A SOCIEDADE DO ESPETÁCULO
Por: Rosemara Schirmann • 9/12/2016 • Dissertação • 918 Palavras (4 Páginas) • 276 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL
CAMPUS REALEZA
CURSO LICENCIATURA EM QUÍMICA
ROSEMARA SCHIRMANN
A SOCIEDADE DO ESPETÁCULO
REALEZA
2016
INTRODUÇÃO
Constantemente acompanhamos nos meios de comunicação que estamos vivenciando uma grave crise econômica. Mas, e se analisarmos o contexto? Talvez em todos estes anos nunca produziu-se e ao mesmo tempo se consumiu tanto. O que a mídia quer é apenas nos introduzir ainda mais profundamente no espetáculo em que vivemos, para não acordarmos durante o ato e desfazer esta grande encenação que chamamos de mundo.
A Sociedade do Espetáculo
O que é a realidade? O que diferencia o real do fictício? Tais perguntas parecem ser tolas, no entanto, quando nos aprofundamos na leitura do livro: A Sociedade do Espetáculo do autor Guy Debord, nos damos conta de que não são mais perguntas fáceis de serem respondidas.
Realmente, o mundo em que se vive atualmente, após uma breve avaliação mais critica, não passa mesmo de um espetáculo bem articulado. Estamos presos à ambição, vivemos dias após dias correndo atrás de uma moeda de troca. Por que não dizer que estamos nos prostituindo? Afinal de contas doamos nossa força, nossa inteligência, nossa vida em troca de notas de papel.
Vivemos tão e somente tão em busca de satisfazer nossos egos que nos esquecemos para que vivemos, nos esquecemos o que é, realmente ser feliz. A sociedade do espetáculo nos impõe, de uma forma intrinseca, que apenas seremos felizes assim que conquistarmos capitais que, quando estamos a ponto de conquistar-los, muda-se tudo e novamente a ganância se amplia e o que se tem não o contenta, é necessário ir além. O espetáculo á não se pode parar.
As redes sociais são os maiores exemplos de que o espetáculo predomina, criam-se personagem para si próprios, modificam seus corpos, seus rostos, filtram-se tudo. O monopólio da aparência é unicamente o que importa, se você não faz parte do seleto grupo de seres belos moldados pela mídia, então você vira objeto de deboche, se não aderiu a moda não é possível ser bem recebido pela sociedade, então ela te exclui. É necessário seguir com o espetáculo.
Praticamente nada é real, seus milhares de amigos não são reais, afinal de contas qual a finalidade de se ter dois mil amigos dos quais você sequer conhece ou conversou algum dia? Como cita Guy Debord no livro: “num mundo realmente invertido, o verdadeiro é um momento do falso.”Em que momento somos realmente verdadeiros ou estamos cientes que estamos semdo verdaeiros?
Totalmente alienados, mal nos damos conta de que vivemos um espetáculo. Estamos tão presos em nossos personagens que por veses deixamos a vida e não nos damos conta de quem fomos. Pois “ele é o sol que não tem poente no império da passividade moderna. Recobre toda a superfície do mundo e banha-se indefinidamente em sua própria gloria”.
Vivemos um tempo tortuoso, estamos cercado de ferramentas que nos dariam o passaporte para a liberdade mas ao invés disso reforçamos o nosso personagem ainda mais. A internet hoe uma das ferramentas mais ricas de pesquisa, para muitos é obsoleta, pois não se deram conta da grandiosidade de coisas boas que ela nos oferece e recusam assim usufruir-se da mesma de um modo mais abrangente, limitando-se a moldar e moldar seus personagens medíocres.
Tudo esta a venda e tudo tem preço, a vida tem preço, vendemos parte dela em troca de dinheiro e outra a outra em busca de reconhecimento. Queremos ser amados sob qualquer custo, esquecemos ou então, ainda não nos damos conta do quanto é bom ter amor próprio, aceitar-se do modo que se é, dessa forma é possível desprender a venda que tapa nossa visão, conseguir ver além do espetáculo.
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