O Desenvolvimento do Capitalismo
Por: giovannalbs • 29/11/2018 • Trabalho acadêmico • 762 Palavras (4 Páginas) • 260 Visualizações
O Desenvolvimento do Capitalismo
Giovanna Larissa Barboza e Silva
O capitalismo é um sistema econômico e social, que tem como base o acúmulo de capital e a propriedade privada. Surgiu no fim da idade média, com o fim do sistema feudal, que tinha como estrutura a agricultura para consumo próprio. O feudalismo estava em crise, fatores como a peste negra, falta de demanda de recursos naturais para atender a população, novas técnicas de trabalho, o crescimento do comércio nas cidades e a fuga de escravos para as mesmas, levaram esse sistema ao seu declínio. Essas transformações enfraqueceram o poder da nobreza, dos senhores feudais e do clero, formando um alicerce para surgir um novo sistema, baseado na exploração da força de trabalho, o capitalismo.
Diante do que expõe SAES, Flávio A. M. ; SAES, Alexandre Macchione (2013, p.61), com a peste negra matando grande parte da população europeia, esse continente viu-se em uma forte crise pois havia muitas cidades abandonadas e espaços rurais deserdados. Houve uma diminuição no número de trabalhadores, levando ao decrescimento da mão de obra. Escravos fugiam para as cidades, visto que a pressão feita pelos seus senhores era muito grande, já que, parte da população morria com a falta de higiene e saneamento básico, de modo que não sabiam como tratar a doença causada principalmente por ratos, então havia carência de trabalhadores rurais para cultivar as terras.
Com a evasão dos servos para a cidade, a comercialização entre as mesmas se difundiu. “Algumas destas se formaram em terras de domínios feudais, mas não havia submissão servil aos senhores feudais, pois seus habitantes já eram homens livres” (SAES, Flávio A. M. ; SAES, Alexandre Macchione, 2016, p.63). Foram criadas rotas de comércio entre alguns países europeus e também asiáticos, entre eles a China e Índia, esta possuía especiarias como pimenta do reino, noz-moscada, canela, gengibre etc. Nas rotas comerciais, havia feiras onde mercadores europeus vendiam e compravam objetos, era um mercado de trocas de produtos como: tecidos, especiarias, cereais, animais e muitas vezes pessoas era tratadas como mercadorias e vendidas como escravos.
O feudalismo tinha um número limitado de consumidores que era possível sustentar através da produção feudal. De acordo com Sweezy (1977, p.42), quando os servos tinham filhos, sobrecarregavam este sistema, sendo assim, era necessária a expulsão de seus filhos daquelas terras, que, por consequência, se tornavam mendigos ou bandidos. Havia desavenças e competições entre os senhores feudais por terras e vassalos, gerando, deste modo, instabilidade nos feudos.
A partir do momento que os escravos fugiam das terras feudais para as cidades, que, ofereciam liberdade e melhoria de vida, tornando-se mercadores, o dinheiro passou a ter papel fundamental no meio de troca. A necessidade da população feudal por receitas foi um passo importante para a ascensão do comércio, pois surge o mercantilismo. A burguesia mercante começa a procurar por ouro, prata, especiarias etc. “A expansão permitiria compensar a nobreza pela queda de sua renda e riqueza” (SAES, Flávio A. M. ; SAES, Alexandre Macchione, 2013, p. 68), ou seja, o interesse era expandir o comércio e enriquecer as metrópoles, então ocorre a descoberta de novos continentes e a colonização dos mesmos, gerando um excedente maior para as metropóles e gerando também competição entre alguns países europeus (como Portugal e Espanha, que através do Tratado de Tordesilhas, fizeram um acordo que dividia as terras recém descobertas, com o objetivo de ambos os países a explorarem).
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