Serviço Social Na Saúde Pública, Atuação Do Assistente Social Nas Instituições De Saúde Pública

Serviço Social Na Saúde Pública, Atuação Do Assistente Social Nas Instituições De Saúde Pública.

Anna Lívya Silva^[1]

Cíntia Raquel Lavor^[2]

Izabel da Silva Neves^[3]

Vania de Araújo^[4]

Resumo

A pesquisa realizada oferece um olhar diferente sobre a atuação do assistente social como meio transformador nas práticas e ações do cotidiano hospitalar, buscando um modelo aceitável de atendimento e responsabilidade da saúde pública. Na área da saúde devem-se compreender os aspectos sociais, econômicos e culturais que interferem no processo saúde/doença e cabe ao assistente social à busca de ações estratégicas como uma necessidade para a superação, reforçando o direito garantido a todos por lei a saúde. Objetiva ainda através do modelo humanizado, novas perspectivas da função dos profissionais da saúde no ambiente hospitalar.

Palavras-chave: Serviço Social; Saúde Pública; Humanização.

Abstract

The research carried out offers a different look at the role of the social worker as a transformative means in the daily practices and actions of the hospital, seeking an acceptable model of public health care and responsibility. In the health area one must understand the social, economic and cultural aspects that interfere in the health / illness process and it is up to the social worker to seek strategic actions as a necessity for overcoming, reinforcing the right guaranteed to all by health law. It also aims, through the humanized model, to provide new perspectives on the role of health professionals in the hospital environment.

Keywords: Social Service; Public health; Humanization

Sistema Único de Saúde – SUS

        Atualmente falar sobre a atuação do profissional de assistência social na saúde publica é uma questão necessária, levando em conta todo o processo de trabalho que envolve sua atuação.

        A ausência do atendimento eficaz dos serviços prestados através das políticas públicas vigentes nos hospitais do município de Salgueiro afetam usuários e seus familiares, gestores e profissionais da saúde. Muitos que recorrem a esse atendimento são desrespeitados diariamente, seja por falta de acesso, de atendimento adequado, ou por falta de recursos mínimos na conduta terapêutica.

        Essa carência em muitos casos além da deficiência do Estado em prover atendimento de qualidade está relacionada dentre tantos aspectos a falta de verba repassada pelo governo e a alta demanda de usuários, fazendo com que o atendimento feito pelos profissionais de saúde seja precário e tornando ainda mais inexistente a humanização no atendimento; por sua vez a também uma falta de assistência social mínima praticada na rede pública hospitalar, resultante do descaso da gestão e fiscalização adequada.

        É nessa visão que se torna necessário o reconhecimento e aplicação de assistência social no atendimento estatutário e fundamental para mudança desse cenário, dando-se a competência e o reconhecimento devido ao profissional social, que por sua vez deve buscar as transformações mínimas necessárias, para que usuários e instituição possam conviver satisfatoriamente, resultando em um atendimento humanizado e adequado.

        O presente trabalho tem por objetivo geral a importância de conhecer de forma ampla qual é a atuação do assistente social na saúde pública, estratégia utilizada e disponível para se implantar de forma eficaz o Serviço Social nos hospitais públicos.

        Tem por objetivos específicos Conhecer o surgimento do serviço social no Brasil; Identificar a atuação do assistente social na saúde pública.

        O trabalho a ser apresentado estará voltado para a atuação do assistente social na área da saúde.

        Todo usuário tem direitos que estão prescritos em Lei e que trazem cuidados a serem tomados para a adequação de sobrevivência de cada um.

        Com base nas transgressões ocorridas em toda a saúde do país, podemos observar a necessidade de que essas Leis estejam e permaneça cada dia sendo assegurada.

        O acesso à saúde faz parte dos direitos básicos e é protegida por Lei desde a época de 1988 onde foram identificadas e adotadas algumas medidas em prol da garantia de acesso a esse direito.

        A saúde pública centra sua ação a partir da ótica do Estado com os interesses que ele representa nas distintas formas de organização social e política das populações. Na concepção mais tradicional, é a aplicação de conhecimentos (médicos ou não), com o objetivo de organizar sistemas e serviços de saúde, atuar em fatores condicionantes e determinantes do processo saúde-doença controlando a incidência de doenças nas populações através de ações de vigilância e intervenções governamentais.

        O Sistema Único de Saúde (SUS) é considerado um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo, muitas vezes exemplificado como modelo para outros países. O SUS foi criado em 1988 pela Constituição Federal, amparado por um conceito ampliado de saúde pública, visando garantir o direito à saúde de toda a população, ou seja, todo cidadão brasileiro tem direito de acesso ao SUS que foi regulamentado pela lei N° 8.080/90, mesmo sendo direito de todos, sabemos que, para isso, exige planejamento e articulação dos gestores municipais e estaduais. A articulação entre todos os órgãos da saúde é imprescindível para que o cidadão brasileiro tenha condições de acesso à saúde básica em seu município.

        Norteado por muitas lutas e conquistas, o sistema único de saúde (SUS) passou ser construído devido à participação dessas pessoas na VIII Conferência Nacional da saúde, que tiveram vez e voz, para discutir sobre os serviços de saúde ainda na década de 1980. Com o exposto, entendemos que o SUS é uma conquista do povo brasileiro, porém o SUS que temos não é o SUS que queremos, ou seja, o ideal está bem longe do real.

        De acordo com a autora Piola (2001), o SUS é alicerçado pelos seguintes documentos: a Constituição Federal de 1988, que criou o SUS; a Lei 8.080 de 19 de setembro de 1990, conhecida como Lei Orgânica da Saúde que versa sobre sua forma de organização e de funcionamento e a Lei 8.142 de 28 de dezembro de 1990, que dispõe sobre a participação popular e transferências de recurso.