Fichamento Sobre: O Príncipe- Nicolau Maquiavel
Por: edusilva__ • 27/10/2017 • Dissertação • 902 Palavras (4 Páginas) • 504 Visualizações
O livro inicia-se com uma breve declaração de prestigio ao príncipe, onde ele não se acha digno de entregar sua obra, pois o que mais importava, para a vossa magnificência, em sua concepção, eram bens matérias. Ele, Maquiavel, acreditava que para conhecer bem o príncipe e seu reinado, precisava ser do povo, tanto que ele fala “é preciso ser príncipe, e, para conhecer bem aquela do príncipe, é preciso ser povo”.
Tratando de um manual de como os príncipes devem governar seus povos, Maquiavel foca-se sobre vastos exemplos e explicações sobre como governar, conquistar, manter-se, não ser odiado e como permanecer no poder por tanto tempo – caso este trono seja hereditário. No inicio do livro ele traz uma breve explicação sobre o que é Estados ou República ou Principados. Falando principalmente sobre os Estados hereditários no capítulo II, ele fala que nesse regimento de estado as dificuldades de se manter no trono são menores, porque basta não desprezar a ordem dos seus sucessores. No capítulo III ele aborda que em casos de principados novos, a dificuldade torna-se maior, pois os homens mudam de senhores acreditando em melhoras.
Ainda no capítulo III, Maquiável fala um pouco sobre a dificuldade de invadir uma província já invadida e iludida com o antigo reinado. Dando dicas de como conquistar uma província pela segunda vez ele fala: “ Um dos melhores e mais eficazes remédios nesse sentido é que ocupador vá habitá-la pessoalmente” ele continua: “ Porque, estando presente, caso venham a nascer as desordens, imediatamente podem ser remediadas”. Sem contar que aquele povo, tendo seu príncipe presente, a sua devoção será maior, onde eles terão motivos para amá-lo. Outra visão é instalar colônias que sirvam de apoio ao novo Estado.
Nos capítulos seguintes são abordados temas sobre como manter um Estado e suas dificuldades, principalmente quando os povos daquelas províncias já estão acostumados com os regimes anteriores. Maquiavel também cita exemplos históricos sobre como alguns príncipes não conseguiram manter seus reinados por conta de invasões e discorre sobre como isso aconteceu. A ideia central dos primeiros capítulos é explicar as formas de poder exercida e suas formas de governo. Chamando atenção para o capitulo XII, Maquiavel fala sobre as milícias com as quais os príncipes defendem seu Estado. Não tendo uma visão boa sobre os mercenários, ele fala que quem tem seu Estado fundado pelos mercenários, nunca estará seguro: “pois são desunidos, ambiciosos, infiéis; valentes entre amigos; entre os inimigos......”.
Defendendo uma ideia sobre armas para os povos das províncias e que vitórias só devem ser valorizadas quando ganhas por eles – e não pelos mercenários – apresenta-se um medo em relação a esses mercenários. No capítulo XVII, Maquiavel fala das qualidades que um príncipe deve ter em relação seu povo, se deseja ter uma imagem de piedoso ou cruel. Ele acredita que o príncipe não deve ser nem um nem outro, pois quando se é cruel demais que os homens serão ingratos, simuladores, covardes etc; quando faz o bem te oferecerem o bens, a vida, etc. Nos capítulos finais, o foco será voltado à como os príncipes devem observar a fidelidade em sua volta, como terão que ser dissimulados e não deixar isso transparecer, não confiscar propriedades para não ser odiado, como deve ser feito o controle do Estado para manter um povo feliz.
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