Resumo O Processo de Produção do Capital.
Por: yguinho123 • 26/3/2022 • Trabalho acadêmico • 2.270 Palavras (10 Páginas) • 149 Visualizações
Referência Bibliográfica: MARX, K. O Capital – Livro I – crítica da economia política: O processo de produção do capital. Tradução Rubens Enderle. São Paulo: Boitempo, 2013.
Marx, O Capital, v. I, cap. 1, “A Mercadoria”
1. Os dois fatores da mercadoria: valor de uso e valor (substância do valor, grandeza do valor)
O autor começa expondo o conceito de mercadoria, que de antemão é um elemento no qual que por meio de suas propriedades, satisfaz as necessidades humanas.
A mercadoria é observada por dois vieses, um de qualidade e o segundo de quantidade.
A utilidade de uma coisa faz dela um valor de uso, que realiza-se somente no uso ou no consumo constituti o conteúdo material da riqueza, se efetiva apenas no uso ou no consumo. O s valores de uso formam o conteúdo material da riqueza, qualquer que seja a forma social desta. Na forma de sociedade que analisaremos, eles constituem, ao mesmo tempo, os suportes materiais do valor de troca.
O valor de troca aparece inicialmente como a relação quantitativa, a proporção nas quais valores de uso de um tipo são trocadas por valores de uso de outro tipo. O valor de uso é intencionado devido trabalho humano abstrato, com isso para medir a grandeza do valor é preciso analisar a quantidade de trabalho contida nele.
Consequentemente, segundo Marx, é apenas a quantidade de trabalho socialmente necessário ou o tempo de trabalho socialmente para a produção de um valor de uso que determina a grandeza de seu valor.
Marx expressa que quanto maior é a força produtiva do trabalho, menor é o tempo de trabalho requerido para a produção de um artigo, menor a massa de trabalho nele cristalizado e menor o seu valor. Em conclusão nenhum objeto pode ter valor sem ser objeto de uso. Se o objeto é inútil, enato o trabalho contido, não conta como trabalho, e assim não cria, por fim, nenhum valor.
2. O duplo caráter do trabalho representado nas Mercadorias
De acordo com Karl Marx, o trabalho na medida em que expressa no valor, não possui os mesmos traços/características que lhe “pertencem” como produtor de valor de uso.
Cada mercadoria reside uma determinada atividade produtiva harmônica a um fim, que será chamado de trabalho útil, ou seja, cada produto(mercadoria) é um valor de uso que satisfaz uma necessidade específica e consequentemente para produzi-lo, é necessário um tipo determinado de atividade produtiva. Lembrando sempre que valores de uso não podem se confrontar como mercadorias se neles não residirem trabalho uteis qualitativamente divergentes.
Por esse ângulo, em uma sociedade cujos produtos assumem sem pormenorizar a forma de mercadoria, ocorre uma divisão social do trabalho, que simboliza a fragmentação do processo produtivo, como negócios privados e independentes.
Todo trabalho é por um lado, gasto de força Humana de trabalho em sentido fisiológico, e devido sua habilidade de trabalho humano igual ou abstrato, ele gera valor de mercadorias. Por outro viés, todo trabalho é gasto de força de trabalho Humano em sentido específico, determina a realização de um fim, e nessa qualidade de trabalho concreto e útil, ele produz valor de uso.
3. A forma de valor ou o valor de troca
Marx dispara a partir do ponto de que o que transforma a “mercadoria” do seu estado natural em mercadorias(produto final) é o fato de serem uteis e conterem um determinado trabalho expresso em si.
Diante o item 3 Marx proporciona estudar e realizar o que jamais foi tentado pela burguesia, isto é, comprovar a genes da forma – dinheiro, que seria a forma valor de uso de uma determinada mercadoria.
O autor levanta hipóteses de que o valor de mercadoria não estão nela em si, mas na relação entre elas. Sendo a troca a relação mais simples de valor entre mercadorias.
A – forma de valor simples individual ou ocasional
Essa primeira abstração feita é a de dois polos da expressão valor:
- Relativa;
- Equivalente;
Ambas as formas são duas faces da mesma moeda, é a relação entre mercadorias, uma mercadoria se acha na forma valor relativa ou na forma de equivalente oposta depende exclusivamente da sua posição, em cada caso, na expressão de valor, isto é, do fato de ela ser a mercadoria cujo valor é expresso ou a mercadoria em que se expressa valor.
Se uma mercadoria se encontra na forma de valor relativa (a que vai ser avaliada) ou na forma contrária, a forma de equivalente(a que é referencial para a que será avaliada), é algo que depende exclusivamente de sua posição eventual na expressão do valor, isto é, se num dado momento ela é a mercadoria cujo valor é expresso ou a mercadoria na qual o valor é expresso.
2 – Forma de valor relativa
Durante a leitura desse item dois objetos diferentes somente são comparáveis, segundo sua quantidade, quando convertem-se em uma mesma coisa, só são comensuráveis como expressão da mesma substância, que as torne grandezas homogêneas. Marx afirma que, uma abstração, a valor, mas não lhes dá forma para esse valor, distinta de sua forma física, mas a coisa muda quando se trata da relação de valor entre duas mercadorias, aí a condição de valor de uma se revela na própria relação que estabelece com a outra. Não é suficiente expressar o caráter especifico do trabalho que cria o valor de uma mercadoria. “A força humana de trabalho em ação ou o trabalho humano cria valor, mas não é valor”. Ele só vem a ser valor “quando se cristaliza na forma de um objeto”. Voltando a nossa equação o valor assumi as suas características corpóreas. O valor de uma mercadoria é expressa, assim, pelo valor de uso de outra. Marx analisa a influência da variação da produtividade do trabalho sobre a expressão da magnitude do valor, buscando soçobrar as mistificações dos economistas vulgares sobre a teoria do valor. Ele conclui que, a verdadeira variação da magnitude do valor “não se reflete, portanto, clara e completa em sua expressão, isto é, na equação que expressa a magnitude do valor relativo”. Dessa forma, Marx rebate as conclusões, como as de Broadhurst, que retiram dessa variação sua refutação das doutrinas que asseveram ser o valor de um artigo regulado pelo trabalho e pelo seu custo. Em palavras curtas o valor relativo é o trabalho contido na mercadoria.
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