Fidelização De Clientes
Monografias: Fidelização De Clientes. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lucianemuniz0908 • 23/11/2014 • 3.825 Palavras (16 Páginas) • 264 Visualizações
Teoria Geral dos Sistemas
Sistema: Conceito e Hierarquização
Em termos de definição, parece-nos bastante adequada a que diz ser um sistema qualquer entidade, conceitual ou física, composta de partes inter-relacionadas, inter-atuantes ou interdependentes, dotada de um objetivo. Dentro dessa conceituação diríamos, para exemplificar, que um automóvel é um sistema, na medida em que é composto de várias partes - chassi, rodas, carroceria, pneus, motor etc. - que se inter-relacionam, interatuam e interdependem, tendo um objetivo: transporte. Para que compreendamos essa interatuação e interdependência basta que nos apercebamos do que acontece quando uma das partes - que chamamos subsistema - não corresponde à expectativa prevista: basta que o subsistema motor não funcione para que o sistema automóvel como um todo também deixe de funcionar.
Se considerarmos o homem como um sistema formado de vários subsistemas - sangüíneo, respiratório, digestivo etc. -, veremos que as inter-relações, inter-atuações e interdependências são tão acentuadas que uma lesão em qualquer um deles, conforme sua gravidade poderá aniquilar o sistema como um todo, provocando sua morte. É facilmente percebível que o sistema automóvel e o sistema homem, que nos serviram de exemplo, são de natureza e complexidades diferentes. Coube a Kenneth Boulding agrupar e hierarquizar os sistemas segundo a complexidade de que se revestem. Sugeriu ele oito níveis ³:
No primeiro, situam-se os sistemas estáticos. Compõem-se eles de estruturas, tipificadas pelo padrão dos átomos em uma fórmula molecular, dos mapas da Terra ou do sistema solar. A descrição exata da forma dessas estruturas deu início aos conhecimentos organizados em quase todos os campos (confrontem com o organograma de uma organização).
O segundo nível compreende os sistemas dinâmicos simples. Neles se incluem os mecanismos de relógio, de movimentos predeterminados. As alavancas e as roldanas, embora sejam máquinas bastante complicadas, os motores a vapor e os dínamos podem ser inclusos nessa categoria, assim como parte considerável da estrutura teoria de disciplinas, como a Física, a Química e a Economia.
O terceiro abrange os sistemas cibernéticos simples, servindo de exemplo o termostato. Esse dispositivo implica a comunicação e integração de informação, permitindo ao sistema regular-se e manter determinado equilíbrio dentro dos limites estabelecidos.
No quarto nível encontramos o sistema "aberto", ou auto-regulável. Nesse nível, a vida diferencia-se da não-vida. Poderíamos chamá-lo de nível da célula. Chamas e rios são, igualmente, sistemas abertos extremamente simples. Nem sempre é fácil estabelecer uma clara diferenciação entre vida e não-vida, exceto no sentido de que até mesmo os organismos vivos mais simples são inconcebíveis sem processos como ingestão, excreção e mudança metabólica.
A vida vegetal ilustra o quinto nível. Observamos aqui uma divisão de trabalho entre as células formadoras das sociedades de raízes, folhas, semelhantes etc.
O sexto nível é o do reino animal. Enquanto na vida vegetal os órgãos sensoriais são pouco desenvolvidos, já nessa esfera surgem receptores especializados e informações (olhos, ouvidos etc.) e desenvolve-se o sistema nervoso, permitindo ao cérebro organizar as informações com vistas à mobilidade e ao comportamento.
O sétimo nível tem como objetivo o ser humano. O homem possui a qualidade auto-reflexiva. Ele não apenas sabe, mas sabe que sabe. Uma memória altamente desenvolvida, a capacidade da fala e a habilidade de absorver e interpretar símbolos isolam o homem de seus irmãos mais humildes. Ele está consciente do passado, e seu comportamento é profundamente afetado pela época em que vive.
O oitavo nível é o da organização social. A unidade, nesse caso, não é o indivíduo, mas o papel por ele desempenhado - aquela parte dele interessada na organização ou situação em questão. Podemos definir as organizações sociais como um conjunto de papéis enfeixados em sistemas por seus respectivos canais de comunicação.
Dois pontos básicos devem aqui ser atentados. Em primeiro lugar, só a partir do quarto nível nós temos sistemas abertos, cuja característica principal é seu inter-relacionamento com o meio exterior, pois até o terceiro nível os sistemas são fechados. A segunda observação, que julgo de extrema importância, é no sentido de nos apercebermos de que as organizações estão situadas no nível oitavo, o de maior complexidade. É apenas um alerta para que não se estranhe o alto grau de dificuldade geralmente presente para a compreensão do fenômeno organizacional e, conseqüentemente que, por definição, são complexos.
Componentes e características de um Sistema
1. Insumos (entradas, inputs)
Constituem a energia importada para o funcionamento do sistema: recursos materiais, humanos, financeiros e tecnológicos. Toda organização dependera de uma maior ou menor quantidade de homens para nela trabalhar. Necessitará de máquinas e matéria-prima a ser processada. Precisará de recursos financeiros, de capital de giro e assim por diante.
2. Processamento (throughput)
A organização, internamente, deverá ter um certo tipo de estruturação ou "arrumação" que lhe permita transformar os insumos recebidos em algo desejável e esperado. A estrutura dependerá em grande parte da natureza das tarefas e da tecnologia a ser empregada, como veremos mais adiante.
3. Saídas (produto, output)
Os insumos, após serem processados, serão transformados em um produto ou saídas, que será colocado no ambiente.
4. Entropia
É a tendência que tem os organismos, quaisquer que sejam, no sentido da desagregação. Os sistemas físicos, fechados, estão sujeitos à força da entropia, que aumenta até que, em determinado momento, o sistema inteiro pare. Um exemplo esclarecedor é o da máquina que pelo uso tende a deteriorar-se. Entretanto, no sistema biológico ou social, aberto, a entropia pode ser interrompida, transformando-os no que chamamos de entropia negativa, ou homeostase. Isso significa que os sistemas abertos os inputs (material, energia, informação), provenientes do ambiente externo, permitem que o sistema busque novos rumos e se desenvolva.
Obviamente, para o sistema biológico, este processo de entropia negativa nunca é perfeito. O organismo vive e cresce durante um período de tempo, mas está sujeito à deterioração e morte. A organização
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