A EVOLUÇÃO DA QUALIDADE
Por: locmiranda • 4/2/2018 • Monografia • 22.998 Palavras (92 Páginas) • 214 Visualizações
SUMÁRIO
RESUMO 2
INTRODUÇÃO
A EVOLUÇÃO DA QUALIDADE
1.1 - Aspectos históricos do princípio da Qualidade
1.2 - O Japão como paradigma originário da Qualidade do mundo moderno
1.3 - Qualidade e Competitividade: uma aproximação teórica
A QUALIDADE COMO ESTRATÉGIA COMPETITIVA DE MERCADO
2.1 - Os anos noventa
2.2 - Indústria automobilística: transformações e implicações sobre a máquina capitalista de produção
2.3 - A situação da indústria brasileira
O PROGRAMA DE QUALIDADE NA FIAT AUTOMÓVEIS DO BRASIL
3.1 - O grupo Fiat
3.2 - A Fiat Automóveis do Brasil
3.3 - Implantação do Programa de Qualidade na Fiat Automóveis
3.4 - O processo de mineirização dos fornecedores e a conscientização dos concessionários para a qualidade
3.5 - Resultados alcançados e perspectivas futuras
CONCLUSÃO
ANEXO I
ANEXO II
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RESUMO
A presente monografia analisa a importância de uma gestão voltada para a qualidade como uma estratégia competitiva necessária no mercado atual. Utilizou-se, para tanto, o exemplo da Fiat Automóveis, que implantou na sua fábrica e junto a seus fornecedores e concessionários um Programa de Qualidade Total, com o objetivo de se preparar para um mercado mais exigente. Este trabalho foi dividido em três capítulos. Após a introdução, o capítulo 1 vai tratar da origem da qualidade, desde tempos passados até a importância adquirida a partir da Segunda Grande Guerra. Trata também do Japão, que assume papel fundamental, no pós-guerra, quanto aos paradigmas da qualidade no mundo moderno. O capítulo dois enfoca as mudanças ocorridas no cenário do comércio internacional nos anos noventa, levando em consideração a grande importância alcançada pela qualidade como um mecanismo de diferencial e estratégia para o mercado. Também deu-se ênfase nas mudanças ocorridas na indústria automobilística quanto a sua forma de produção, passando da forma artesanal até chegar na produção enxuta. O terceiro capítulo trata do Programa de Qualidade da Fiat, sua implantação e seus resultados. Analisa as mudanças implantadas e seus efeitos sobre a produção, funcionários e mercado, e traça os futuros objetivos da empresa no que diz respeito a qualidade de seus produtos. Por último, na conclusão, procuro demonstrar a importância da adoção de programas voltados para a qualidade dentro das empresas como uma necessidade de sobrevivência no mercado futuro, que exigirá muito mais dos produtos e dos serviços.
INTRODUÇÃO
Os anos noventa estão trazendo junto consigo uma série de modificações no cenário mundial. São modificações no campo político, econômico e social que estão alterando as relações de mercado entre os países e entre fabricantes e consumidores. Essas modificações estão levando as empresas a procurarem se modernizar, visando se tornarem mais competitivas para poderem enfrentar esse novo desafio.
Os grandes objetivos para a modernização das empresas estão na busca da capacitação tecnológica e de uma gestão empresarial inovadora, no qual são indispensáveis a produtividade e a qualidade. Esta modernização depende da implantação de gestão produtiva e tecnológica dentro da empresa, como também capacidade para adquirir novas tecnologias, tanto no produto como no processo produtivo.
Qualidade e Produtividade englobam uma variedade muito grande de conceitos na atualidade. Representam um propósito de unificação entre os dirigentes e empregados da empresa no sentido de buscar uma postura pró qualidade e produtividade dentro do processo produtivo, assegurando produtos que estejam dentro das suas especificações e objetivos voltados completamente para a satisfação do mercado.
A grande competitividade do comércio internacional está voltada para bases tecnológicas de ponta, influenciado grandemente pelas relações entre os blocos econômicos em formação (alguns já operando), acabando com as vantagens comparativas baseadas no uso de fatores abundantes como matéria-prima e mão-de-obra.
O grande desenvolvimento do Japão e dos “Tigres Asiáticos” está associado a uma forte política industrial e comercial, conjugada a uma postura em busca de qualidade e produtividade, pela atividade empresarial. Isso vem se espalhando pelo resto das economias mundiais, provocando mudanças de conceitos no processo produtivo das empresas.
No Brasil, a preocupação com a qualidade e produtividade é ainda recente e incipiente, porém vem a cada dia tomando força dentro das empresas. Mesmo assim, para um país que quer ser competitivo, o Brasil ainda está muito longe de alcançar um nível ideal. As perdas por falta de qualidade alcançam hoje níveis inaceitáveis, encarecendo os preços do produto final e serviços. Normalmente a indústria brasileira atua com ineficiência média de 20% a 30% do seu faturamento ou produção.[1]
Nesse valor estão contabilizados os produtos defeituosos reprovados pelo Controle de Qualidade, a reciclagem para aceitar esses produtos inadequados, a ociosidade do pessoal, o tempo de máquina parada ou em manutenção, as reclamações dos clientes, as deficiências do projeto do produto, a utilização de fornecedores despreparados, a falta de entendimento das reais necessidades dos clientes, entre outras coisas. Essas infrações contra a qualidade é que, sem dúvida, representam o maior item de custos das empresas, proporcionando desperdício, aumento de custos e a consequente perda de competitividade.
Mas o esforço das empresas brasileiras tem sido grande no sentido de se ajustarem ao mercado internacional, buscando melhorar sua competitividade nesse disputado mercado internacionalizado. A gestão pela Qualidade tem sido usada como um meio eficaz para preparar as empresas para essa realidade. Esse modo de gestão vem proporcionando a devida organização dos sistemas produtivos, permitindo a oferta de produtos e serviços adequados às necessidades e expectativas do mercado a preços competitivos.
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