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Jean-Jacques Rousseau foi autor cujo pensamento mais influenciou a Revolução Francesa.

Por:   •  10/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  6.184 Palavras (25 Páginas)  •  707 Visualizações

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INTRODUÇÃO

 Jean-Jacques Rousseau foi autor cujo pensamento mais influenciou a Revolução Francesa.

 Esse não foi o caso de Nicolau Maquiavel (1469-1527), pois ele foi o autor mais mal-afamado da história do pensamento político. E O príncipe é responsável por quase toda sua má fama. Por muito tempo ninguém teve coragem de defender o florentino, ainda que sua obra tenha circulado por toda a Europa e em outros lugares. Teve seu nome convertido em adjetivo pejorativo – maquiavélico (astuto; velhaco; ardiloso).

 O autor é acusado de imoralidade e irreligião (ateísmo; impiedade).

 O príncipe é dedicado a Catarina de Médici (1519-1589) filha de Lourenço. Catarina tornou-se rainha da França e durante o período que esteve no poder (1560-1589), a França foi sacudida por tremendos conflitos entre católicos e huguenotes (protestantes). Era acusada de maquiavelismo de ambos os lados da divisão religiosa.

 As ideias de Maquiavel eram supostamente tidas em alta conta por Thomas Cromwell e Henrique VIII, ainda que a fonte dessa informação seja o Cardeal Reginald Pole, um acerbo crítico do pensador florentino. Mesmo o rei de Espanha Carlos I (imperador Carlos V), católico, tinha uma cópia do O Príncipe.

 Até sua proibição pelo Index Librorum do Papa Paulo IV, em 1559, pelo menos quinze edições do O príncipe já haviam sido publicadas, inclusive em traduções para o francês. A proibição do livro, que foi reiterada no Index Tridentino, de 1564, interrompeu sua difusão nos países católicos, com exceção da França.

 Maquiavel via o poder temporal do papa como um empecilho à unificação da Itália. Suas peças de teatro são recheadas de ironias e sátiras cáusticas dirigidas contra a Igreja. Era a favor da sabedoria prática romana.

 A função de manual para príncipes continuou sendo cumprida pelo pequeno livro de Maquiavel.

 O nome de Maquiavel está umbilicalmente ligado ao Renascimento.

 Maquiavel pertenceu à tradição humanista. Ser humanista é ter a característica de antropocêntrico, isto é, uma grande valorização das coisas humanas.

 O pensamento de Maquiavel contribuiu para desgastar com o monopólio da Igreja.

Virtudes e Virtudes

 Virtude é um termo fundamental no O Príncipe. Maquiavel revela que termos importantes como virtude, têm vários significados. O autor tinha como modelo intelectual a retórica romana, que valoriza mais os aspectos impressionistas, dramáticos e contextuais da argumentação.

 Primeiro o sentido mais tradicional de virtude é o de qualidade ética e moral. O segundo é o da habilidade política, a virtude política é, para Maquiavel, uma qualidade muito especial, que somente alguns têm. O terceiro significado é o de potência. Por fim, há o sentido de pura utilidade.

 Maquiavel pensava que as virtudes tradicionais, conduzem a ruína e potencialmente à ruína do principado.

 Maquiavel substituiu as referências às virtudes clássicas e ao heroísmo pela rapacidade e pelo egoísmo. Maquiavel é o primeiro pensador político moderno (Strauss, 1958). E essa modernidade consiste exatamente na concepção negativa da natureza humana como base da teoria política. Maquiavel quebrou com a tradição clássica de esconder a sabedoria política do leitor comum.

 Se a modernidade é a separação com o passado diferente, como podemos chamar de pai da modernidade alguém que profere o seguinte conselho: “Aquele que pretende prever o futuro deve olhar para o passado, pois todas as coisas na terra guardam, em todas as eras, uma similaridade com aquelas do passado” (Discursos, 3, 43)?

 Para Maquiavel, contudo, a História, seja ela mais antiga ou mais recente, é um repositório de experiências (fatos e feitos) e cabe ao observador de espírito vivo entender a lição que dele pode provir.

 O que faz O Príncipe se destacar em comparação aos outros livros do mesmo gênero produzidos na época, é propriamente seu conteúdo. O livro de Maquiavel demonstra que, se exercitadas pelo monarca, as virtudes tradicionais levarão o reino e o próprio príncipe à ruína.

 Gramsci defende que o opúsculo foi de fato escrito não para qualquer príncipe em particular, mas para o povo italiano em si.

 Maquiavel tinha uma impressionante inteligência e capacidade de raciocinar de modo tão claro e ao mesmo tempo tão profundo.

DESENVOLVIMENTO

CARTA DE MAQUIAVEL A FRANCISCO VETTORI

A FRANCISCO VETTORI MAGNÍFICO EMBAIXADOR FLORENTINO JUNTO AO SUMO PONTÍFICE, SEU BENFEITOR. EM ROMA

 Maquiavel escreve uma carta para seu amigo embaixador Francisco Vettori falando que o mesmo tinha deixado de escrever para ele, pois andou sabendo de que Maquiavel não cuidava das cartas que ele mandava então Maquiavel rebate essa especulação dizendo que só dois amigos sabiam de suas cartas: Filipe e Pagolo. Ele então começa elogiar o trabalho que Francisco havia fazendo como embaixador e ainda recomenda que ele continuasse assim, fazendo com que o povo perceba quem detém de mais poder.

 Maquiavel conta como vai a sua vida, dizendo passo a passo o que faz todos os dias. Até que chega o momento onde diz que entrava na antiga corte dos antigos homens e se deleitava das horas passadas na mesma.

 Ele anotava tudo de importante que diziam e com isso construiu um pequeno livro, onde discutia sobre o principado. Então surge “O príncipe”, obra dedicada a um príncipe, Juliano de Médici.

 Ele temia ser preso, mas dizia que quando sua obra fosse lida não se arrependeriam, pois passou muito tempo estudando o Estado, e que a partir dela seria convocado de volta a trabalhar para elite de Florença.

 E por fim pedia a seu amigo embaixador avaliar o que acabou de relatar e dizer o que pensava sobre o assunto.

CARTA DE NICOLAU MAQUIAVEL A LOURENÇO DE MÉDICI

DE NICOLAU MAQUIAVEL AO MAGNÍFICO LOURENÇO DE MÉDICI

 Muitos dão ao príncipe presentes caros, mas como Maquiavel não tinha nada caro ofereceu ao príncipe o conhecimento baseado na ação de grandes homens.

 Ele escreveu então um pequeno livro com uma linguagem de fácil entendimento. Para que o príncipe conhecesse mais sobre seu povo para poder melhor governá-lo.

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