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Reposicionando a Ranbaxy

Por:   •  8/11/2015  •  Resenha  •  2.447 Palavras (10 Páginas)  •  879 Visualizações

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Economia Empresarial

Reposicionando a Ranbaxy

A Ranbaxy LTDA começou a atuar no mercado na década de 60. Em meados dos anos 80 tornaram-se uma das 10 maiores empresas farmacêuticas na Índia. Conseguiram aumentar em 10 vezes o seu lucro entre 1985 e 1995, e possuíam 3,8% desse mercado no âmbito nacional, assim, sendo reconhecida tanto pelo seu grande volume de exportações como por sua pesquisa e no ambiente geral entre as suas concorrentes.

Entretanto, a empresa pretendia em 1995 expandir-se para o mercado internacional, mas esse plano exigia taxa de crescimento acima de 20% nas vendas e também uma atuação da empresa em várias direções de mercado como: mercado desenvolvidos da produção de princípios ativos, produtos finalizados, e para o mercado internacional a utilização de engenharia reversa do produto genéricos desenvolvidos por outros laboratórios para a descoberta de novos medicamentos.

Contudo, uma concorrente do mercado doméstico (Cipla) obteve uma participação de mercado superior a Ranbaxy nos últimos meses de 1995. Logo, a empresa montou uma nova estratégia de mercado planejando de forma cautelosa o seu projeto de internacionalização.

Porém, o grande obstáculo para esse plano era o cenário de mercado da indústria farmacêutica indiana. Como citado no texto em 1995, esse setor registrava internamente uma grande receita, mas do ponto de vista internacional sua fatia de mercado era apenas um pouco superior a 1%. Isso acontecia devido à falta de investimentos em produtos farmacêuticos, ou seja, os gastos em saúde representavam uma parcela muito pequena do PIB indiano.

Esse fato ocorria devida a baixa renda per capita a Índia, desse modo, implicando em um reduzido gasto per capita em produtos farmacêuticos. Essa falta de investimentos em P&D para o desenvolvimento de novos produtos se deve a lei de patentes indiano de 1970 a qual reconhecia a patente de processos, mas não a patente de produto, assim as empresas indianas começaram a trabalhar com a engenharia reversa de drogas importadas, ao invés de desenvolver os seus próprios produtos.

Outro ponto negativo para não desenvolvimento do setor farmacêutico indiano foram as políticas protecionistas impostas pelo governo da década de 70, a qual impôs restrições à entrada de empresas estrangeiras, com o intuito de formar uma indústria doméstica de baixo custo. Logo, essas restrições e o fato de ignorar as próprias patentes ajudaram para a queda a participação de empresas multinacionais no mercado indiano de 80% em 1970 para 35% m meados de 1990.

No entanto, no início de 1991 a economia sofreu uma liberalização geral que proporcionou mudanças qualitativas no setor farmacêutico nacional como: um relaxamento no controle de preços, nas restrições impostas a concorrência e uma adoção gradual de uma regime de patente que reconhecesse inteiramente tanto a patente de produto como a de processo. Esse procedimento favoreceu uma melhora na rentabilidade média desse mercado nos anos 90.

A partir dessa abertura econômica as multinacionais começaram a reagir no mercado com o objetivo de crescerem sua participação no mesmo, ou seja, algumas realizaram acordos de licenciamentos e outras formaram novas fusões com sócios indianos, como foi o caso da aliança global da Eli Lilly e Ranbaxy.

Outro ponto importante foi a presença da Índia no GATT em 1994 que ajudaram a aumentar a presença de companhias multinacionais no mercado indiano para o futuro. O acordo referente ao TRIPS exigiu que fosse reconhecida tanto a patente de produto como de processos, bem como o aumento do período do uso de patente de 7 para 20 anos. Aqueles que apoiavam esse acordo argumentavam que o cenário farmacêutico nacional melhoraria, isto é, tanto as companhias farmacêuticas indianas quanto as multinacionais iriam destinar recursos adicionais a pesquisa e desenvolvimento em uma relação simultânea de concorrência e colaboração entre ambas.

Como citado no texto o Japão teve um exemplo de colaboração entre uma empresa japonesa e estrangeira. O estudo de caso nos mostra como foi o desenvolvimento da indústria farmacêutica japonesa, que assim como na Índia utilizou até a década de 70 políticas protecionistas para proteger sua indústria, principalmente, restringindo investimentos direto estrangeiros. Dessa forma, tornando –a pouco inovadora e voltada para o mercado doméstico.

Em 1976, o parlamento japonês começou a aderir a proteção de patente para os processos de formulações. Em 1981, o Ministério da Saúde e da Previdência iniciaram uma redução na média dos preços das drogas e mais de 50% ao longo dos 10 anos seguintes. Em 1993, esse ministério juntamente com o Ministério das Finanças autorizaram uma empresa estrangeira (Meck) a adquirir uma parcela dominante da 11º maior empresa farmacêutica do Japão a Banyu. Esse fato anunciou a crescente tendência para abertura desse setor aos investimentos estrangeiros. Assim, essas mudanças contribuíram para as empresas farmacêuticas japonesas aumentassem seus investimentos em P&D.

Laboratórios Ranbaxy

Os laboratórios Ranbaxy era uma companhia farmacêutica que obteve no final de 1995 metade de suas vendas do mercado interno indiano e a outra metade do mercado exterior. As exportações aumentaram a participação dos princípios ativos e os intermediários para 45% em 1995.

Analisando o mercado geográfico nesse mesmo anos temos que a Índia ainda absorvia 56% das vendas farmacêuticas dessa empresa, além disso, sua participação em outros mercados vinham apresentando um aumento estável. Suas vendas em medicamentos eram aproximadamente 5 vezes mais altos que as vendas de princípios ativos e intermediários no mercado, porém estes representavam apenas 20% das vendas no exterior. Os gerentes a Ranbaxy consideraram que estas vendas seria uma estratégia para a penetração da mesma nos mercados estrangeiros. Os países que compravam os medicamentos da Ranbaxy eram na maioria nações em desenvolvimentos e as antigas economias socialistas.

Contudo, o aumento das vendas para o exterior era consequência dos lucros obtidos das vendas dos princípios ativos para os países desenvolvidos. O medicamento Ceflacor e seus produtos intermediários foram responsáveis por aproximadamente 36% da receita de exportações em 1995 e por mais de 40% do total da ganhos na quantidade exportada entre 1992 e 1995. A maior parte dessas exportações era adquirida pela Eli Lilly, uma importante companhia farmacêutica norte-americana que juntamente com a Ranbaxy criou uma aliança global no iniciou de 1995.

A Eli Lilly era uma das 10 maiores empresas farmacêuticas

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