Resenha Direito Tutelar
Por: PauloHF37 • 18/2/2021 • Trabalho acadêmico • 1.120 Palavras (5 Páginas) • 156 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO E DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Resenha do case de Harvard intitulado “Prospecção Internacional em Calçado Esportivo: Nike e Reebok”.
Nome do aluno: Paulo Henrique Ferreira
Disciplina: Direito Tutelar do Trabalho
Tutor: Professora Cyntia Couto
Salvador – BA
2016
Estudo de Caso:
TÍTULO:
Prospecção Internacional em Calçado Esportivo: Nike e Reebok - Biblioteca da disciplina. Salvador-BA, 25 de Agosto de 2016.
REFERÊNCIA: Escola de Negócios da Harvard, Rev. 14 de Julho de1994.
O referido artigo baseia-se num comparativo das duas principais empresas de sapatos esportivos, no tocante ás fábricas contratadas nos países Asiáticos entre os anos 70 e 94 para produção de caçados esportivos e como foi se desenvolvendo as relações trabalhistas bem como os direitos humanos nesse nicho de mercado, vejamos:
O uso das contratadas asiáticas para a produção de calçados esportivos aumentou bruscamente no início dos anos 1970, quando a Nike pela primeira vez começou a desenhar e comercializar calçados de trilha, o primeiro atrativo era o baixo custo trabalhista o suprimento das firmas asiáticas funcionava tão bem que, em 1982, a Nike importava 70% de seus calçados da Coreia do Sul, 16% de Taiwan, 7% da Tailândia, Hong Kong e Filipinas, e fabricava apenas 7% nos Estados Unidos. A Reebok também desenvolveu uma ampla rede de contratadas estrangeiras. No final da década de 1980, os calçados da Reebok eram fabricados em quarenta fábricas localizadas em diversos países. A maior parte do volume vinha da Coreia do Sul e de Taiwan, mas fábricas na China, Tailândia, Filipinas e Indonésia também produziam para a Reebok. A Nike e a Reebok concentraram-se no desenho e publicidade de produto, mas efetivamente não produzia os calçados. Ao invés disso, estas empresas contavam com uma rede de contratadas na Coreia do Sul, Taiwan, China, Indonésia, Tailândia e Filipinas, que faziam calçados de acordo com as especificações exatas e entregavam um bem de alta qualidade, seguindo cronogramas de entrega precisos. Eles também ajudaram a Nike e a Reebok a manter baixos custos, já que a mão-de-obra na Ásia a baixo custo era abundante. Ao contratar com contratadas, a Nike e a Reebok não precisavam gerenciar diretamente uma operação de fabricação, e não tinham que atrelar o capital social à matéria-prima ou trabalho e em inventário de processo. O único inventário em seus livros era de bens acabados. Nike e Reebok eram empresas muito conhecidas, graças às campanhas publicitárias de alta visibilidade e o apoio de alguns dos atletas mais conhecidos do mundo. Em 1993, a Nike ganhou $365 milhões de dólares em vendas de $3.9 bilhões e teve uma rentabilidade líquida de 24.5%. A Reebok ganhou $223 milhões em vendas em 1993 de $2.9 bilhões de dólares, e atingiu um resultado líquido de 27.2%.
No início dos anos 1990, diversos jornalistas e grupos fiscalizadores do setor relataram revelações sobre as fábricas asiáticas de calçado esportivo, descrevendo desagradáveis condições de trabalho e milhares de trabalhadores labutando por longas horas em troca de salários extremamente baixos, enquanto a Nike e a Reebok negavam as acusações. A fabricação de calçados esportivos era um processo intensivo de trabalho grande parte do trabalho era feito à mão, as máquinas também desempenhavam um papel importante, mas no geral o nível de automação era baixo, o processo de fabricação também utilizava diversos produtos químicos e compostos orgânicos voláteis. O AAFLI também acusou as contratadas da Nike de forçar seus empregados a trabalhar além do horário, violar leis de trabalho infantil e não respeitar regras especiais de trabalho para mulheres.
Em 1992 o custo da mão de obra coreana começou a aumentar, o que fez as atenções desse mercado voltar-se para Indonésia e China uma vez que nessa época um trabalhador de uma fábrica de calçados na Coreia do Sul ganhava aproximadamente $10.000 dólares por ano, comparado a $1.200 dólares por ano de um trabalhador chinês e ainda menos para um trabalhador
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