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O Plano de metas, Quinze Anos de Política Econômica

Por:   •  8/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  671 Palavras (3 Páginas)  •  701 Visualizações

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PROJETO

 MATHEUS ROCHA

 

Carlos Lessa - O plano de metas, Quinze Anos de Política Econômica 

ANÁLISE TEMÁTICA

O plano de metas – 1957/60

        O Plano de metas veio com o objetivo de construir os estágios superiores da pirâmide industrial verticalmente integrada e do capital social básico para apoiar essa estrutura, desta forma prosseguindo com o processo de substituição de importações. O plano não visava o problema da má distribuição de renda nem à transformação estrutural do setor agropecuário. O financiamento do plano contribuiria em intensificar os desequilíbrios no cenário econômico.

Os fatores de adoção do Plano de Metas

        Em 1956 a economia brasileira estava em desequilíbrio, com o déficit externo, o novo ciclo de produção cafeeira e grandes desequilíbrios fiscais. Todavia, esses desequilíbrios não intimidaram a formulação de um programa que, além de propor inversões que implicavam numa vigorosa elevação dos gastos do setor público, postulavam um substancial avanço na industrialização.

         O empresariado tinha interesse na industrialização nacional, dessa maneira o plano expansionista não afetaria os interesses desse setor, dessa forma abrindo possibilidades financeiras atraentes às empresas privadas nacionais e estrangeiras.

        Além disso também há o a relação de desenvolvimento anterior e as características principais da economia. Com o sistema brasileiro em um estágio de que abria margens à realização do plano, seja devido ao grau de diversificação industrial, seja em função do espaço econômico, ou seja, ao contrário do que ocorreu em outros países do continente, a economia brasileira dispunha de um maior raio de manobra que lhe permitiu escapar do dilema da estabilidade ou desenvolvimento e fez os dois coexistirem.

        Em relação ao primeiro conjunto de metas (energia-transporte), deve-se ter presente que o Plano de Metas nada mais era do que uma ampliação e consolidação de programas iniciados na primeira metade da década.

        A industrialização estava desordenada e com concentrações regionais e com claros pontos de estrangulamento. Quando constatados, esses desequilíbrios se tornaram críticos, impondo uma redistribuição de recursos a favor do setor público, iniciada na criação do BNDE em 1952, entretanto, em 1956, persistia a necessidade de ampliar, com maior enfoque na produção energética.

        A primeira parte do Plano de Metas, consistia em inversões complementares à estrutura industrial preexistente, encontrava apoio entusiástico do setor industrial, dada a consciência da vulnerabilidade e do interesse de rebaixar seus custos de operação. Um segundo conjunto de metas, falava da instalação de um setor produtor de equipamentos, essa parte não era relacionada às metas anteriores, apesar de que a substituição de importações de bens de capital alterou o período do plano a dinâmica da economia, todavia não era necessária para corrigir o desequilíbrio externo, visto que no período de realização do plano, atuou como fator de pressão adicional sobre a procura de importações, que seria ladeável após aderir à uma política liberal em relação à atração de capitais externos.

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