O Preço Natural e o Preço de Mercado das mercadorias
Por: Alan Lopes • 20/3/2016 • Dissertação • 2.066 Palavras (9 Páginas) • 1.977 Visualizações
Introdução
Nos capítulos analisados da obra de Adam Smith, vemos o quanto sua análise econômica colaborou com as tantas teorias que hoje são fundamentais para compreendermos a economia e suas vertentes. Smith nos dá bases para construção do pensamento econômico.
O Preço Natural e o Preço de Mercado das mercadorias
Existe uma taxa para salário e lucros para cada emprego diferente. Naturalmente será determinada pela sociedade: sua riqueza e pobreza, sua progressão e pela sua natureza.
Outra taxa para a renda da terra, é a regulada naturalmente pela terra e sua fertilidade.
São denominadas taxas naturais.
O valor da mercadoria quando não é menor e nem maior, apropriado para pagar suas despesas é levado ao mercado com suas taxas naturais e vendido ao seu preço natural, ou seja, vendida exatamente o quanto vale.
Ao vender um produto com preço baixo por um período longo irá conseguir garantir o seu lucro.
O preço de mercado é denominado ao seu preço efetivo. Pode estar superior, inferior ou até mesmo igual ao preço natural. Será regulada pela quantidade disponível e sua demanda que está disposta a pagar pelo seu preço natural, pode se chamar de demanda efetiva.
Uma quantidade de produto colocada no mercado que é inferior a sua demanda efetiva, não irá conseguir vende-los a quem está disposto á pagar pelo que vale, mas estarão dispostos a pagar mais caro por esse produto e começará uma concorrência, o preço de mercado subirá, por causa do aumento da procura do mesmo.
Uma quantidade de produto que ultrapassar a sua demanda terá excesso de oferta. Uma parte deverá ser vendida abaixo preço chegando mais ou menos até o preço natural com concorrência entre os vendedores.
Uma quantidade de produto colocada no mercado que se iguala a sua demanda, o preço de mercado e o preço natural poderão se coincidir. Será necessário vende-lo ao seu preço natural e não elevar os preços.
A quantidade disponível no mercado irá se ajustar a demanda efetiva.
Terão setores que com a mesma quantidade de trabalho produzirão sempre em quantidade diferente e outros produzirão a mesma quantidade.
As flutuações ocasionais e temporárias atingem nos salários e no lucro.
O preço de mercado estará acima em torno do preço natural, por motivos muitas vezes naturais e podendo por um longo tempo manter o preço de mercado acima do preço natural.
Os segredos de fabricação podem ser mantidos por um longo tempo. Usar matérias-primas mais baratas em vez das que se usam diariamente, podendo desfrutar dessa vantagem por longos anos.
Certos produtos naturais vão exigir características de solo e localização, porque as terras que já existem muitas delas não serão suficientes para atender a demanda efetiva. Com essa dificuldade, irão vender os produtos a preços altos, e esse valor estará acima da sua taxa natural.
Os monopólios não suprirão a necessidade da demanda efetiva. Existe uma falta de produto no mercado, e por esse motivo vendem os produtos acima do preço natural, obtendo ganhos. Os preços do monopólio são os mais altos em comparação aos concorrentes que são mais baixos.
O preço de mercado vai estar por muito tempo acima do preço natural, mas dificilmente estará abaixo dele.
O preço natural vai variar com a taxa natural: salários, lucro e renda da terra; e na sociedade vai variar conforme o seu estado econômico.
Dos salários do trabalho
O salário é a recompensa natural do trabalho. Inicialmente, a terra pertencia ao trabalhador, mas com a apropriação da terra e acúmulo de capital, isso se transformou. Se tivesse se mantido a ideia inicial, os salários aumentariam junto á capacidade produtiva. Em alguns casos, esse aumento de salários não seria verdadeiro, pois se houvesse aumento de produção em 10 vezes de um determinado produto, seria empregado 10 vezes mais trabalho, mais matéria prima, etc., porém pode ser que a demanda efetiva por aquele produto, aumente apenas 2 vezes mais, o que ocasionaria uma sobra de oferta, e consequentemente um prejuízo.
Quando a terra se torna propriedade privada, o proprietário, tem direito a uma parte da produção. Geralmente, o patrão adianta o que é necessário para que se inicie a produção (sustento, matéria prima e custos), para que depois ele receba o retorno.
Se um operário possuir capital necessário para sua atividade, desfrutará tanto do salário como do lucro. Isso não é comum, e nota-se que é importante a existência do patrão.
Os salários dependem do acordo entre patrão e empregado, através de contrato. Ambos tem interesses totalmente distintos. Trabalhadores desejam ganhar o máximo possível e patrões desejam pagar o mínimo possível.
As classes aliam-se entre si por essa luta, mas mesmo que os patrões sejam uma quantidade menor, tiram maior vantagem, pois a lei estava ao lado deles. Vale também lembrar que precisam um do outro, porém a necessidade do trabalhador é muito maior sobre o patrão, do que o inverso.
Mesmo que os patrões levem vantagens há uma taxa que não é possível reduzir os salários correntes, durante um período, pois os salários devem ser suficientes para sustentar o trabalhador e sua família.
Se há aumento de emprego de determinada espécie, a escassez de trabalhadores fará com que haja aumento de salário, causando a concorrência entre os patrões, quebrando o acordo natural.
A demanda por trabalhadores que vivem de salários resulta do aumento de fundos destinados a pagamento de salários, que são: excedente de receitas relativamente ao necessário a subsistência; capital que excede a remuneração dos patrões. Quando um trabalhador independente se acha na posse de um capital superior ao necessário para sua atividade, empregará operários com esse excedente, para obter um lucro desse trabalho.
Por isso, a demanda de assalariados necessariamente cresce com o aumento da renda e do capital de um país. O aumento da renda e de capital é o aumento da riqueza nacional, sendo simplesmente impossível quando isso não ocorre.
Se um país estiver estagnado por muito tempo, não podemos esperar encontrar nele salários muito altos, mesmo que a riqueza dele seja muito grande, pois dificilmente haverá escassez de braços que leve os patrões a licitar um contra os outros.
Haverá constante escassez de emprego, e os trabalhadores serão obrigados a disputar entre si, o que colabora para que os salários mantenham-se á mais baixa taxa, com o mínimo de humanidade.
Em um país onde os fundos destinados á manutenção dos trabalhadores estivessem em declínio, as coisas seriam bem diferentes. Muitos criados nas classes superiores, não encontrando emprego nas suas profissões, procuraria um emprego em outras inferiores.
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