Questões de Direito Tributário
Por: Waggner2017 • 27/5/2017 • Pesquisas Acadêmicas • 1.741 Palavras (7 Páginas) • 257 Visualizações
QUESTÕES DE REVISÃO B2
- Qual o tipo normativo apto para disciplinar normas gerais em matéria tributária?
R.: Lei Complementar (dita normas gerais e não cria tributos).
- Quais tipos de normas se encontram compreendidas na expressão “legislação tributária”?
R.: As leis, os tratados e convenções internacionais (decretos legislativos), os decretos e as normas complementares.
- Quais são as fontes formais principais no direito tributário?
R.: As leis e os tratados e convenções internacionais (decretos legislativos).
- No que diferem as fontes formais principais das secundárias em matéria tributária?
R.: Somente as principais podem autorizar interferências no patrimônio do sujeito passivo. As fontes secundárias somente auxiliam na aplicação das principais.
- Quais são os métodos integrativos previstos no CTN?
R.: Analogia, princípios gerais de direito tributário, princípios gerais de direito público e equidade (nessa ordem).
- Quais as causas remota e próxima da obrigação tributária? No que diferem?
R.: A remota é a hipótese de incidência e a próxima é o fato gerador. A hipótese é abstrata e consiste na mera previsão legal que cria o tributo. O fato gerador é a situação concreta que faz nascer a obrigação tributária.
- Que tipo de norma pode definir o fato gerador da obrigação principal e da obrigação acessória?
R.: Da principal, somente a lei (ou decreto legislativo > se for de questão internacional). Da acessória, qualquer tipo de norma que componha a legislação tributária.
- Como deve ser interpretada a definição legal do fato gerador?
R.: Literalmente, abstraindo-se da validade do ato e dos efeitos produzidos.
- Quando se consuma o fato gerador tratando-se de situação de fato e de situação jurídica?
R.: Sendo situação de fato, no momento em que ser verifique as circunstâncias materiais. Sendo situação jurídica, quando nos termos do direito aplicável, a situação for considerada completa.
- No que diferem a obrigação tributária principal e a acessória?
R.: Diferem no objeto. A principal tem por objeto pagamento de tributo ou multa. A acessória, comportamentos.
- Diferencie contribuinte e responsável tributário.
R.: Contribuinte é aquele que pratica o fato gerador. O responsável é aquele que, sem ter interesse no fato gerador, é vinculado por lei à obrigação tributária.
- Diferencie capacidade tributária ativa e competência tributária.
R.: Capacidade tributária envolve atos de arrecadação e fiscalização, tão somente. A competência tributária, além desses, compreende atos legislativos pelos quais criam-se os tributos.
- Como se determina o domicílio tributário? Qual a exceção?
R.: A regra é a do domicílio de eleição, pelo qual cabe ao sujeito passivo escolher onde quer cumprir seus deveres. A exceção é o ISS nas prestações de serviço de engenharia civil em que o imposto será devido ao município onde estiver o canteiro de obras.
- Como se determina a capacidade tributária passiva no Direito Tributário?
R.: Pela prática do fato gerador ou por imposição de lei.
- Justifique a impossibilidade da solidariedade ativa e mista no direito tributário.
R.: Não existe esse tipo de solidariedade em razão da fixação constitucional das competências que impede, na mesma obrigação, a existência de mais de um credor.
- Cite os efeitos da solidariedade tributária.
R.: a) O pagamento feito por um dos credores aproveita aos demais; b) A concessão de isenção ou remissão aproveita a todos, salvo se concedida pessoalmente a um deles; c) A interrupção de prescrição prejudica a todos.
- Cite os tipos de responsabilidade previstos no CTN especificando suas respectivas naturezas.
R.: a) Por sucessão (pessoal); b) De terceiros (solidária); c) Por infrações (pessoal).
- Justifique se o arrematante de bens imóveis fica responsável pelos tributos devidos pelo bem arrematado.
R.: Não fica responsável, porque se sub-roga apenas pelo preço da arrematação.
- É possível afirmar que o sócio gerente ou administrador é sempre solidário com a pessoa jurídica contribuinte? Justifique.
R.: Não, pois são pessoas diferentes. Essa responsabilidade só é possível diante da prática de infrações, caso em que será pessoal.
- No que consiste a denúncia espontânea e que efeitos decorrem de seu exercício?
R.: Consiste na confissão do infrator perante o credor fiscal que ainda não tenha conhecimento do ato infracional. Seus efeitos são a exclusão da responsabilidade e da multa, e deve vir acompanhada do pagamento do tributo devido e dos juros de mora acrescidos.
Responda fundamentando com o artigo de lei pertinente quando houver
- O direito de poder exigir o cumprimento da lei em dado momento e lugar chama-se:
- vigência da lei
- aplicação da lei
- eficácia da lei
- interpretação da lei
- integração da lei.
- A capacidade da lei para produzir efeitos de fato denomina-se:
- vigência da lei
- sanção da lei
- eficácia da lei
- interpretação da lei
- integração da lei.
- A lei tributária nova será:
- irretroativa, quando se trata de lei expressamente interpretativa
- retroativa, no caso de ato não definitivamente julgado, quando lhe atribua penalidade mais benigna que a prevista na lei de regência anterior
- irretroativa, pois regerá as situações futuras e pendentes
- irretroativa, mesmo nos casos de ato já julgado, quando deixe de defini-lo como infração
- retroativa, em qualquer caso, quando estabeleça o tratamento mais favorável ao infrator.
- Uma lei que extingue ou reduz isenção de imposto sobre a renda devido pelas pessoas físicas, publicada no Diário Oficial do dia 15.05.2017, entrará em vigor:
- na data de sua publicação
- 45 dias depois de sua publicação
- no dia seguinte ao de sua publicação
- no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação.
- Assinale a opção que indique corretamente uma das regras de aplicação da legislação tributária fixadas pelo Código Tributário Nacional:
- a legislação tributária se aplica a todos os fatos geradores passados, futuros e pendentes, no ano de sua publicação
- a lei tributária aplica-se a ato ou fato pretérito em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração aos dispositivos apresentados
- a lei tributária aplica-se a ato ou fato pretérito, tratando-se de ato definitivamente julgado, quando deixe de defini-lo como infração
- a lei tributária aplica-se a ato ou fato pretérito, tratando-se de ato não definitivamente julgado, quando lhe comine penalidade mais severa que a prevista na lei vigente ao tempo de sua prática.
- Não se incluem entre as normas complementares previstas no artigo 100 do CTN;
- os decretos sobre matéria tributária assinalados pelo Presidente da República
- as portarias sobre matéria tributária assinada pelo Ministro da Fazenda
- os convênios que entre si celebram os Estados
- os convênios que entre si celebram o Distrito federal e os Municípios.
- Ressalvado o disposto no CTN, a vigência no espaço e no tempo da legislação tributária rege-se pelas disposições legais aplicáveis às normas jurídicas:
- de direito público
- em geral
- de direito civil
- de direito penal.
- É incorreto afirmarmos que, na aplicação da legislação tributária, a extraterritorialidade:
- é exceção à regra geral da vigência espacial
- é possível, se amparada por convênios entre os Estados, Distrito Federal e Municípios
- é possível, se amparada por lei que disponha sobre normas gerais de Direito Tributária, expedida pela União
- é exceção, sendo a territorialidade a regra geral
- não é possível.
- Considerando-se a vigência temporal, diz a regra geral que as leis brasileiras:
- entram em vigor 30 dias após sua publicação
- exceto as tributárias, entram em vigor na data de sua publicação ou 45 dias após a data nelas indicada
- não entram em vigor antes de 90 dias da sua publicação
- inclusive as tributárias, entram em vigor na data nelas indicada ou 45 dias após a sua publicação
- vigoram nos limites do território do ente competente que as instituiu.
- Vacatio Legis significa:
- intervalo de tempo entre a apresentação de um projeto de lei e sua aprovação
- intervalo de tempo entre a data de publicação de uma lei e a de início de sua vigência
- intervalo de tempo entre a data de publicação de uma lei e o início de sua eficácia
- período de férias dos legisladores, entre 15 de dezembro e 15 de fevereiro
- término da vacância da lei.
11. Analise as afirmações:
- Embasado no uso da analogia como forma de integração da legislação, o aplicador pode exigir um tributo não previsto na lei
- Se não for possível a integração por analogia, pode-se empregar os princípios gerais do Direito Tributário
- O emprego da eqüidade poderá resultar na dispensa de pagamento de tributo devido
- Eqüidade é a distribuição igualitária da justiça
Com relação às afirmações acima, podemos dizer que:
- II e IV estão corretas
- Apenas I está correta
- III e IV estão corretas
- Apenas IV está correta
- Todas estão corretas.
12. Assinale a afirmação correta:
- a regra geral de aplicação da legislação tributária não admite exceções
- a retroatividade da lei interpretativa é exceção à regra de aplicação da legislação
- a lei retroage em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados
- os casos definitivamente julgados retroagem no caso de norma mais benéfica ao infrator
- as letras “b” e “c” estão corretas.
13. Tendo sido apurado crime de sonegação fiscal praticado por um dos dois sócios gerentes em uma sociedade, o sujeito ativo do tributo impõe multa também ao outro sócio, que pode alegar em sua defesa:
A) inexistência da solidariedade entre os dois gerentes;
B) não ter tido conhecimento da sonegação fiscal praticada pelo outro sócio;
C) desconhecer a circunstância de que o ato praticado constituía infração legal;
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