O Estudo Fundamentado na obra de Fustel De Coulanges - A Cidade Antiga
Por: Omar Lobato • 1/11/2017 • Trabalho acadêmico • 3.049 Palavras (13 Páginas) • 544 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
BOM DESPACHO
2017
Omar Lobato Neto
Estudo fundamentado na obra de Fustel De Coulanges
“A Cidade Antiga”
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
BOM DESPACHO
2017
Omar Lobato Neto
Estudo fundamentado na obra de Fustel De Coulanges
“A Cidade Antiga”
Atividade destinada à disciplina de História do Direito e Direito Romano,
com objetivo de obtenção de aprovação na mesma.
Professor: Geraldo Junior dos Santos
Bom Despacho
2017
Estudo fundamentado na obra “A Cidade Antiga”
- Havia alguma semelhança no culto dos mortos realizados na Índia, Roma e Grécia? Justifique.
Sim, as semelhanças eram muitas. Na Índia, o culto aos mortos se encontra nos Livros das Leis de Manu, e há também indícios de que essas práticas eram realizadas por grupos religiosos até mais antigos naquela região, que seguiam a doutrina do Brama.
Em Roma e na Grécia, as famílias colocavam regalias e alimentos no túmulo do defunto, o que também ocorria na Índia. Acreditavam que o morto possuía uma segunda existência ali, naquele lugar, e que as suas vontades de quando era humano, continuariam post-mortem e deveriam ser saciadas.
Para todos esses povos, os mortos deveriam ser venerados como deuses. Caso não levassem suprimentos, estes viveriam perambulando pelas ruas da cidade, assombrando os vivos, e trazendo mal agouro.
- Qual era a relação existente entre o fogo e a religião?
Os povos naquele tempo acreditavam que os fenômenos naturais se davam por decorrência de forças divinas, e mantinham o pensamento de que era o fogo era o elemento que separava o mundo dos mortais do mundo das divindades.
- Aponte uma semelhança e uma diferença entre a religião doméstica e a religião institucional.
Tanto na religião doméstica quanto na institucional, as pessoas se uniam com base nas mesmas crenças. Já na religião institucional, era algo mais diplomático e com intenções de questões que interferissem e fizessem parte do controle de um povo.
- A família moderna é fundada em laços de afetividade, representando o meio pelo qual seus integrantes possam alcançar o pleno desenvolvimento de suas personalidades. Qual era o fundamento da família romana antiga?
A família romana antiga se diferia bastante da família moderna em vários aspectos.
Imperava autoridade por parte do pai, sobre os demais membros. Todos eram submetidos a esse poder, enquanto o “chefe da casa” vivesse. Após a morte, os filhos depositavam fé, oferendas, pediam sabedoria e ainda os respeitavam como em vida.
- Como era celebrado o casamento e quais os efeitos religiosos que produzia?
Os casamentos Gregos e Romanos eram bastante semelhantes, celebrados por partes. A primeira parte era celebrada na casa do patriarca, a segunda parte era no caminho até a casa do marido, e a terceira parte, na casa do marido. Em ambas as nações, na terceira parte da cerimônia os esposos ficam diante do fogo sagrado e fazem ritos religiosos a ele, dos quais envolvem alguns sacrifícios, pronunciação de hinos e orações.
- Qual era a principal justificativa da adoção nas cidades antigas?
Aqueles que não houvessem filhos, poderiam realizar a adoção, para que quando morressem, sua alma pudesse descansar em paz, com alguém para dar continuidade aos cultos fúnebres.
O pensamento naquela época, é de que sua alma estaria condenada ao sofrimento, caso não houvesse ninguém para suprir as necessidades da mesma.
- Atualmente, a legislação estabelece que o parentesco entre duas pessoas poderá ser biológico ou civil. O que determinava o parentesco nas sociedades antigas?
O parentesco era instituído em situações, por exemplo, se duas pessoas morassem debaixo do mesmo teto, recebessem o mesmo banquete fúnebre e cultuassem os mesmos deuses. Não importava se eles não tivessem o mesmo sangue, ignorando as determinações biológicas ou civis.
- A propriedade do solo era comum nas sociedades retratadas na obra? Justifique.
Os povos Gregos e Italianos reconheciam a propriedade individual de terras, casas, objetos pessoais, animais e etc... Não se tem lembranças históricas de que algum dia a terra fosse de todos, para esses povos.
Já entre os antigos germanos, a terra não pertencia a ninguém. A cada ano essa sociedade designava a um membro da tribo um lote para ele poder cultivar, e assim seguia os revezamentos todos os anos.
Os germanos não eram proprietários do solo, porém a eles eram concedidos os direitos sobre aquilo que plantaram, era de posse daquele que plantou, os frutos do seu trabalho, mesmo não sendo dono da terra. Na Grécia, geralmente ocorria o contrário, as terras eram particulares, porém, os frutos eram divididos e consumidos comunitariamente, até em praças públicas, em algumas cidades.
- Quais eram os princípios que norteavam o direito sucessório nas sociedades antigas?
O dito direito de sucessão ou heranças caminhava lado a lado com a religião, não se acabavam com a morte do indivíduo, assim como na religião, o culto continua, a pessoa que herda, também continuará com os deveres de levar oferendas e regalias sobre o túmulo. O filho é a continuação natural do culto, então é ele quem herda os bens. A filha não herda, pois, a partir do momento que casa, ela renunciaria ao culto do pai, para abraçar o culto do esposo.
- O que eram as “Gens”?
Uma das sociedades dos povos gregos e romanos teve o nome de “Gens“.
Entre os membros de uma Gens havia grande solidariedade. Unidos na celebração de cerimônias, costumavam ajudar-se mesmo que contra a própria vontade. Cada Gens herdava o nome do antepassado. O nome era, portanto, um indicativo de identidade reconhecido em relação aos patrícios.
- Como eram compostas as cidades antigas?
Com a associação das tribos, na condição de que teriam livre liberdade religiosa para cada culto. A religião doméstica proibia família diferentes de unirem-se, porém, poderiam participar de um culto em comum, e continuar com suas crenças domésticas, daí surgiram as cidades, a partir do conjunto de pessoas que esses cultos abertos geraram. Várias tribos, oriundas de fratrias, que nada mais é que a junção de famílias, foram se unindo porque compactuavam de pensamentos em comum.
- Como eram organizados os calendários?
Os calendários eram particulares de cada cidade, de acordo com cada religião, os dias remetiam aos deuses. Não era um calendário escrito, em Roma a população era avisada pelos ministros de culto, sobre os dias importantes.
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