha retrata a triste realidade de milhões de brasileiros.

O documentário dirigido no ano de 2009 se passa no nordeste, onde o roteirista acompanha o cotidiano de três famílias de baixa renda. Estas famílias vivem em uma situação precária, independente de possuírem propriedade, sofrem com a falta de estrutura não fornecida pelo atual governo.

A Garapa nada mais é do que o cozimento de água com açúcar formando um leve melado que substitui a falta de alimento.

Devido à seca e ao descaso das autoridades governamentais com a falta de isonomia, essas famílias vivem em uma situação de extrema pobreza e precariedade, mesmo obtendo o auxilio da Bolsa Família recebendo R$ 50,00 reais e do Programa Fome Zero recebendo R$ 5,00 reais por mês, qualquer pessoa jamais conseguiria manter uma casa com este valor.

Crianças rodeadas de moscas sofrem com a falta de água e de comida, sobrevivendo basicamente da garapa, privadas de viver uma vida decente com tudo o que a Constituição lhes assegura.

A dignidade humana é simplesmente deixada de lado, estas pessoas não possuem uma moradia adequada, não há estudos, não há trabalho, não há água, alimento, saneamento básico, fatores que contribuem para o aumento de pobreza e a mortalidade infantil no Brasil.

O documentaria traz uma realidade triste e chocante, mostrando a falta de dignidade humana estabelecida em nossa Carta Magna, a Constituição Federal em seu artigo 5º, a falta de segurança, a violação da honra, da integridade física, moral e psíquica destas pessoas, violando os direitos de personalidade retratados pela terceira família quando o pai vendo os documentos da filha para consumir bebida alcoólica.

A sociedade ao longo dos anos sempre estabeleceu o que era moral e imoral, o que era certo e o que era errado.  No documentário nos deparamos com o pai de uma das famílias usando camiseta de políticos, banners de políticos sendo feitos de toalha de mesa e nos perguntamos à sociedade realmente sabe distinguir a moral de imoral? O que é certo do que é errado? Pois se vemos a “presença” do estado (não fisicamente) no cotidiano dessas pessoas, porque elas ainda vivem em tal situação? Porque passam por tantas dificuldades? A única conclusão que podemos chegar é de que o princípio de mais valia foi simplesmente deixado de lado. 

DOCUMENTÁRIO – ILHA DAS FLORES

 Ilha das Flores foi um documentário gravado em uma região próxima a Porto Alegre, as margens do rio Guaíba, entre os anos de 1988 e 1989 por Jorge Furtado, hoje um conceituado e premiadíssimo diretor que na época era apenas um estudante de cinema.

 O documentário se passa em uma região que existe um lixão, onde no mesmo local há um criadouro de porcos para onde vai boa parte do lixo gerado pela capital gaúcha.

Mulheres e crianças que são divididos em grupos e tem um determinado tempo para poder garantir seu sustento pegando sobras do alimento dos porcos em condições totalmente desumanas.

Foi utilizada uma linguagem Cientifica com a intenção de igualar os seres humanos dentro de um contexto social por meios de descrições que os diferenciam de outras espécies, mostrando o tratamento dado aos seres humanos colocando-se inferiores aos porcos.

Com a idéia de relatar as condições precárias de uma comunidade, pondo em pauta a discussão a respeito da pobreza, da fome e da exclusão social mostrando à desigualdade e o desprezo à dignidade humana.

Mostra uma realidade que não foge muito as condições atuais, onde vigora o lucro e o desprezo pela sociedade menos favorecida, por isso das três frases que resume o que será abordado no decorrer do documentário; isto não é um filme de ficção, está não e a sua vida, Deus não existe.

Estas três frases impactantes mostram uma realidade social onde os valores sociais e religiosos não são nada comparados ao poder de bens adquirido, onde a humanidade e seus direitos não são preservador como vigora à nossa Constituição Federal.

Em contra partida, para esclarecermos melhor os princípios violados encontramos outro documentário: “Ilha das flores, depois que a sessão acabou”.

Um grupo de estudantes da PUCRS, auto-intitulados Editorial J, elaboraram um documentário que faz um contraponto à “Ilha das Flores” de Jorge Furtado.

Nesta vídeo reportagem eles procuram evidenciar que o referido diretor agiu de má-fé, violando um dos princípios básicos do Direito ao mostrar os habitantes da localidade fazendo uso dos restos que os porcos deixavam quando isto não corresponde a realidade.

Assim agindo, Jorge Furtado, fez recrudescer o preconceito que já existia contra aos moradores da localidade, colocando mais um estigma a uma população que enfrentava dificuldades infindas para sobreviver.

Ainda que, um documentário não seja a representação fidedigna de uma realidade, sendo mais uma leitura subjetiva desta “realidade”, ainda que, denúncias e criticas a nossa organização social nos levem a discuções que nos despertem de nossa letargia e nos guie da situação que temos para a que desejamos, cremos que Jorge Furtado ao persuadir os moradores a participarem do famoso documentário não tinha total idéia de como este iria repercutir, porém, isto não o isenta das responsabilidades advindas de suas ações.

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