Relatório Direito a Alimentação
Por: brunno771 • 15/7/2019 • Trabalho acadêmico • 644 Palavras (3 Páginas) • 185 Visualizações
Atividades realizadas
Realizamos reuniões quinzenais periódicas além de apresentação de trabalho escrito no Encontro dos Estudantes de Direito de Goiás, realizado na Cidade de Goiás/GO, pôster no congresso internacional “constitucionalismo e democracia” também realizado na cidade de Goiás/GO e submissão de trabalho completo para I Seminário Internacional e III Seminário Nacional: Agrotóxicos, Impactos socioambientais e Direitos Humanos – GWATA realizado na cidade de Goiás/GO. Por fim, a bibliografia lida foi de: “A violência da revolução verde: agricultura, ecologia e política do terceiro mundo”, de Vandana Shiva; “A globalização da natureza e a natureza da globalização”, de Carlos Walter Porto-Gonçalves; “Geopolítica da Fome”, de Jean Ziegler; “Geografia da riqueza, fome e meio ambiente”, de Carlos Walter Porto-Gonçalves; “Vidas desperdiçadas”, de Zygmunt Bauman; “Entre a Themis e o Leviatã: uma relação difícil”, de Marcelo Neves e “Camponeses e Impérios alimentares”, de Jan Douwe Van Der Ploeg.
Comparação entre o plano original e o executado
O plano de trabalho foi seguido conforme o planejado sem muitas ressalvas, com atividades dentro dos planos como levantamento bibliográfico, reuniões e também produção escrita sendo executadas de forma ordinária.
Outras atividades
Sem outras atividades.
Resultados preliminares
Como resultados, em um primeiro momento, ao adentrar-se a questão da geopolítica que envolve tanto a revolução verde, quanto a própria lógica da globalização em si, é fácil de se notar, ainda mais com a referência de Vandana Shiva, que as empresas e grandes corporações exercem grande influência na forma como os mercados e terras são cultivadas ao redor do mundo. Tal fato é explicado pela revolução verde, que procurou uniformizar e padronizar a produção de alimentos ao redor do mundo, a experiência Indiana, no Punjab mostrou que, o que era a princípio uma esperança de maior produção e enriquecimento acabou se tornando o contrário, com disputas por terras e a dependência dos produtores das grandes multinacionais das sementes.
Perceber que a produção é cíclica e atende a um mercado especifico também é importante para que se entenda que a questão do envolvimento das multinacionais na situação nutricional das pessoas ao redor do mundo. Pois, essas empresas compram os grãos produzidos através das sementes que advém de grandes empresas e os processam, fazendo os mais diversos tipos de alimentos ultra processados que enchem as prateleiras dos mercados. O grande problema aqui é que como são produtos padronizados, não há variabilidade nutricional disponível para os consumidores e também não se varia a cultura dos produtores rurais, presos num ciclo de consumo destrutivo.
A cultura moderna, explicitada por autores como Bauman incentiva também esse tipo de consumo, de vida agitada, rápida e que não tem tempo, inclusive para preparo de alimentos, daí surge toda essa ideia dos alimentos processados, que em tese são rápidos e eficientes para consumo, mas que na verdade são cheios de aditivos e baixíssima qualidade nutricional. Não obstante, a relatoria da ONU também alerta sobre os perigos do consumo desses alimentos em demasia, que são um dos motivos do alto índice de obesidade mórbida ao redor do globo, obesidade essa, que não se confunde com uma boa nutrição, muito pelo contrário, ela mostra uma realidade assustadora de pessoas com altos índices energéticos e praticamente subnutridos.
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