PERSPECTIVAS ANTROPOLÓGICAS SOB ÓTICA JUDICIAL
Por: Havilastephanie • 26/11/2018 • Monografia • 12.654 Palavras (51 Páginas) • 122 Visualizações
FACULDADE DE SABARÁ
HAVÍLA STÉPHANIE APARECIDA SEVERINO
PERSPECTIVAS ANTROPOLÓGICAS SOB ÓTICA JUDICIAL
SABARÁ
2018
HAVÍLA STÉPHANIE APARECIDA SEVERINO
PERSPECTIVAS ANTROPOLÓGICAS SOB ÓTICA JUDICIAL
Monografia apresentada à disciplina de Monografia II, 9º período, no curso de Direito como requisito para obtenção do título de bacharel em Direito pela Faculdade de Sabará.
Orientadores: Ma. Cláudia Leite Leonel
SABARÁ
2018
Dedico este trabalho à minha amada genitora Marly Aparecida da Cruz
AGRADECIMENTOS
A Deus primeiramente por ter me dado força para superar os obstáculos que a vida me apresentou.
Á esta faculdade, e seu corpo docente, direção e administração pela paciência, carinho e responsabilidade com a qualidade do ensino.
A minha orientadora Cláudia Leite Leonel pela dedicação, suporte.
Agradeço em especial a minha genitora Marly Aparecida da Cruz por me apoiar nos momentos em que me faltou coragem.
A minha tia, Marlene da Cruz Magalhães pelo incentivo e confiança no meu potencial, agradeço os meus parentes e amigos em especial Elidia, Filipe Duarte, Vilma e Barbara pelo apoio, ao meu companheiro de vida, Gleyson Lana, à todos que contribuíram direta e indiretamente para conclusão do curso em Bacharelado em Direito.
RESUMO
O presente trabalho trata da importância da Antropologia no âmbito jurídico como possibilidade de humanização e promoção da adaptação legal as mudanças na sociedade, faz uma introdução histórica conceitual da Antropologia. Refere-se a sua importância no direito, demonstra as possibilidades de trabalhar com conhecimento Antropológico. A interação entre a antropologia e o direito como fonte geradora de intensa produção de conhecimento acadêmico. Visa ser aproveitada mais, tanto por juristas quanto por antropólogos, com a aproximação científica, tem muito a oferecer em termos de conhecimento. Nobre é a missão da justiça, porém não pode esta existir sem legitimidade e soberania, por isso, cabe aos operadores do direito a nobre missão de aplicar a razão, os valores morais, os costumes, na proporção em que sejam necessários, para quê, com ética e austeridade, prevaleça a justiça, ao invés da violência, da tirania ou do caos. Um operador o Direito munido da ciência antropológica é mais completo, pois deve entender que a evolução é uma construção histórica. E também uma forma de ampliar sua dimensão no mundo. À sociedade cabe defender o direito como instrumento de manutenção da justiça, legitimando seus instrumentos, utilizando-os de forma adequada na medida de suas necessidades e confiando que seja o melhor instrumento para defendê-la, tanto coletiva quanto individualmente.
Palavras-chave: Pesquisa, Direito, Antropologia.
LISTA DE SIGLAS
ADC –Ação Declaratória D Constitucionalidade
ADI- Ação Direta De Inconstitucionalidade
ADPF-Arguição De Descumprimento De Preceitos Fundamentais
ART-Artigo
CF- Constituição Federal
EUA- Estados Unidos Da América
FUNAI- Fundação Nacional Do Índio
LGBT -Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros
OTAN- Organização Do Tratado Do Atlântico Norte
SPI-Serviço Proteção Ao Índio
STF-Supremo Tribunal Federal
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO 1: ASPECTOS GERAIS DA ANTROPOLOGIA 11
CAPÍTULO 2:O DIÁLOGO ENTRE DIREITO E ANTROPOLOGIA 15
CAPÍTULO 3: CONCEITOS BÁSICOS PARA A ANTROPOLOGIA JURÍDICA 23
CAPÍTULO 4: A APLICAÇÃO DA ANTROPOLOGIA NAS DECISÕES JUDICIAIS 30
CAPÍTULO 5:A IMPORTÂNCIA DO SABER ANTROPOLóGICO PARA O OPERADOR DO DIREITO. 42
CONSIDERAÇÕES FINAIS 45
REFERÊNCIAS: 47
INTRODUÇÃO
Antropologia, como ciência humana, tem seus primeiros registros históricos, com essa denominação, à partir de meados do século dezenove, sendo conceituada naquele momento como um braço da ciência sociológica, da qual deixou de ser apêndice, tornando-se, enquanto ciência, uma área do saber ainda pouco explorada e difundida. Com a evolução das ciências sociais à partir do século XX, a pesquisa antropológica tornou-se mais apurada, abundante em teorias propostas e ainda mais rica em evidências comprobatórias dessas teorias.
A Antropologia é a ciência que estuda o homem, sua evolução biológica ou física, cultural e social, suas origens remontam à época dos “descobrimentos” e “grandes navegações”, entre os séculos XV e XIX, quando predominaram os relatos sobre viagens onde eram mencionadas as características dos povos “descobertos” constituindo uma descrição de sua língua, raça, religião. As descrições eram feitas geralmente por missionários, viajantes, exploradores, etc. O foco dos estudos daquela época, eram as diferenças entre as características físicas e sociais dos “povos descobertos” e seus “descobridores”. Surge no fim do século XIX, o “Evolucionismo Social” também chamado de “Racismo Científico” (por inserir o conceito de raça superior ou inferior) ou “Darwinismo Social”. É desenvolvido o conceito de que as sociedades evoluem de um estado mais “primitivo” para outro mais “civilizado”, porém é nesse período que sai de cena o conceito de “raça” substituído pelo de “cultura”. Ainda no século XIX surge a “Escola Sociológica Francesa” onde são definidas as regras do método sociológico (Émile Durkheim) e conceitos como a busca pelo “Fato Social Total”, as representações coletivas, etc. No início do século XX o estudo das características sociais e culturais dos povos ganhou o nome de “Antropologia Social” na Inglaterra, “Antropologia Cultural” nos EUA e “Etnologia” na França, chegando ao patamar de disciplina científica autônoma.
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