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Fichamento Sobre o Documentário Deus e o Diabo

Por:   •  16/9/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  488 Palavras (2 Páginas)  •  214 Visualizações

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Faculdade Batista Brasileira

Aluno: Lucas Oliveira Nogueira

Professor: Alberto Cruz

Curso: Direito, 4° semestre, noturno

Resenha crítica do documentário Deus e o Diabo em cima da muralha

Com direção de Daniel Lieff e Tocha Alves e roteiro de Eduardo Benaim e Jorge Saad, (2006), com duração de 54 minutos.

O documentário revive a história do que foi a maior casa de detenção da América Latina. Contada de um modo bastante peculiar, onde ex-funcionários mostram um outro lado da moeda nunca visto do extinto CARANDIRU, onde a palavra é considerada “lei”, um local obscuro, que deixou marcas naqueles que ali dedicaram a sua vida.

Nem todo mundo está preparador psicologicamente para viver e se dedicar a uma casa de detenção como aquela. Sempre tratando os detentos de forma digna e respeitosa, os funcionários relatam que conseguiam uma reciprocidade e assim conseguiam “equilibrar” situações adversas. Mesmo diante de situações de extrema dificuldade e de perigo, vários foram os esforços e desafios encontrados parar diminuir hostilidade daquele ambiente, presos acusados de diversos tipos de crime iam parar naquele local. Os presos eram separados por setores, onde eram divididos pelo tipo de crime cometido, existia uma hierarquia no presidio, e a última palavra era sempre dos presos mais antigos, a lei do presidio, como relata o documentário. Entre os desafios apresentados, lidar com a superlotação dos presos e a quantidade reduzida de funcionários talvez tenha sido uma das tarefas mais árdua, mas não foi empecilho para a luta dos que ali acreditavam em uma possível ressocialização. Acreditando nisso, funcionários empenhavam-se em promover eventos para levar entretenimento, a exemplo de participação do conhecido apresentador de televisão, Raul Gil e da ex chacrete Rita Cadillac, que na época era considerada símbolo sexual e ficou conhecida como a rainha dos detentos, por realização de shows dentro do presidio.

Mesmo em situações precárias, sempre preocupado em levar informação, principalmente sobre o vírus da AIDS, que assombrou os anos 80/90 por se tratar de uma época onde o tratamento não era tão eficaz como nos dias atuais, eventos mostram a preocupação do Dr. Dráuzio Varella em cuidar, e de como era difícil e arriscado a abordagem inicial com alguns detentos para poder fazer com o que eles se preocupassem com a sua saúde. O médico, bastante observador, procurava alternativas para que isso viesse a ocorre, a exemplo dos gibis, que eram bastante lidos nas celas, onde o mesmo teve a ideia de implementar gibis falando sobe o vírus da AIDS.

A Casa de Detenção de São Paulo, palco de diversas rebeliões, sendo a maior delas no dia dois de outubro de 1992, após uma ação da Polícia Militar do Estado de São Paulo, onde foi considerada por muitos na época, uma ação truculenta e impiedosa, que levou a óbito cento e onze detentos, chega ao fim com a demolição e desativação de suas instalações no 2002, deixando uma mancha no Sistema Prisional Brasileiro e uma história que permanecerá viva para sempre naqueles que vivenciaram o Carandiru.

 

 

 

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