PARADIGMA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL: SLUH
Por: sandrasadowa • 9/3/2018 • Projeto de pesquisa • 2.545 Palavras (11 Páginas) • 140 Visualizações
PARADIGMAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL: SURDEZ
Maria Francisca Rodrigues Coelho
RESUMO
O trabalho foi elaborado com base em pesquisa bibliográfica de autores como Sacks, Skliar, Quadros e Perlin para tratar dos paradigmas encontrados na sociedade na educação de pessoas com deficiência, tendo como foco a Surdez. Foi utilizada de análise histórica para compreender os fatos e os comportamentos apresentados atualmente pela sociedade, assim como os problemas enfrentados na educação especial para melhor atender sua demanda e como pode-se melhorar esses aspectos. Concluiu-se a importância da capacitação dos profissionais, como o aperfeiçoamento da Lingua Brasileira de Sinais, e utilização de infraestrutura adequada, como as salas de recurso, para que os alunos venham a apresentar resultados adequados de educação.
Palavras-chave: Paradigmas. Surdez. LIBRAS. Educação. Análise.
Introdução
O presente trabalho tem como objetivo apresentar os paradigmas na educação de pessoas com surdez baseado na história e focar na necessidade da melhora no ambiente educacional especial e o aperfeiçoamento da Lingua Brasileira de Sinais por parte dos educadores, para que venha facilitar o aprendizado dos surdos nas escolas brasileiras.
Nesta perspectiva, construiu-se questões que nortearam esse trabalho:
- Quais os acontecimentos históricos que marcaram a evolução da linguagem de sinais?
- Há dificuldades encontradas pelos surdos na sociedade? Como o Estado Brasileiro trata essas dificuldades?
- Quais os recursos disponibilizados para a sociedade?
Quando se fala nesses paradigmas na educação, é necessário que se faça uma análise histórica da integração de uma pessoa com deficiência na comunidade, pois a partir disso pode-se levantar fatos que desencadearam a série de comportamentos observados por parte dos seres humanos.
Além de entender o processo histórico, também é preciso descobrir onde estão as dificuldades e os meios para melhorar a situação de integração dos surdos na sociedade atual, além da relevância do assunto tratado na rede pública de ensino, assim como a capacitação dos profissionais e outros recursos que devem ser disponibilizados.
"Somos notavelmente ignorantes a respeito da surdez, muito mais ignorantes do que um homem instruído teria sido em 1886 ou 1786. Ignorantes e indiferentes(...). Eu nada sabia a respeito da situação dos surdos, nem imaginava que ela pudesse lançar luz sobre tantos domínios, sobretudo o domínio da língua. Fiquei pasmo com o que aprendi sobre a história das pessoas surdas e os extraordinários desafios (lingüísticos) que elas enfrentam, e pasmo também ao tomar conhecimento de uma língua completamente visual, a língua de sinais, diferente em modo de minha própria língua, a falada.” (OLIVER SACKS)
A partir do que foi citado, o objetivo deste trabalho é utilizar da revisão literária para fazer uma análise sobre os paradigmas na educação de pessoas com deficiência e o processo de aprendizado na Lingua Brasileira de Sinais - LIBRAS. Os materiais utilizados foram de artigos científicos publicados no meio eletrônico e concepções de autores como: Sacks, Skliar, Quadros, Perlin.
Desenvolvimento
Durante muitos anos, a surdez foi alvo de incompreensão. Os surdos eram vistos como loucos, doentes e foram até mesmo castigados por Deuses durante a Grécia Antiga. Viviam às margens da sociedade pelo fato de serem considerados ineducáveis, não possuíam direitos e nenhuma outra forma de socialização até o século XV.
Diferentes correntes filosóficas contribuíram para a formação da proposta bilíngue apresentada atualmente, essas contribuições mostraram a importância de uma proposta educacional que permita às crianças surdas a aquisição/aprendizado de duas línguas: a língua brasileira de sinais (LIBRAS) e a língua portuguesa, em suas modalidades oral e escrita.
Segundo Soares (1999), em meados do século XVI, Gerolamo Cardano (1501-1576) propôs um conjunto de princípios que prometia uma ajuda educacional e social para os deficientes auditivos, afirmando que podiam ser pensantes e poderiam aprender e o melhor seria por meio da escrita. A partir desse período que surgiram os primeiros educadores de surdos.
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