Resumo: O longo século XX, de Giovanni Arrighi, Capitulo
Por: oestudador • 2/7/2023 • Resenha • 905 Palavras (4 Páginas) • 264 Visualizações
Resumo: O longo século XX, de Giovanni Arrighi
Introdução
Na introdução do livro, Arrighi apresenta a tese central de sua obra, que é a ideia de que o sistema capitalista passa por longos ciclos históricos, alternando fases de expansão e declínio. Ele argumenta que esses ciclos são impulsionados pela busca incessante de acumulação de capital e pela competição entre Estados e grandes potências.
O autor destaca a importância do sistema financeiro nesses ciclos históricos, mostrando como as atividades financeiras têm desempenhado um papel central na configuração do poder e nas dinâmicas econômicas globais. Arrighi argumenta que a ascensão e a queda das potências hegemônicas ao longo do tempo estão intrinsecamente ligadas à evolução do sistema financeiro.
Além disso, Arrighi discute as relações entre capitalismo e Estado, demonstrando como o Estado desempenha um papel crucial na sustentação do sistema capitalista e na regulação das relações econômicas. Ele também analisa as mudanças nas estruturas produtivas e nas relações de trabalho ao longo dos séculos, ressaltando os processos de industrialização e globalização.
A lógica DMD' descreve o movimento básico do capital dentro do sistema capitalista. Segundo Arrighi, o processo começa com o dinheiro, que é utilizado para comprar mercadorias no mercado. Essas mercadorias, por sua vez, são transformadas em mais dinheiro por meio da venda dessas mercadorias com lucro. Esse lucro é então reinvestido para adquirir mais mercadorias e repetir o ciclo.
Arrighi argumenta que essa lógica é fundamental para entender a busca incessante de acumulação de capital pelo sistema capitalista. Os agentes econômicos, sejam eles indivíduos, empresas ou Estados, estão constantemente envolvidos na busca por obter lucros através da compra e venda de mercadorias.
A lógica DMD' também está intrinsecamente ligada ao processo de expansão e crescimento capitalista. À medida que o capital é acumulado, ele busca oportunidades de investimento que proporcionem lucros crescentes. Isso leva a um movimento constante de expansão do capital, seja em nível nacional ou internacional.
Capitulo 1: As três hegemonias do capitalismo histórico
Arrighi analisa a evolução do sistema mundial ao longo dos séculos, identificando três principais períodos de hegemonia capitalista: a hegemonia genovesa, a hegemonia holandesa e a hegemonia britânica.
Ele começa abordando a hegemonia genovesa durante os séculos XIII e XIV. Ele destaca o papel fundamental da cidade-estado de Gênova na expansão comercial mediterrânea e nas rotas comerciais que conectavam a Europa, África e Ásia. A hegemonia genovesa foi baseada em um sistema mercantil e financeiro que permitiu a acumulação de capital por meio do comércio e do financiamento de empreendimentos.
Em seguida, Arrighi explora a ascensão da hegemonia holandesa durante os séculos XVI e XVII. Ele destaca a posição estratégica dos Países Baixos como centro comercial e financeiro, bem como sua capacidade de se adaptar a novas circunstâncias econômicas e políticas. A hegemonia holandesa foi caracterizada pelo domínio do comércio marítimo global, pelo desenvolvimento de instituições financeiras avançadas e pelo estabelecimento de colônias comerciais em todo o mundo.
O autor então se volta para a hegemonia britânica, que emergiu durante os séculos XVIII e XIX. Arrighi enfatiza o papel central da Grã-Bretanha na Revolução Industrial e no desenvolvimento do capitalismo industrial. A hegemonia britânica foi baseada na supremacia naval, no controle de rotas comerciais e na expansão colonial. A economia britânica foi impulsionada pela produção manufatureira, pelo comércio global e pelo domínio financeiro.
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