Resenha Crítica do Livro:O Mundo de Sofia - Jostein Gaarder
Por: qsnunes • 12/5/2018 • Resenha • 498 Palavras (2 Páginas) • 2.981 Visualizações
Universidade do Estado da Bahia
Departamento de Ciência Humanas e Tecnológicas – Campus XIX
Curso: Direito
Disciplina: Filosofia do Direito
Docente: Maria Paula Ávila
Discente: Quezia da Silva Nunes
Resenha Crítica do Livro “O Mundo de Sofia”, Jostein Gaarder.
- GAARDER, Jostein. O Mundo de Sofia. São Paulo, Cia. das Letras, 4 ed., 1995.
Em “O Mundo de Sofia” somos levados didaticamente ao conhecimento da história da filosofia e percebemos como algo distante e misterioso é essencial para entendermos nossa existência física e social. Esse livro nos proporciona o aprendizado dos grandes filósofos e suas teorias, também faz entendermos melhor a nós mesmos e nos ensina a pensar diferente sobre as coisas que nos cercam.
O livro conta a história de Sofia Amundsen, que às vésperas de completar 15 anos começa a receber cartões postais e bilhetes que trazem consigo questionamentos como: Quem é você?, De onde vem o mundo em que vivemos?. Na verdade, Sofia é uma personagem de uma história contada por Albert Kang à sua filha Hilde que também esta perto de completar 15 anos. Ele servia à ONU, no Líbano, e de lá escrevia à sua filha sobre a história da humanidade.
Os bilhetes que Sofia recebe são parte de um curso de filosofia enviado por Albert. O primeiro ensinamento é sobre a Mitologia Grega – método pelo qual os homens da época explicavam o que não entendiam. Depois, Albert envia à Sofia um vídeo que ensinava sobre Sócrates, Platão e Aristóteles. Após, somos conduzidos à idade média onde conhecemos Tomás de Aquino, o período onde a igreja dominava o pensamento e também sobre a Peste Negra que devastou a Europa nessa época.
Mais tarde, somos levados ao Renascimento, Albert apresenta a Sofia uma bússola (instrumento que permitiu aos exploradores descobrir novos continentes). Nesse período, os filósofos dedicavam-se à ciência. Albert cita grandes personalidades do Renascimento: Shakespeare, grande escritor; Nicolau Copérnico, que descobriu que a terra girava em torno do sol; Leonardo da Vinci e Michelangelo, pintores; Johannes Gutenberg, inventor da imprensa; Bacon, filósofo que disse: “Conhecimento é poder” e Descartes, filósofo que disse: “Penso, logo existo”.
Depois, somos guiados pela Revolução Francesa, onde o povo se rebelou contra a nobreza, a opressão, a sociedade de classes, a dominação da igreja. Nesse período, o destaque foi para Rousseau que acreditava que os homens possuíam direitos naturais. Albert também cita Kant e Nietzsche, filósofo que disse: “Deus morreu”. No passeio pelo romantismo, Albert cita Mozart e Goethe; No período da Revolução Russa, ele cita: Lênin, Hegel, Marx, Freud e Sartre.
Logo, o autor vai mostrando através da história da filosofia que para inferirmos em nossa realidade devemos estar sempre indagando sobre os fatos, buscando nossas raízes históricas, pois a vida não é uma fatalidade e sim algo construído pelos seres humanos numa interação com seus semelhantes, através dos tempos, de forma contínua.
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