Teoria das janelas quebradas

A teoria da janela quebrada dá-se devido um experimento realizado pela escola de Chicago no ano de 1982.Quando o cientista político James Q. Wilson e o psicólogo criminologista George Kelling, americanos, publicaram um estudo na revista AtlanticMonthly, estabelecendo, pela primeira vez, uma relação de causalidade entre desordem e criminalidade, ou seja, a relação entre a pobreza e a pratica de crimes. (Freitas, 2014)

A experiência se deu da seguinte maneira, foram distribuídos dois carros, um num bairro pobre e outro num bairro rico, no primeiro o carro foi depredado e teve suas peças furtadas, o segundo permaneceu intacto, porém os pesquisadores quebraram as janelas do primeiro carro devido a isso, o carro sofreu os mesmos danos do primeiro, os cientistas chegaram a uma conclusão que a desordem causa desordem, mas não necessariamente a pobreza que causa a pratica do crime e sim a desordem, a ausência do Estado a falta do Estado naquele local é um fator determinante para a prática de crime, na região pobre suja e completamente abandonada, sem polícia sem nada, a ausência do Estado da uma sensação de impunidade e encontra-se nestes lugares um maior índice de criminalidade. A deterioração trás a idéia que para aquele lugar não existe norma, esse sentimento pode aumentar a cessação de desconforto da ausência de Estado e da lei, cada novo ataque reafirma essa idéia até o ponto de haver um total descontrole;

Kelling e Wilson, criadores desta teoria, nos seus estudos utilizaram o exemplo de uma janela quebrada de uma fábrica ou escritório, verificando que caso não haja imediato conserto, logo as demais serão quebradas. Quando uma pessoa se depara com esta janela quebrada por vários dias, pensará que o imóvel está abandonado e assim quebrará as demais janelas do local, os que adotam esta teoria entendem que os delitos de qualquer natureza devem ser repreendidos para evitar problemas maiores, mesmo aqueles de menor potencial ofensivo, ela deu base ao modelo norte americano de políticas de segurança pública no enfrentamento do poder de combate ao crime, devido ao alto índice de violência na cidade de Nova Yorke, foi implantado a política de tolerância zero baseado nessa teoria com a ideia de acabar com todo tipo de conduta criminosa, ou seja, combatendo os crimes pequenos, porque combatendo estes, evitam-se os crimes mais graves é importante ressaltar que a tolerância zero é contra o crime e não contra o criminoso, é aplicado no direito penal do fato e não contra o autor.(Silva, 2015)

O resultado da política de tolerância zero acarretou em uma enorme redução de criminalidade onde foi aplicada, responsabilizando o Estado quanto aos abusos de autoridades essa política não se restringe a massa popular, mas aplica-se também aos seu aplicadores, tentando trazer a sociedade em situações básicas de ordem.

Alguns doutrinadores entendem que a lei maria da penha é uma aplicação evidente da teoria da janela quebrada no ordenamento jurídico brasileiro, uma vez que existe um tratamento muito rigoroso para qualquer forma de violência domestica ou familiar contra a mulher; explicam que o agressor começa a praticar atos progressivos que na maioria das vezes resultam em assassinato da vítima.

Bibliografia

Freitas, D. X. (2014). Janelas quebradas: uma teoria do crime que merece reflexão. Fonte: jusbrasil: http://daniellixavierfreitas.jusbrasil.com.br/artigos/146770896/janelas-quebradas-uma-teoria-do-crime-que-merece-reflexao

Silva, M. M. (02 de 2015). Teoria das janelas quebradas na Criminologia. Fonte: Jus Navegandi: https://jus.com.br/artigos/36275/teoria-das-janelas-quebradas-na-criminologia

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