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Resenha Crítica: o medo e a esperança de Hobbes

Por:   •  6/5/2017  •  Resenha  •  370 Palavras (2 Páginas)  •  2.131 Visualizações

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O contrato social de Thomas Hobbes

O capítulo XVIII da obra de Renato Janine Ribeiro aborda o medo e a esperança de Thomas Hobbes, filósofo, teórico político e contratualista inglês do século XVII. O autor expõe, de forma clara, o pensamento de Hobbes sobre a natureza humana e sobre a necessidade de um representante virtuoso para governar. Cita, ainda, alguns trechos da obra “Leviatã”, escrita em 1651 pelo próprio Hobbes, para validar seu estudo.

Para Hobbes, todo homem, em sua essência, é igual de corpo e espírito. Partindo desse pressuposto, nenhum indivíduo consegue sobrepujar o outro e sair vitorioso num duelo, pois mesmo o mais fraco tem a possibilidade de fazer sua maquinação ou unir-se a outros fracos para vencer o mais forte. Estes conflitos acontecem num estágio da humanidade em que não há regras, justiça, direitos e um soberano. Desse modo, o homem em seu estado de natureza, ao se sentir ameaçado, precisa se antecipar às ações dos demais para a manutenção da própria vida.

Determinado a solucionar a guerra de todos contra todos, Hobbes articula a teoria do contrato social. Ele estipulava que o poder e a organização surgiriam após o firmamento de um pacto entre os homens em guerra, a fim de estabelecer regras de convívio social e subordinação política.

Figurativamente, a assinatura do contrato se dá quando a sociedade aceita transferir parte dos seus direitos ao soberano para que ele possa atuar, sabendo que só assim seria possível a resolução dos conflitos.

Entende-se, portanto, que é primordial a presença de um soberano em cada sociedade, mesmo que haja regras e representantes distintos em cada uma delas. Dessa forma, as relações de paz podem se estabelecer, pois haverá alguém que possa regular o homem e suas ações.

Entretanto, é possível perceber que esta teoria é falha em determinado ponto; mesmo com a presença de um governante e a existência de leis que atuem coercitivamente, atualmente, as sociedades encontram-se em estado caótico. Os governantes deixaram de representar os homens, sendo que estes deram a aqueles parte dos seus direitos, e os homens pararam de ansiar pela paz, vivendo sempre em guerra.

Referências:

RIBEIRO, Renato Janine. Hobbes: o medo e a esperança. In: WEFFORT, Francisco (Org). Os Clássicos da Política. São Paulo: Atica, 1991.

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