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Resenha A dinâmica do capitalismo

Por:   •  24/5/2017  •  Resenha  •  998 Palavras (4 Páginas)  •  2.575 Visualizações

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Toda a história do homem está inserida na história econômica, ainda em construção. É justamente a história dos grandes acontecimentos, das crises, e de uma longa história que evolui ano após ano.

Braudel escolheu tratar da análise de equilíbrio e desequilíbrio ao longo prazo, tentando juntar e organizar quatro séculos bastante longos, tendo dois tipos de vida divergentes, em um os camponeses vivem de maneira independente e no outro tem um capitalismo em ampliação.

Para Braudel, existe um conceito importante de vida material, que segundo ele, é apenas uma parte da vida ativa da humanidade.

Nos capítulos seguintes, Braudel acaba fazendo perguntas inconvenientes sobre atitudes cotidianas, em que são necessárias serem realizadas pela humanidade, como por exemplo: o que bebem e comem, como se vestem e entre várias outras perguntas, em que os livros de história não as tratam comumente.

Com a expansão da moeda, um tipo de governo opressor (mais conhecido como tirania), começou a ter seu crescimento nas cidades.

A economia de mercado começa a sua ampliação com a iniciação da organização da produção e orientando o controle de consumo. Bem antes disso, nos anos de 1400 a 1800 existia uma economia de troca muito imperfeita, pode-se assim dizer, não abrangendo nem todo consumo nem toda a produção.

Os mercados delimitam uma linha de fronteira onde tudo o que está fora do mercado tem apenas valor de uso e tudo o que está dentro desse mercado, que cruza essa fronteira adquire um certo valor de troca.

O século XV, principalmente após 1450, presencia um relançamento geral da economia, em vantagem das cidades favorecidas pelo aumento nos preços industriais, já pelo outro lado, os preços agrícolas estabilizam ou até baixam.

Logo após o século XV, o século XVI foi o auge das feiras, pois com a expansão para o Atlântico, começa a ocorrer as grandes feiras internacionais.

Já no século XVII, as feiras começam a ceder os lugares às bolsas e também para as praças de comércio, multiplicando as lojas e criando apertadas redes de distribuição.

No século XVIII ocorreu uma rápida expansão econômica com o aumento das bolsas, ocorrendo a extinção das feiras.

Nos países islâmicos, os mercados se dispõe diante das portas das cidades, onde os citadinos encontram-se com o camponês em terreno neutro.

A China apresenta-se agudamente organizada em seus mercados, com localizações estratégicas para facilitarem o acesso dos camponeses, localizações essas que permitiam aos camponeses irem e voltarem no mesmo dia ao mercado central.

Antes do século XIX, a economia de mercado é a conexão entre a produção e o consumo.

Braudel utiliza a palavra capitalismo por não encontrar descrição melhor, mas acaba caindo no anacronismo, pois Marx praticamente ignorou esta palavra.

Não há capitalismo antes da Revolução Industrial.

Acredita-se que existem duas formas de economia de mercado, as cotidianas que são as correntes de compras locais ou até de pequenas distâncias, e aquela em que ocorre um tipo de circulação diferenciada, nessa segunda ocorre da seguinte maneira: ela compra os produtos antecipadamente, e depois encaminha os produtos para as cidades, fazendo assim as transações individuais, de acordo com o interesse dos camponeses.

O mundo da mercadoria encontra-se hierarquizado, desde os ofícios mais simples até os negociantes. A especialização, a divisão do trabalho, afeta a toda a sociedade, excetuando-se a cúpula, os negociantes capitalistas, que não se limitam a uma única atividade.

Até os dias de hoje uma das maiores vantagens do capitalismo e a facilidade e a adaptação às constantes mudanças do mundo.

O Estado moderno é herdeiro do capitalismo, que tanto o favorece, como também o desfavorece. O capitalismo só exulta quando se identifica com o Estado. Assim o Estado é hostil ou favorável ao mundo do dinheiro conforme seu próprio equilíbrio e sua capacidade de resistência.

O futuro do capitalismo decidiu-se pelas hierarquias sociais. A hierarquia religiosa, a política, a militar e as diversas hierarquias do dinheiro.

A sociedade ocidental e a sociedade japonesa são únicos exemplos de sociedades que passaram, quase por si sós, da ordem feudal para a ordem monetária;

O estado chinês, sempre hostil ao capitalismo, se estabelece entre mandarins e comerciantes corruptos e é classificado como totalitário. Nos países islâmicos, a propriedade da terra é provisória, pois pertence ao príncipe. São terras distribuídas pelo Estado e ficam disponíveis cada vez que seu beneficiário morre. O senhorio e todos os bens regressam a posse do Sultão, que não hesita em mudar de sociedade dominante;

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