Os Métodos Quantitativos Aplicados a Corporate Finance
Por: reemendes • 24/6/2023 • Trabalho acadêmico • 2.260 Palavras (10 Páginas) • 120 Visualizações
[pic 1][pic 2]
Atividade individual
Matriz de análise de viabilidade | |
Disciplina: Métodos Quantitativos Aplicados a Corporate Finance | Módulo: 5 |
Aluno: Renata Carvalho | Turma: |
Tarefa: Análise de Viabilidade de Investimento – Projeto Rolguind LTDA. | |
INTRODUÇÃO Apresente as suas considerações iniciais sobre o caso estudado. | |
O objetivo deste trabalho é estudar e analisar a viabilidade de investir na aquisição e instalação de microusina de geração solar para empresa Rolguind Ltda, empresa de fabricação de roldanas especiais para guindastes. A empresa Tecsol Ltda propôs para a Rolguind Ltda um orçamento de R$ 90.600,00 para geração de 3.000 kWh/mês. Neste valor está inclusa a instalação da microusina de geração solar com um inversor que comporta até 5.000 kWh/mês no valor de 39mil e mais 6 conjuntos de placas solares de 500 kWh/mês ao preço de R$ 8.600 cada. Este valor pode ser pago de duas formas: à vista com 2% de desconto ou com uma entrada de 30% e mais 36 parcelas iguais, a taxa de 1,19% ao mês. Com base nisso, o diretor da Rolguind Ltda informa que para o orçamento ser aceito, é necessário que esse investimento cubra o custo de oportunidade estipulado pela empresa, que é TMA de 1,48% ao mês e em, no máximo, 48 meses. VPL, TIR e payback descontado também precisam atender os critérios propostos pela empresa. Então temos: [pic 3] [pic 4] Nessa análise, iremos encontrar:
Com base nos cálculos citados acima que estarão aqui apresentados, faremos as análises de viabilidade do projeto e tomar a melhor decisão para este negócio. | |
Cálculo e interpretação do coeficiente de correlação entre o faturamento e o consumo médio de energia por mês | |
Vamos iniciar as análises de viabilidade de investimento calculando o coeficiente de correlação entre o faturamento e o consumo médio de energia por mês. O coeficiente de correlação tem uma variação de valores que vai de +1 a -1. [pic 5] O resultado do coeficiente da correlação, a partir do faturamento e consumo médio de energia por mês é de 0,99821002728. O resultado está muito próximo de +1, correlação positiva entre as variaveis, significa que conforme há variação no faturamento, o consumo de energia médio mês seguirá com variação também. | |
Cálculo da equação da reta de regressão linear entre o faturamento e o consumo médio de energia por mês | |
Para que se possa analisar a relação entre as variáveis acima demonstradas (faturamento e consumo médio de energia) é necessário o cálculo de equação da reta de regressão linear e a construção do gráfico denominado diagrama de dispersão, com isso podemos analisar o comportamento de uma variável dependente em relação independente, seguindo a seguinte equação: Y=A+BX Onde: Y: variável dependente A: coeficiente angular da reta, ponto onde a reta corta o eixo y B: coeficiente linear X: variável independente De acordo com a fórmula acima apresentada, temos: [pic 6] Podemos visualizar a reta da regressão linear através de gráfico também, que chamamos de diagrama de dispersão linear, conforme abaixo: [pic 7] Com base na análise gráfica, nota-se que a variável “x” segue uma linha de tendência forte com relação a variável “y” (faturamento vs consumo de energia média mensal), pois conforme há aumento no faturamento da entidade, o consumo médio de energia segue acompanhando a projeção. O gráfico ainda, adiciona uma informação muito relevante, chamada coeficiente de determinação da reta de regressão linear (R²) = 0,9964. [pic 8] [pic 9] Segundo Assaf Neto (2016, p. 285), o Coeficiente de Determinação (R²) “é uma medida estatística que define a porcentagem de Y (variável dependente) que pode ser explicada pela equação de regressão linear” Diante o resultado que temos, podemos afirmar que a reta de regressão linear possui uma favorável proximidade de dados, onde o faturamento justifica em 99,64% o consumo de energia média por mês. Ou seja, se a empresa desejar o aumento do faturamento, o consumo de energia média mensal irá aumentar consequentemente. | |
Projeção do consumo médio de energia por mês para os próximos cinco anos | |
Após a realização dos cálculos acima já demonstrados, pede-se a projeção do consumo médio de energia por mês para os próximos cinco anos da empresa, conforme faturamento demonstrado abaixo. Para efetuar o cálculo da projeção, será necessário utilizar a expressão matemática: y=a+bx já calculada. Onde Y= -66,96104568 e X=0,001715905. Utilizando as informações dada pela empresa Tecsol Ltda, chegamos a essa projeção: [pic 10] Assim, temos os valores de consumo médio de energia desejado em cima do faturamento projetado. Sendo, 3.215kWh/Mês média de consumo de energia médio para os próximos cinco anos. Com uma tarifa de R$ 0,86 por cada kWh consumido informado pela Tecsol Ltda, temos R$ 2.765,45 de custo médio projetado para os próximos cinco anos e por fim, média de R$ 1.913.042,58 de faturamento previsto para os próximos cinco anos. | |
Fluxo de caixa projetado para os cinco anos de vida útil do projeto Considere o orçamento originalmente apresentado pela Tecsol Ltda. | |
Para projeção deste fluxo de caixa, foi utilizado o orçamento originalmente apresentado pela empresa Tecsol Ltda, conforme informações abaixo: [pic 11] Vejamos que o fluxo de caixa está sendo apresentado de acordo com o sistema de amortização com prestações constantes (Price), sendo esse, o sistema mais utilizado em financiamentos e empréstimos bancários. [pic 12] Analisando o fluxo de caixa inteiro, vemos que a partir do valor da entrada, os próximos 36 meses tem valor da economia de energia montante R$ 2.580,00, valor superior a parcela mensal do investimento de R$ 2.176,18, evidenciando um resultado positivo gerando um fluxo de caixa mensal até o 36° mês de R$ 403,82. E a partir do 37º, fluxo de caixa mensal de R$ 2.580,00, valor total da economia de energia a.m., tendo em vista que todas as parcelas do financiamento já foram pagas. Com isso, podemos compreender que a empresa conseguirá realizar o pagamento deste orçamento, sem comprometer o financeiro da empresa de forma negativa, ponto muito positivo na hora de analisar a viabilidade do projeto. O retorno do investimento, se dará a partir do 48º mês conforme demonstrado no fluxo de caixa descontado acumulado, onde o valor do fluxo se torna positivo, evidenciando receita no caixa. Até aqui as análises de viabilidades se encontram dentro do esperado pela empresa Rolguind Ltda, indicando cenário favorável para aceitação do orçamento oferecido pela Tecsol Ltda. | |
Fluxo de caixa projetado para os cinco anos de vida útil do projeto, considerando a aquisição de mais conjuntos de placas solares de 500 kWh/mês | |
Para este fluxo de caixa, iremos considerar o mesmo projeto anterior, porém adicionando mais uma placa de 500 kWh/mês, assim totalizando 7 placas solares, totalizando R$ 60.200,00. O fluxo a seguir será calculado com base nas informações abaixo: [pic 13] [pic 14] Analisando o fluxo de caixa inteiro, vemos que a partir do valor da entrada de R$ 29.760,00, os meses seguintes do primeiro ano (12 meses), apresentam R$ 2.640,15 de economia de energia, valor superior a prestação mensal do investimento de R$ 2.382,75, evidenciando um resultado positivo gerando um fluxo de caixa mensal até o 12° mês de R$ 257,41. No 2° ano a economia de energia aumenta para R$ 2.702,80, resultando em um fluxo de caixa até o 24° mês de R$ 320,05, no 3° ano a economia de energia é sobe para R$ 2.765,45, resultando em um fluxo de caixa de R$ 382,70 até o 36°. A partir do 37° mês até o 48° mês a economia de energia se torna R$ 2.828,10 e do 49° até o final R$ 2.890,74 e o fluxo de caixa aumenta para o mesmo valor pois, todas as prestações do financiamento já foram quitadas. Ou seja, a partir do 37° mês, temos apenas a entrada de receitas. Com base no fluxo apresentado, podemos afirmar que a empresa Rolguind Ltda conseguirá assumir este orçamento e honrar com o pagamento sem comprometer o seu financeiro de forma negativa. O retorno do investimento, se dará somente a partir do 51° mês conforme demonstrado no fluxo de caixa descontado acumulado, onde o valor do fluxo se torna positivo, evidenciando receita no caixa. Neste caso, este orçamento não satisfaz a exigência do prazo de retorno do investimento feito pela Rolguind Ltda. | |
Cálculo e interpretação dos indicadores de viabilidade Calcule todos os indicadores solicitados para cada um dos fluxos de caixa projetados. | |
1. Valor presente líquido (VPL) O valor presente líquido (VPL) leva explicitamente em conta o valor do dinheiro no tempo, é considerado como uma técnica sofisticada no orçamento de capital (GITMAN, 2010). Um VPL positivo é considerável viável, pois significa a capacidade de devolver o valor investido, rentabilizar o investimento e ainda gerar excedente para o investidor. Aqui temos os índices de VPL dos dois cenários propostos pela Tecsol Ltda, seguindo a ordem dos fluxos de caixa apresentados. [pic 15] Ambos apresentam VPL positivo, com isso podemos afirmar que os dois projetos são viáveis se a análise se der apenas por valor de lucratividade. Mas, o projeto 1 se torna mais atrativo pela receita ser maior. 2. Taxa interna de retorno (TIR) A Taxa interna de retorno (TIR) é uma técnica sofisticada de orçamento de capital, trata-se de uma taxa de retorno composta que a empresa obterá ao investir em um projeto, considerando as entradas de caixa prevista (GITMAN, 2010). Os valores da TIR devem ser comparados com o valor de TMA (Taxa Mínima de Atratividade), que neste caso é 1,48%. Aqui temos calculados os índices de TIR dos dois cenários propostos pela Tecsol Ltda., seguindo a ordem dos fluxos de caixa apresentados: [pic 16] As duas taxas são superiores a TMA de 1,48% exigida pela Rolguind Ltda. Sendo assim, os dois projetos são viáveis. 3. Payback descontado (PD) De acordo com o pensamento de Degen (1989), payback descontado é o tempo necessário para que a organização tenha retorno do investimento inicial aplicado. Aqui temos calculados os playbacks dos dois cenários propostos pela Tecsol Ltda., seguindo a ordem dos fluxos de caixa apresentados: [pic 17] Para o projeto 1, o payback é viável pois atende aos critérios da Rolguind Ltda, que solicita o retorno de investimento no prazo de 48 meses. Já no projeto 2, o payback se torna inviável por não atender as exigências da empresa, tendo em vista que o prazo exigido de retorno são 48 meses e o payback descontado é de 51 meses. 4. Índice de lucratividade (IL) Segundo pensamento de Assaf Neto (2016), o índice de lucratividade é encontrado através da divisão dos valores presentes líquidos de caixa pelo investimento inicial ou então pelo desembolso de capital. O índice de lucratividade informa quanto de retorno o projeto pode gerar para cada R$ 1,00 de capital investido. Aqui temos calculados o IL dos dois cenários propostos pela Tecsol Ltda., seguindo a ordem dos fluxos de caixa apresentados: [pic 18] Para o projeto 1, a cada R$ 1,00 investido o retorno é de R$ 1,67 e no projeto 2, cada R$ 1,00 investido temos um retorno de R$ 1,57. Ambos os projetos são viáveis, mas o primeiro se torna mais atrativo por sua taxa de lucratividade ser maior. Após analisar todos os indicadores solicitados e já demonstrados acima, em termos econômicos, os dois projetos são viáveis, porém o segundo projeto não atende todos os critérios exigidos pela empresa Rolguind Ltda. por conta de o prazo de retorno ser superior a 48 meses, tornando-se assim inviável. | |
CONCLUSÃO Finalize o seu texto destacando os principais pontos da sua reflexão sobre o caso. | |
Após todo estudo caso realizado e as análises de viabilidade dos dois projetos de geração de energia propostos é possível identificar alguns pontos importantes a serem citados antes de uma decisão final.
Após exposição dos pontos que considerei com mais relevância em todo o estudo de caso, concluo sem dúvidas que o mais viável é o primeiro orçamento da Tecsol Ltda de R$ 90.600,00 referente a 6 placas solares de 3000 kWh/mês sendo pagamento com 30% de entrada e mais 36 parcelas todas de valores iguais, pois este projeto atende todas as exigências da empresa Rolguind Ltda., incluindo custo de oportunidade e prazo máximo além de seus indicadores demonstrarem ótima oportunidade de retorno. | |
Referências: ASSAF NETO, Alexandre. Finanças Corporativas e Valor. 2° ed. São Paulo: Atlas, 2005. DEGEN, R. J.; MELLO, A. A. A. O empreender: fundamentos da iniciativa empresarial. São Paulo: McGraw-Hill, 1989 GITMAN, L.J. Princípios de administração financeira. 12.ed. São Paulo Pearson Prentice Hall, 2010. FEUSER, Carlos Eduardo Prado. Métodos quantitativos aplicados a corporate finance. Rio de Janeiro: Faculdade Getúlio Vargas, 2021. |
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