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Relatório filme Mercador de Veneza

Por:   •  17/5/2016  •  Resenha  •  1.324 Palavras (6 Páginas)  •  2.700 Visualizações

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RELATÓRIO DO FILME: “O MERCADOR DE VENEZA”

  1. INTRODUÇÃO        

O Mercador de Veneza, inspirado em poema de Willian Shakespeare aborda temas próprios ao sistema jurídico até os dias atuais. Escrita entre 1596 e 1598, contêm ideais indiscutivelmente posteriores ao seu tempo, como estudado atualmente tanto pelo campo da Literatura quanto pelo Direito. Nos apresenta, portanto, conceitos essenciais ao Direito atual, como por exemplo a reflexão sobre o princípio da legalidade, do livre convencimento do juiz, da relação bilateral entre sujeitos capazes de formar vínculos jurídicos, entre vários outros, de modo a torná-la uma obra resistente, em partes, ao tempo e às mudanças sociais.

2. O FILME

O filme começa com um texto e montagem sobre como a comunidade judaica de Veneza era abusada de maneira cruel pela população cristã da cidade, não tendo direito a Propriedade, sendo lhes possível somente a Usura.        Shylock, financista judeu, é procurado por Bâssanio, nobre Veneziano que dilapidara seu patrimônio, a fim de lhe emprestar (empréstimo) o vulto de 300 ducados, uma vez que pretende cortejar a princesa de Belmonte, Pórcia.        Bassânio, entretanto, necessita da figura de um fiador, o qual contacta seu amigo cristão Antônio (mercador) para o ser.

Antônio, então fiador, do qual o Judeu não gostava, por questões de desafeto religioso passado, faz um contrato do qual estabelece o não pagamento de juros, que conseqüentemente, prejudica o judeu. Shylock, então, faz uma cláusula para caso de não pagamento da dívida no prazo estipulado. Caso o pagamento atrasasse, ele cobraria 1 libra de sua carne.

Aceito os termos, o dinheiro foi entregue e Bassânio seguiu à Belmonte.        Princesa de Belmonte, Pórcia, fora submetida pelo seu pai, já falecido, a cumprir um testamento o qual estipulava que cada um de seus pretendentes ao casamento (contrato), tivesse que escolher um dos baús. Fazendo a escolha certa, entre ouro, prata e chumbo, podia-lhe tomar a mão o acertador.        

Para infortúnio e infelicidade de Antônio, seus barcos e navios os quais eram a garantia, perderam-se em alto mar, impossibilitando o pagamento dos tais 3 mil ducados. Ai então, Shylock, após ser traído pela sua própria filha, a qual foge convertendo-se ao Cristianismo para casar-se, é tomado pela vontade de conquistar sua vingança contra um cristão. Aproveita-se da ira para que Antônio, então, seja preso e levado ao tribunal.

O clímax da obra ocorre no momento do julgamento no Tribunal do Duque de Veneza. Shylock recusa a oferta de 6.000 ducados feita por Bassânio, o dobro do que havia sido emprestado originalmente, e exige sua libra de carne de Antônio. O Duque, querendo salvar Antônio porém evitando abrir o perigoso precedente legal de invalidar um contrato, entrega o caso a um visitante que se apresenta como Baltasar, um jovem "doutor em direito", que traz uma carta de recomendação para o Duque do célebre advogado Belário.

O "doutor", na verdade, é Pórcia disfarçada, e o seu "ajudante" é Nerissa, também disfarçada. Pórcia, no papel de Baltasar, pede a Shylock que tenha misericórdia (clemência) porém se recusa. O tribunal, então, se vê obrigado a permitir a Shylock que pegue sua libra de carne. Shylock manda Antônio "se preparar"; Pórcia, no entanto, aponta uma falha no contrato; os seus termos permitem que Shylock remova apenas a carne, e não o sangue de Antônio, de modo que se Shylock derramar uma gota sequer do sangue de Antônio, suas "terras e bens" seriam confiscados, de acordo com as leis de Veneza.        

Derrotado, Shylock (ao mesmo tempo que era vítima passa a ser vitimado) admite aceitar a oferta de dinheiro feita por Bassânio, porém Pórcia argumenta que ele não teria mais direito a ela, por tê-la recusado. Cita então uma lei segundo a qual Shylock, na qualidade de judeu e, portanto, "estrangeiro", tinha aberto mão de sua propriedade ao tentar tirar a vida de um cidadão da cidade, e deve legar metade do que tem ao governo e metade a Antônio, com sua vida à mercê do Duque. O Duque imediatamente poupa sua vida, e Antônio pede por sua parte "em uso", isto é, mantendo uma parte em poupança enquanto utiliza apenas os rendimentos, até a morte de Shylock, quando a quantia deve ser dada a Lourenço e Jéssica (cessão de todos os bens após a morte). A pedido de Antônio, o Duque abre mão da metade destinada ao Estado, porém em troca Shylock é obrigado a se converter ao cristianismo e fazer um testamento legando toda sua propriedade à sua filha e seu marido.        

Bassânio não reconhece sua esposa disfarçada, porém oferece um presente ao suposto advogado, dizendo para aceitá-lo não como um honorário mas sim como um   tributo. Pórcia, ainda sob disfarce, primeiro recusa o presente, porém após alguma insistência, ela pede o seu anel e as luvas de Antônio. Este dá as luvas sem qualquer hesitação, porém Bassânio só se desfaz de seu anel após muita insistência de Antônio, já que ele havia prometido a sua esposa jamais perdê-lo, vendê-lo ou dá-lo (contrato).

Nerissa, ainda como ajudante do advogado, também consegue obter o anel que havia dado a Graciano em circunstâncias semelhantes, sem que este perceba o que está acontecendo. Em Belmonte, Pórcia e Nerissa provocam e fingem revolta com seus maridos antes de revelarem a eles que eram, na realidade, o advogado e o ajudante. Depois de todos os personagens fazerem as pazes, Antônio ouve de Pórcia a notícia de que três de seus navios não se perderam, e acabaram chegando com segurança ao porto.        

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