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Modelo de Recurso Contra Aplicação de Penalidade/Defesa Prévia - DETRAN

Por:   •  24/4/2016  •  Artigo  •  1.990 Palavras (8 Páginas)  •  2.425 Visualizações

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À  JUNTA  ADMINISTRATIVA  DE  RECURSOS  DE     INFRAÇÕES  DO  DEPARTAMENTO  DE  POLÍCIA RODOVIÁRIA  FEDERAL  -  JARI  

        Eu,  CLÁUDIO  _______________________,  brasileiro,  solteiro,  estudante,  portador  da  carteira  de  identidade  nº  _______________ – SSP/BA,  inscrito  no  CPF:  sob  o  nº  _______________________,  residente  e  domiciliado  à  Rua  ,  nº,  apto.  - bairro,  CEP:  ,  Salvador - Bahia,  inconformado  com  a  decisão  que  julgou  inadmitida  a  Defesa  Prévia  referente  ao  Auto  de  Infração  nº  ,  comunicada  através  da  Notificação  de  Aplicação  de  Penalidade,  referente  ao  Processo  de  nº,  venho  apresentar  impugnação,  consoante  às  razões  que  se  seguem:

        I – DOS  FATOS

        Sou  residente  e  domiciliado  na  cidade  de  Salvador, na  qual  desenvolvo  minhas  atividades  normais,  nunca  pretendendo  me  afastar  do  ânimo  de  permanecer  nesta  cidade.

        Em  dezembro  de  2003,  preparei  meu  veículo  de  marca  FIAT  UNO  MILLE  FIRE,  de  placa  ,  com  intuito  de  visitar  minha  família  que  reside  no  Estado  do  Rio  de  Janeiro,  com  retorno  previsto  para  27  de  dezembro  do  mesmo  ano.

        Ocorre  que,  na  noite  do  dia  26  de dezembro  de  2003,  quando  jantava  com  a  minha  mãe  em  um  quiosque  na  Lagoa  Rodrigo  de  Freitas,  percebi  que,  após  retornar  do  toalete,  meu  porta-cartão  havia  sumido  e  com  ele  a  minha  Permissão  para  Dirigir,  o  cartão  de  Seguro  Saúde  Sulamérica,  o  meu  cartão  de  assinante  Globo  e  a  quantia  de  R$47,00 (quarenta e sete reais).

        Por  esta  razão,  dirigi-me  então  até  15ª  Delegacia  de  Polícia,  localizada  no  bairro  da  Gávea,  pra  registrar  a  perda  ou  até  mesmo  um  eventual  furto,  com  o  fito  de  comunicar  o  fato.

        Diante  da  impossibilidade  de  providenciar uma  segunda  via  da  minha  Permissão  para  Dirigir  aqui  no  Estado  do  Rio  de  Janeiro,  já  que  somente  no  DETRAN  de  Salvador  isto  poderia  ser  feito,  me encontrei  na  difícil  situação  de  ter  que  regressar  à  Bahia  com  o  meu  automóvel,  sem  estar  portando  a  minha  Permissão  para  Dirigir.

        

        Durante  a  viagem,  ao  passar  pelo  município  de  Itamaraju-BA,  fui  obrigado  a  encostar  e  parar  o  veículo  por  determinação  da  Polícia  Rodoviária.  Naturalmente,  o  Policial  cumpriu  com  o  seu  dever  de  solicitar  a  apresentação  da  documentação  do  veículo,  bem como  a  minha  identificação  e  habilitação  para  dirigir.

        Após  explicar  ao  Policial  Rodoviário  a  situação  em  que  me  encontrava,  ele  afirmou  que  eu  não  poderia  prosseguir  dirigindo  o veículo,  mesmo  sendo  vítima  de  um  caso  fortuito  tão  grave  e  irremediável.  Ato  contínuo,  fui  multado  (anexo I),  porque estaria  conduzindo  o  veículo  sem  a  possuir  a  necessária  permissão,  tendo.

        Chegando  em  Salvador,  dirigi-me  imediatamente  ao  DETRAN  e  solicitei  a  segunda  via  da  minha  Permissão  para Dirigir,  que  foi  substituída  pela  minha  atual  Carteira  Nacional  de  Habilitação,  emitida  em  18  de  fevereiro  de  2004.

        II – DO DIREITO

        O  artigo  162,  inciso  I,  do  Código  de Trânsito  Brasileiro  prescreve,  vérbis:

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Art. 162.  Dirigir  veículo:

I - sem  possuir  Carteira  Nacional de  Habilitação  ou  Permissão  para  Dirigir:

Infração - gravíssima;

Penalidade - multa  (três  vezes)  e         apreensão do veículo.”

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        Obviamente,  o  Legislador  entendeu  pela necessidade  de  se  criar  uma  norma  jurídica  que  impedisse  o condutor  de  dirigir  o  veículo  sem  a  devida  qualificação, submetendo  este  às  penalidades  da  Lei  no  caso  do  seu descumprimento.

        Mais  claro  se  torna,  quando  verificamos  que a  vontade  do  legislador  está  vinculada  à  proibição  da condução  do  veículo  por  pessoas  não  autorizadas,  e  somente  à isso.  Ora,  a  norma  é  direta  e  explícita,  quando  afirma  ser proibido  dirigir  o  veículo  sem  possuir  Carteira  Nacional  de Habilitação  ou  Permissão  para  Dirigir.

                

        Fato  é  que,  esta  situação  não  se  mostra aplicável  ao  fato  em  exame,  uma vez que eu  possuia  Permissão  para  Dirigir  quando  da  autuação  que,  por  um  caso  fortuito,  não  a  portava  no  momento  da  Blitz  policial.  Nada obstante,  existência  de  minha  habilitação  poderia  ser  facilmente verificada  por  meio  das  arquivos  integrados  da  polícia  Rodoviária Federal  com  o  DETRAN.

                

        Diante  disso,  pode-se  observar  o  erro  material  na  aplicação  da  multa,  já  que,  ainda  que  eu  estivesse  conduzindo  meu  veículo  sem  a  devida  Habilitação,  esta  conduta  não  poderia  ser  classificada  como  infração  gravíssima  e  sim  leve,  pois  naquele  caso  incidem  as  penalidades  para  quem  não  possui  documento  por  não  se  encontrar  habilitado.

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