Uma Introdução à Teoria Novo-Clássica
Artigo: Uma Introdução à Teoria Novo-Clássica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: iago311 • 15/5/2014 • Artigo • 344 Palavras (2 Páginas) • 330 Visualizações
Uma Introdução à Teoria Novo-Clássica
Ricardo Dathein*
A teoria Novo-Clássica faz uma crítica aos modelos keynesianos e aos modelos que tiverem qualquer resquício keynesiano, incluindo o Monetarismo, ao eliminar as divisões teóricas entre curto e longo prazo expressas na curva de Phillips. Robert Lucas e Thomas Sargent (1981) elaboraram estas críticas e aplicaram na economia uma nova visão sobre expectativas, discordante da Hipótese das Expectativas Adaptativas. Para esta, a política monetária no curto prazo poderia produzir efeitos reais mediatos, em vários períodos, enquanto os agentes reagem à política. De acordo com a visão Novo-Clássica, uma política monetária no curto prazo só poderia ter efeitos reais se fosse imprevista, visto que, de outra forma, os agentes agiriam antecipadamente e não haveria efeitos defasados, uma vez que o aprendizado impediria efeitos mediatos. Os agentes, portanto, aprenderiam com a experiência, e não seria racional a ocorrência de erros sistemáticos.
Com base nestas críticas, foi construída a Hipótese das Expectativas Racionais (HER). Em sua versão fraca, ela afirma que os agentes formam suas expectativas e agem da melhor forma possível, usando as informações disponíveis, não havendo racionalidade, portanto, nos erros sistemáticos que seriam admitidos pela HEA. Em sua versão forte, a HER afirma que os agentes possuem um modelo econômico, acreditam neste modelo e que só este é correto; portanto, sabem como a economia funciona e agem e antecipam o comportamento da economia com base neste modelo. Além disto, os agentes possuem as informações relevantes e aprendem com a experiência, não repetindo erros. Desta forma, a base das expectativas é a teoria e o estoque de informações . Existe relação probabilística entre as variáveis, de forma que, em média, os agentes acertam suas estimativas (o erro esperado é zero), a não ser que ocorram fatos inesperados, informações não estejam disponíveis ou que tenham ocorrido mudanças não regulares na economia, e, neste caso, o modelo econômico esteja desatualizado. Existe, portanto, a possibilidade de ocorrência de erros aleatórios, não havendo correlação entre estes erros e as informações disponíveis. Estes erros aleatórios, no entanto, somente produzem efeitos imediatos (Sheffrin, 1985: cap. 1).
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