Hermenêutica Amistad
Por: rbuneder • 9/9/2016 • Trabalho acadêmico • 623 Palavras (3 Páginas) • 281 Visualizações
6. A independencia Americana em relação as britânicos foi declarada em 4 de Julho de 1776, e levada ao conhecimento público através do Segundo Congresso Continental, a Declaração de Independência Americana, cujo principal autor era Thomas Jefferson. Após 22 anos da declaração da independencia americana, ocorreu uma guerra civil entre as regiões norte e sul do país.
A Guerra de Secessão colocou em conflito armado os onze estados confederados do sul do país contra os estados do norte. Os sulistas, que desenvolviam um sistema tradicional de produção baseada em grandes propriedades e, sobretudo, na utilização de mão-de-obra escrava, defendiam interesses aristocráticos, latifundiários e escravistas, enquanto as regiões do norte do país, já fortemente industrializadas e com forte crescimento econômico, descartavam o uso da mão-de-obra escrava como opção correta para o crescimento econômico. Esta diferença de interesses ocasionaram o conflito armado entre as duas regiões do país. A Guerra de Secessão durou até o dia 28 de junho de 1865, quando as tropas remanescentes dos estados confederados do sul assinaram a rendição. Ao fim do conflito, com os interesses da região sul derrotados, os Estados Unidos aboliram por completo a escravidão no país.
O filme se passa neste contexto histórico, onde há uma disputa judicial para a absolvição ou condenação de negros africanos traficados pelo navio espanhol La Amistad. A absolvição representava o contexto dos Estados Unidos: parte da população era escravocrata enquanto outra era a favor da libertação dos negros.
Quincy Adams, em seu discurso final, cita a Declaração da Independência dos Estados Unidos. Sustenta que, para a evolução de uma sociedade é necessário abandonar conceitos retrógrados, e que após a conquista da liberdade em relação ao domínicio britânico, os Americanos não deviam temer a liberdade de outros povos. Afirma ainda que, a Declaração da Independência trás valores como igualdade, direitos analienáveis à vida e a liberdade, o que entra em contradição quando trata-se da escravatura. Ao final, argumenta que, se a decisão da Suprema Corte acarretar em Guerra Civil, que esta seja a ultima guerra pela Independência America e incubia à Suprema Corte velar pela manutenção dos princípios consagrados na Constituição.
10. A fundamentação utilizada pela Suprema Corte para libertar os negros africanos baseou-se no direito de propriedade. Apesar de Quincy Adams, advogado de defesa dos negros, não resumir sua defesa apenas à questão dos documentos falsificados trazidos pela parte contrária, invocando também a questão moral do direito à liberdade e igualdade, o argumento utilizado como fundamento da decisão da Suprema Corte foi o de que os documentos apresentados como hábeis a comprovar a propriedade dos escravos eram fraudulentos e, portanto, na ausência de outras provas consistentes, aqueles indivíduos negros eram, de fato, africanos de nascimento e, por conseguinte, não poderiam ser tratados como se coisas fossem.
9. Durante seu discurso final, Quincy Adams conta que o povo de Sengbe Pieh, tradicionalmente, quando encontram-se em alguma situação desperançosa, invocam seus ancestrais para que estes tragam suas forças como forma de ajuda. Após contar a história da tradição do povo africano, Quincy cita alguns grandes nomes da história Americana – James Madison, Alexander Hamilton, Benjamin Franklin, Thomas Jefferson, George Washington – terminando com seu próprio nome, evidenciando que, assim como Cinqué, ele também estaria pedindo ajuda aos seus ancestrais. Ao fim do discurso, Quincy ainda assevera: “deem-nos coragem para fazer o que é certo.” Dando a entender que os grandes ancestrais da história Americana estariam a favor de sua causa.
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