O CONSUMO DE DROGAS NA ESCOLA RIO BRANCO DO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO
Por: Maria Oliveira • 6/3/2019 • Artigo • 3.169 Palavras (13 Páginas) • 394 Visualizações
O CONSUMO DE DROGAS NA ESCOLA RIO BRANCO DO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO.
Bianca Rodrigues dos Santos[1]
Glaíne Andreia Alves Barboza[2]
Maria José Oliveira da Silva[3]
Richele Lopes Barboza[4]
Professora Orientadora: Maria Creusa Machado Magalhães[5]
RESUMO
O presente trabalho tem por premissa demonstrar para a sociedade rondoniense quanto ao consumo de drogas nas escolas públicas do município de Porto Velho. Esse consumo nos últimos anos teve um aumento significativo, que trouxe aos profissionais da educação uma preocupação quanto ao consumo de drogas dentro das escolas e mediações, atrelado a isso a desistência, a violência e a dificuldade do desenvolvimento educacional dos estudantes. Desse modo, foi elaborada uma pesquisa de campo na escola Rio Branco visando conhecer o grau de consciência dos alunos sobre as drogas e suas consequências. Cabe ressaltar que dentre outros resultados, foi possível identificar dúvidas dos estudantes referentes à temática abordada, demonstrando assim que é necessário um envolvimento maior dos órgãos públicos, para fomentar ações preventivas e educativas no âmbito escolar.
Palavras-chave: Uso de drogas, Educação, adolescentes, sociedade.
1. INTRODUÇÃO
Segundo o relatório da Organização das Nações Unidas realizado no ano de 2012, o consumo de drogas no mundo teve um aumento significativo. O Instituto Brasileiro de Pesquisa ressalta que no cenário nacional uma das maiores preocupações é o crescimento do consumo de drogas no âmbito escolar. Esse crescimento vem mobilizando o governo brasileiro ao longo dos anos a criar politicas púbicas voltadas à prevenção e o combate às drogas licita e ilícitas no país.
De acordo com DIEHL essas politicas visam diminuir o uso das substâncias psicoativas e os problemas associados ao seu consumo, afirma ainda que esses problemas geram elevados custos a saúde individual, sociais, resultando em danos socioeconômicos pela soma dos prejuízos materiais, médico e referentes à perda de produtividade, e, por isso, pode-se considera-lo um problema prioritário de saúde e segurança públicas.
2. BREVE HISTORICO DAS DROGAS E SEU SURGIMENTO NO BRASIL
A origem da palavra droga não é definida de fato pelos autores a uma contradição quanto a sua origem, alguns afirmam que ela pode ter surgido na persa “droa”, que significava odor aromático. Outros aferem que a palavra tenha vindo do hebraico “rakab” que se denota por perfume, é outros acreditam que ela tenha surgido do neerlandês antigo “droog”, designação de substância ou folha seca, devido ao fato de que antigamente, quase todos os medicamentos eram feitos a base de vegetais. Nesse contexto a palavra droga existe, e destruí várias famílias no mundo.
BURAGA (2013, p.17) conceitua que a droga é toda substância natural ou sintética que tem uma ação modificadora sobre o Sistema Nervoso Central, ou seja, é qualquer substância capaz de alterar as funções do organismo, causando mudança fisiológica ou de comportamento.
Embora não exista nenhum registro sobre início da produção e consumo de drogas. Acredita-se, que o homem já conhecia determinados frutos, plantas e fungos tóxicos que produziam alterações no humor e na percepção da realidade. Conforme alguns pesquisadores os Gregos, Egípcios, e Romanos foram os primeiros povos a conhecerem, fabricarem e consumirem a bebida contendo álcool.
OLIVEIRA (2013 P.4) afirma que[6]:
É provável que o primeiro contato do ser humano com sustâncias psicoativas tenha ocorrido por volta de seis a oito mil anos A.C., quando então, o ser humano vivia em pequenos grupos nômades coletores de frutas, vegetais, pequenos animais e qualquer coisa comível, e também, caçadores. Estes grupos devem ter coletadas frutas já em estado de decomposição ou durante a armazenagem tais frutas entraram em processo natural de fermentação, sendo posteriormente consumidas e gerando tal consumo o efeito euforizante do álcool produzido pela fermentação. Como sabemos, durante toda a antiguidade havia cultos diversos aos poderes das bebidas fermentadas, as quais estavam associadas a deuses, como no caso da Grécia, onde temos o culto a Dionísio, deus que descobriu o vinho, e no Egito, a deusa Isis era também considerada a Senhora da Cerveja e seu marido Osíris tinha o mérito de ter ensinado aos homens a fabricar o vinho.
Nota-se que o homem ao ter contato com bebida contendo álcool naquela época, descobriu aos poucos os efeitos que o álcool propicia alterando o estado de consciência, e desde então, já alertavam para os perigos dos efeitos causados em virtude do seu uso em excesso. Essa descoberta não parou por ai, o homem continuou explorando, cinco mil anos A.C, surgiram então à primeira substancia extraído da papoula ópio, descoberta na antiga Creta no mar mediterrâneo, era utilizada pelos Gregos, Egípcios e sumérios primeiramente com tratamentos terapêuticos. Após seu consumo, foram constando seus efeitos.
OLIVEIRA (2013 p. 5) corrobora que a papoula na mesopotâmia a cerca de cinco mil anos A.C., já era conhecida por egípcios e sumérios, que a utilizam para eliminação da dor, a tranquilidade e um estado de alegria.
Desse modo, pode-se se dizer que o consumo de várias drogas é um fato histórico em diferentes civilizações, relatos são destacados ao longo da história. Com a evolução da humanidade cada povo e cultura possuem uma experiência peculiar quanto ao uso e cultivo de drogas, que são utilizadas de varias formas, que vão desde o aprimoramento físico, remédios para a cura das mazelas que atingiam as civilizações, até a busca da sensação de humor, paz ou excitação.
No Brasil não foi diferente, a drogas no país teve sua primeira aparição associada aos índios, segundo relatos de estudos históricos, eles descobriram nas plantas substâncias tóxicas e utilizaram em manifestações religiosas, rituais diversos.
Os autores MACFARLANE, ROBSON (111, P.64), ressaltam que a cannabis, conhecida com maconha chegou ao Brasil, trazida pelos escravos africanos que acreditavam que a planta era sagrada.
Segundo os dados da pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde no ano de 2013, são dependentes de algum tipo de drogas, aproximadamente seis milhões de brasileiros. Uma realidade preocupante, o vício em droga é considerado uma doença que prejudica a família, e causa um impacto negativo na sociedade porque junto a ela estão atrelados o aumento da criminalidade, marginalização e violência.
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