Brics - projeto de monografia
Por: André Luiz • 26/3/2017 • Monografia • 3.979 Palavras (16 Páginas) • 495 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
ANDRÉ LUIZ MADEIRA RODRIGUES
BRICS: O FUTURO DA ECONOMIA GLOBAL?
ANÁLISE DOS PAÍSES MEMBROS E PERSPECTIVAS FUTURAS
VITÓRIA
2014
ANDRÉ LUIZ MADEIRA RODRIGUES
BRICS: O FUTURO DA ECONOMIA GLOBAL?
ANÁLISE DOS PAÍSES MEMBROS E PERSPECTIVAS FUTURAS
Projeto de monografia apresentado à disciplina Monografia I, do curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Espírito Santo, como requisito para avaliação.
Orientador: Professor Me. Luiz Antônio Saade
VITÓRIA
2014
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 3
1.1 JUSTIFICATIVA 3
2 OBJETIVOS 11
2.1 OBJETIVO GERAL 11
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 11
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 12
4 METODOLOGIA DA PESQUISA 14
5 SUGESTÃO DE ESTRUTURA 15
6 CRONOGRAMA 16
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 17
1 INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
Este trabalho busca enfatizar a relevância atual e futura do grupo econômico BRICS, batizado originalmente como BRIC, por Jim O’Neill, Economista-Chefe do Banco de Investimento Goldeman Sachs, em 2001. BRICS é um acrônimo inglês formado pelas inicias dos países Brasil, Rússia, Índia, China, e posteriormente África do Sul (South Africa) – daí a alteração de BRIC para BRICS. Segundo o economista, esses países emergentes futuramente tornar-se-ão a base da economia mundial. Embora o BRICS ainda não seja considerado um bloco econômico formal, percebe-se, através de suas últimas reuniões, que os países envolvidos estão cada vez mais engajados em estreitar suas relações comerciais, podendo até suplantar o campo comercial.
Esta justificativa começará com um breve histórico sobre a formação de outros blocos econômicos mundiais, dando continuidade com a história do surgimento do BRICS. Em seguida será feito uma explanação dos objetivos que cada país membro busca com esta união.
Entende-se bloco econômico como um agrupamento de países que estabelecem relações econômicas privilegiadas entre si, dispostos a abrir mão de parte da própria soberania nacional em prol da associação.
Como resultado da globalização da economia mundial, as relações comerciais entre países se intensificaram, eliminando as suas fronteiras territoriais. Assim as grandes potências capitalistas iniciaram rapidamente a prática de consolidação de acordos que permitiram a captação de matérias-primas e incorporação de novos mercados consumidores de produtos industriais, consequentemente formando-se os blocos econômicos.
Na Europa, no final da 2ª guerra mundial, precisamente 1944, a Bélgica, Holanda e Luxemburgo criaram uma área de livre comércio, resultado de um acordo firmado em Londres, dando origem ao BENELUX – sigla formada pelas iniciais dos três países. Em 1958, acontece o primeiro tratado entre os países do BENELUX, que estabelece uma União Econômica BENENLUX, e que entra em vigor a partir de 1960. Em 1951, com a adesão da Alemanha, Itália e França junto ao, ainda não formalizado, BENELUX, cria-se a CECA – Comunidade Europeia do Carvão e do Aço. Posteriormente, em 1957, com a adesão de mais países originou-se a CEE – Comunidade Econômica Europeia. No ano de 1992, o crescimento da referida comunidade acabou dando origem à atual União Europeia.
Em 1960, foi criada pelo Tratado de Montevidéu a ALALC – Associação Latino-Americana de Livre Comércio – a qual tinha como membros a Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. A ALALC visava a ampliação dos mercados nacionais e integração dos países membros, assim como uma redução de custos de produção, mas não conseguiu se manter firme, pois não atingiu os objetivos esperados, sendo extinta em 1980. Em seguida surge a criação da ALADI – Associação Latino-Americana de Integração – um organismo intergovernamental, que visava contribuir com a promoção da integração da região latino-americana, procurando garantir seu desenvolvimento econômico e social, mas mantendo os mesmos membros e objetivos da ALALC (COMBA, 1984). Em 1998, Cuba também passa a integrar o grupo. A ALADI, atualmente, é o maior bloco econômico da América Latina.
Em 1992, foi criado o NAFTA – Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (North American Free Trade Agreement) – promovendo uma zona de livre comércio integrada pelos Estados Unidos, Canadá e México. Este acordo foi uma expansão do antigo "Tratado de livre comércio Canadá-Estados Unidos", de 1989. Diferentemente da União Europeia, o NAFTA não criou um conjunto de corpos governamentais supranacionais, nem criou um corpo de leis que seja superior à lei nacional. (NIEMEYER E COSTA, 2012) O NAFTA é um tratado sob a égide das leis internacionais.
O Mercosul – Mercado Comum do Sul – formado inicialmente por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, originado pelo Tratado de Assunção, de 1991, resultado do acordo de alcance parcial no âmbito da ALADI. Atualmente, o Mercosul é formado por cinco membros plenos: Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai e Venezuela; e cinco países associados: Chile, Bolívia, Colômbia, Equador e Peru. Há também na América do Sul o Pacto Andino, originado em 1969, e que atualmente é chamado de Comunidade Andina, constituído pela Bolívia, Equador, Peru e Venezuela (BALBÉ e MACHADO, 2008).
No oriente, a formação de blocos econômicos foi marcada pela APEC (Associação de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, 1993) – composta inicialmente pelo Japão, China, Coreia do Sul, Tigres Asiáticos, Peru, Chile, Rússia, EUA, México e Canadá.
No campo político-econômico, o surgimento dos primeiros blocos europeus tinha por meta inicial viabilizar a recuperação da Europa pós 2ª Guerra Mundial. Assim, os blocos europeus tiveram a função de reduzir o poderio econômico e a influência dos Estados Unidos[1] e da antiga União Soviética na economia mundial. Com o passar do tempo, outros blocos foram aparecendo com o objetivo de articular a economia de outros países em crescimento.
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