O Instituto Ludwig von Mises Brasil

No artigo publicado pelo Instituto Ludwig von Mises Brasil, há 5 anos, o mesmo defende que a democracia é o oposto a liberdade e tolerância, uma vez que na democracia todos devem se submeter às decisões do governo mesmo que o governo é eleito por uma maioria, coerção é coerção. Sendo assim, podemos afirmar que de fato democracia e liberdade não andam juntas?

De fato, deveria. No livro Dos Espíritos das Leis de Montesquiel, o mesmo diz “é verdade que nas democracias o povo parece fazer o que quer; mas a liberdade política não consiste nisso. Deve-se ter sempre presente em mente o que é independência e o que é liberdade. A liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem; se um cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem, não teria mais liberdade, porque os outros também teriam tal poder.”, o que refuta a ideia que se é apresentada na questão. Seguindo nesse conceito, também temo Rosseau que defendia a tese de que o povo é soberano, mas também é súdito, pois o povo cria e também segui as leis desse Estado. O que pode se chamar de uma soberania popular, inalienável e indivisível que deve ser exercita pela vontade geral. Já o autor Robert A. Dahl, em seu livro Sobre Democracia, pontua que alguns critérios devem ser mantidos se quisermos mesmo considerar que todos são igualmente capacitados de tomar decisões políticas, e explica o porquê desses critérios através de exemplos.

Com bases no que se foi citado acima podemos concluir que, democracia e liberdade devem se complementar, mas não devemos confundir liberdade com algum tipo de anarquismo, uma vez que, também devemos pensar na liberdade do outro.

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