Novos arranjos familiares
Por: Natally Almeida • 1/12/2015 • Trabalho acadêmico • 1.571 Palavras (7 Páginas) • 434 Visualizações
1 Introdução
O presente trabalho é quantitativo que foi elaborado com o objetivo de identificar discursos dos discentes de direito da Universidade Federal de Campina Grande, campus Sousa sobre os novos arranjos familiares na contemporaneidade por intermédio de entrevista. Para tal foram dadas 9 (nove) questões a serem respondidas pelos discentes. A necessidade deste trabalho surgiu para meio de discutir em sala de aula o tema “As novas constituições familiares na contemporaneidade” em diversos grupos sociais.
A família, ao longo da historia, passa por transformações conceituais, com a evolução, globalização, as transformações ocorridas no dia-dia, família passou a ter nova estrutura, valores e condutas; não se tem mais a figura da família tradicional e tão pouco se fala em casamento para se obter uma família.
1.1 Identificação do Sujeito
Para o presente trabalho foram entrevistados 10 (dez) pessoas, sendo 5 (cinco) homens e 5 (cinco) mulheres, estudantes de direito da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) campus Sousa, moradores residentes na residência estudantil da mesma universiade na cidade de Sousa , com faixa etária entre 17 à 26 anos de classe média e classe média baixa.
2 Desenvolvimento
Casamentos, uniões estáveis, famílias recompostas, monoparentais, nucleares, binucleares, homoafetivas, família geradas por meio de processos artificiais são alguns dos diversos arranjos familiares do século XXI que constituem a nova realidade.
A família contemporânea possui características diferentes das anteriores, agora não existe modelo único de família, podendo ser monoparental, substituta, tradicional ou um grupo de pessoas que escolhem por razões afetivas conviver com outras pessoas em determinado local tendo ou não criança, adolescentes, jovem ou idoso. A mulher agora sente a necessidade de procurar trabalho fora do lar, para ajudar na renda familiar, o homem não tem mais a responsabilidade de ser o único provedor da família e as crianças muitas vezes não são mais criadas com os pais juntos, tendo apenas a presença do papel de um deles.
Ao se trata homossexual, o heterocentrismo e o androcentrismo se apresentam como fortes características nos embates em relação à homossexualidade e à família. O padrão heterossexual para a família considerado pela sociedade brasileira é um dos aspectos que mais colocam obstáculos para a consolidação da família homoafetiva. Por mais que novas configurações familiares estejam aparecendo, o pensamento da família nuclear heterossexual se coloca como modelo idealizado. Os estudos de gênero têm sido um sustentáculo significativo para a compreensão da temática e merecem ser valorizados.
Se tratando de família monoparental, ela é composta por apenas um dos progenitores: pai ou mãe. Os motivos que possibilitam essa estrutura são diversos. Englobam causas circunstanciais como morte, abandono ou divórcio ou ainda, a decisão de ter um filho de forma independente.
Nas famílias recompostas as relações de afeto são prioritárias às relações sanguíneas e a vivência em comum é mais importante que a biologia. Assim quando uma mulher que já tem filhos volta a casar, leva para a sua família um novo companheiro e uma nova família. As crianças passam a lidar com um padrasto e com a família de origem deste.
A família nuclear é aquela que conhecemos como “família tradicional”, presença de um marido (provedor da família), uma esposa e filhos (as), em contraste tem a família binuclear, onde os pais separados tem a guarda compartilhada dos filhos.
Ao focar os novos arranjos familiares, é de suma importância ressaltar que não nos compete analisar o que é "bom” ou “ruim" em relação à família nuclear e os novos arranjos familiares, mas sim ressalvar o atual, o real na vida familiar, onde indiferente do modo como se organize, os indivíduos são pertencentes a um grupo familiar e este lhe oferece laços afetivos, valores e funções. A família deve ser vista como um elo, independente de como esta é arranjada
Diante disso, deve-se levar em consideração que família não é somente aquela envolvida por laços sanguíneos. Ele envolve as pessoas por conta da convivência, amor e afeto. Amor que deve ser reconhecido nas relações jurídicas, especialmente no que diz respeito às uniões com pessoas do mesmo sexo e ao reconhecimento de filhos com vínculo socioafetivo, para que haja então, uma visível valorização dos direitos da família, e que outras formas de família, ainda desconhecidas, possam ser consideradas válidas.
Por essas mudanças serem fruto de fenômenos recentes é comum que os adultos apresentem resistência para lidar com elas. Sabendo que as crianças têm um olhar puro sobre as relações, cabe aos pais formar um olhar de respeitabilidade frente a diversidade de cada um e transmitir aos pequenos por meio das ações no dia a dia.
De acordo com a psicóloga Maricelma Bregola (on line 2015), “Se permitir e permitir que as crianças olhem para o outro sem julgamento prévio seria o máximo da possibilidade de um desenvolvimento com mais respeito e menos preconceito.”
2.2 Das respostas apresentadas
- Como é a sua constituição familiar?
R= 5 pessoas; pai, mãe, três filhos
4 pessoas; pai, mãe, dois filhos
3 pessoas; mãe, dois filhos
6 pessoas; pai, mãe, três filhos, avó
- pessoas; avô, avó e uma neta
- O que é família para você?
R= “Tudo”
“Um conglomerado de duas ou mais pessoas que denote afetividade.”
“Relação de afetividade.”
“É algo que a gente sempre tem que cuidar .”
- Conhece alguma falia que sai dos padrões tradicionais? Como é essa família?
R= “Sim, netos criados por avós.”
“Sim, duas mulheres morando juntos.”
“Mãe solteira.”
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