O RELATÓRIO SOBRE AS CIÊNCIAS CRIMINAIS E SUA INTERFACE COM A PRATICA
Por: CLBRASAS • 15/11/2022 • Trabalho acadêmico • 944 Palavras (4 Páginas) • 80 Visualizações
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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTA
- DIREITO -
RELATÓRIO SOBRE AS CIÊNCIAS CRIMINAIS E SUA INTERFACE COM A PRATICA - I COMPETÊNCIA
CARLOS EDUARDO TEIXEIRA DE ASSIS
RA - 21201914
UNISUAM CAMPO GRANDE - RJ
ABRIL/2022
UNISUAM – UNIVERSIDADE AUGUSTO MOTA
DIREITO
CARLOS EDUARDO TEIXEIRA DE ASSIS
RELATÓRIO SOBRE AS CIÊNCIAS CRIMINAIS E SUA INTERFACE COM A PRATICA
Relatório apresentado como exigência
prática e requisito parcial concernente
a avaliação da referida disciplina
Orientador(a): Rejane Pimenta Pereira
RIO DE JANEIRO
ABRIL/2022
O professor Alfred está com uma fome de leão, pois passou o dia inteiro no fórum defendendo um cliente, chegando à instituição sem tempo para saciar sua necessidade. Em certo momento, uma aluna retira de uma sacola um sanduíche do Boby’s extremamente suculento, junto com uma excelente batata frita e um refrigerante gelado. Diante da ousadia, o docente pediu encarecidamente o lanche, pois estava sem comer, vindo a ser prontamente negado pela “comilona”. No desespero, arrebatou o lanche e comeu como se tivesse acabado de atravessar o deserto do Atacama, faminto.Revoltada, a aluna vai à coordenação e abre um chamado, vindo a coordenadora a remeter a informação à delegacia local. Apresente sua interpretação como advogado de Alfred.
Após a análise do caso concreto, se torna entendível que a ação de Alfred configurasse como uma conduta delituosa, a qual encontrasse tipificada em um dispositivo jurídico respectivo do código penal, notadamente trata-se do crime de furto nos termos do art.155 do código penal, cuja sanção se dá por reclusão, de um a quatro anos, e multa. Todavia, não seria proporcional que uma pessoa que furtasse um sanduíche para saciar sua fome viesse a sofrer a referida sanção por parte do Estado. E por conta desse e outros motivos a existência do Princípio da Insignificância é imprescindível na esfera judicial. O Princípio da Insignificância tem por objetivo excluir ou afastar a Tipicidade Penal, fazendo com que o ato praticado não seja interpretado como um crime. portanto, para uma perfeita compreensão da explanação se faz necessário o entendimento de quatro aspectos: 1. Tipicidade se trata da adequação de uma prática criminosa à forma Penal; 2. A Tipicidade Penal é caracterizada pela tipicidade formal em conjunto com a tipicidade material; 3. A tipicidade formal se configura quando a conduta adotada pelo agente adequa-se à descrição prevista no ordenamento penal; 4 . Já a tipicidade material consiste na existência de lesão ou exposição de perigo de um bem jurídico penalmente tutelado. Ante o exposto torna-se nítida a necessidade de se analisar não apenas o valor do bem jurídico ofendido, mas também algumas condições subjetivas do agente, como reincidência, habitualidade na prática de crimes e condições da vítima. Existem alguns requisitos exigidos pelo Supremo Tribunal Federal para que seja adotado o princípio da insignificância, são eles: Mínima ofensividade da conduta do agente, Ausência de periculosidade social da ação, Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e Inexpressividade da lesão jurídica causada. Por conta da conduta de Alfred enquadrar-se em todos os aspectos listados acima, a defesa solicita sua absolvição, pois acredita que não há resultado relevante pelo qual se deva mover o aparato do Estado para repelir o furto praticado, se não houve lesão ou perigo de lesão grave.
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