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Trabalho Individual Economia Empresarial

Por:   •  29/8/2021  •  Trabalho acadêmico  •  2.431 Palavras (10 Páginas)  •  322 Visualizações

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Com a pandemia, vários foram os setores que sucumbiram nesse período, um dos setores extremamente afetado foi o setor de eventos. Segundo Assé (2021) “o setor era responsável por movimentar, anualmente, R$ 250 bilhões em eventos corporativos e R$ 17 bilhões em eventos sociais”. No intuito de evitar a proliferação do vírus, foram adotadas as medidas de isolamento social, tendo como maior o objetivo coibir aglomerações. Devido as medidas adotadas vários foram os eventos cancelados/suspensos, o que afetou diretamente o setor, fazendo como que o setor sofresse uma radical queda em pesquisa realizada pelo Sebrae Nacional/UBRAFE, com algumas empresas envolvidas no setor, essas empresas sofreram impactos de cerca de 98%, com a pandemia.

SUA EMPRESA TEVE EVENTOS IMPACTADOS PELA CRISE?

Figura 1. Gráfico impactos pela crise. Fonte: Sebrae Nacional/UBRAFE, abril, 2020.

Com base nas informações expostas, serão aqui analisados os principais impactos na oferta e na demanda sofrido no setor de eventos, devido a pandemia. Serão também aqui apresentadas as expectativas do setor antes da pandemia e como foi o desenvolvimento do setor em tempos pandêmicos. Como apoio será utilizado o material disponível para a matéria de Economia Empresarial e informações públicas. A análise será elaborada através dos seguintes itens: números e índices relacionados ao setor, análise macroeconômica e análise microeconômica.

CONTEXTO DO SETOR

No período anterior à pandemia o setor de eventos chegou a ser um dos setores com boas expectativas de crescimento para o ano de 2020, segundo a Associação Brasileira de Empresas e Eventos (ABEOC) a média nos anos de 2000 a 2012 de crescimento do setor era de 14% ao ano, chegando a crescer até mesmo em tempos de crise.

As demandas de negociação do setor vão de eventos ofertados por empresas de grande porte, tais como: shows, feiras, congressos, conferências, convenções, casamentos, aniversários, happy hours e até mesmo empresas como MEIs - microempreendedor individual, que em grande parte dos casos fornecem serviços em pequenas escalas ou pequenos eventos, com uma demanda de serviço mais voltada a famílias de classe mais humildes, ou até mesmo como subcontratação de empresas de grande porte.

De acordo com a ABEOC, para o ano de 2020 grande parte dos promotores de eventos do país esperavam um aumento 78% na demanda, prevendo ainda um aumento de 66% nas contratações. Em pesquisa realizada pelo Sebrae pode ser visto o faturamento de algumas das empresas envolvidas no setor em 2019 Figura 2.

EM 2019 A SUA EMPRESA FATUROU ATÉ

Figura 2. Faturamento das empresas de eventos 2019. Fonte: Sebrae Nacional/UBRAFE, abril, 2020.

Segundo a ABEOC em pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Eventos Sociais (ABRAFESTA), nos últimos anos houve um crescimento no mercado atingindo R$ 16,8 bilhões. Como exemplo disso, no estado do Rio de Janeiro estimativa se que tenha sido gasto cerca de R$ 1,7 bilhões com festas e cerimônias.

COMPARAÇÃO FATURAMENTO 2019/2020

Figura 3. Comparativo de faturamento das empresas de eventos 2019/2020. Fonte: Sebrae Nacional/UBRAFE, abril, 2020.

Conforme pesquisa apresentada pelo Sebrae Nacional/UBRAFE, Figura 3, algumas das empresas envolvidas no setor de eventos chegaram a faturar acima de 15 milhões no ano 2019, demonstrando a existência de alta demanda setor. Na Figura 3 (A) podemos ver a variação do faturamento do mês de março, em função da pandemia, em comparação a março de 2019 e na Figura 3 (B) encontramos a previsão de faturamento da empresa para abril de 2020, em função da pandemia, em comparação a abril de 2019.

ANÁLISE MACROECONÔMICA

Desde a constatação dos primeiros casos de contaminação pelo COVID-19, observou se seus efeitos sobre a economia mundial. Um dos efeitos causados pela pandemia na economia foi a variação do dólar chegando a bater o valor de R$ 5,77 em outubro de 2020, Figura 4.

Figura 4. Variação do dólar 2019/2021. Fonte: Banco Central do Brasil.

No Brasil seus efeitos podiam ser vistos no primeiro trimenstre de 2020, através da queda do PIB. A diminuição da produção das empresas e aumento dos custos, atribuídos as medidas de isolamento, tiveram efeitos negativos na economia, tendo como reflexo a falência de empresas, máquinas paradas, empresas de transporte paradas etc. levando assim a ociosaidade da economia.

Na Figura 5 podemos observar a variação do PIB trimestral em %, tendo queda de 2,2% no primeiro trimentsre de 2020 e 9,2% no segundo trimenstre de 2020, período mais críticos da pandemia do país.

Uma considerável variável no período de pandemia foi o auxílio emergencial, benefício financeiro concedido a MEIs, desempregados, trabalhadores informais e autônomos pelo governo brasileiro. O auxílio teve como objetivo prover uma proteção a essas categorias que devido a medidas de isolamento, não teriam como produzir. Com a liberação do benefício pelo governo, no segundo trimenstre de 2020, a economia teve uma resposta, demonstrado através do PIB com aumento de 7,8% no terceiro trimenstre de 2020.

VARIAÇÃO (%) TRIMESTRAL DO PIB - BRASIL

Figura 5. Variação PIB 2014/2021. Fonte: IBGE, abril, 2021.

Ainda como reflexo da pandemia, com empresas paradas, diversos foram os setores do mercado que tiveram seus quadros de funcionários reduzidos e cargos extintos, tivemos assim o aumento do desemprego, o que agravou ainda mais a crise do período. Mesmo adiquirindo medidas flexíveis como férias coletivas e trabalho em home office, sem produzir era impossível manter ou pagar pela mão de obra. Grande parte das empresas, não conseguiram manter pessoal, dispensaram seus funcionários, ocasionando então o desemprego involuntário em diversos setores da economia, corroborando para as altas taxas de desemprego.

Segundo informações divulgadas pelo IBGE no quarto trimenstre de 2019 a taxa de desemprego era de 11,0%. No período crítico da pandemia essa valor chegou a bater 14,6% no terceiro trimenstre de 2020 (Figura 6), elevando o número de pessoas sem renda fixa no país, ocasionando a diminuição do consumo e afetando

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