Novos rumos da comunicação - Múltiplas dimensões usadas no nosso favor
Por: Wesley Ribeiro • 21/5/2018 • Projeto de pesquisa • 2.569 Palavras (11 Páginas) • 270 Visualizações
Novos rumos da comunicação –
Múltiplas dimensões usadas a nosso favor
Faculdade Anhanguera, Limeira, SP
- INTRODUÇÃO
O intuito desse artigo é traçar um panorama sobre novas mídias, e novas plataformas de projeção, em especial as tecnologias de projeção holográfica, mídias 3D, 6D e 7D. O foco desse estudo é aproximar essas tecnologias e abordagens e o nosso mercado, em especial o mercado publicitário e artístico. Vemos um crescimento constante, não só no campo criativo, mas também no campo mercadológico, aos poucos, os grandes clientes estão mais abertos a experimentações. Claro que esse crescimento não acontece com tanta frequência, quando comparamos com as inovações em outros campos midiáticos desse mercado, como a produção de vídeos e direção de arte 2D, mas o mundo está, definitivamente, mais aberto ao ‘futuro’. A tecnologia holográfica é, basicamente, uma maneira de apresentar uma imagem em três dimensões pelo uso da luz, essencialmente. O conceito foi criado em 1948 por Dennis Gabor, um engenheiro eletricista e inventor húngaro-britânico, além de grande prestígio a invenção lhe rendeu um prêmio Nobel de física em 1971. Hoje essa tecnologia se expande nas mais diversas utilidades e aplicações. A fotografia apareceu como uma maneira de guardar conteúdos e imagens usando as técnicas de captura de luz, por meio de um obturador. Mas, obviamente, ela não é capaz de uma captura completa e funciona como uma "reprodução chapada" em relação à realidade. E a holografia é justamente uma evolução da maneira de capturar e projetar das fotografias, capaz de capturar tridimensionalmente um objeto e a sua iluminação. Ou seja, ao olharmos para um holograma, podemos vê-lo em três ou quatro dimensões. É quase como se estivesse vendo o objeto real.
Para que um holograma seja capturado, são necessários itens e vários passos a serem seguidos. O primeiro passo é providenciar um laser vermelho HeNe (hélio-neon). Em seguida, o laser é ligado e passado por um divisor ótico para que ocorra a divisão da luz. Depois, a luz deve cruzar lentes divergentes para a amplificação do laser e, consequentemente, da projeção. Enquanto um laser serve de referência da iluminação, o outro bate no objeto e termina na emulsão de holografia. E é nesse momento que a mágica acontece. No próximo capítulo deste artigo, veremos alguns bons exemplos de como essa tecnologia está sendo usada em nosso mercado.
Outra tecnologia chave deste artigo, é a chamada 7D (6 dimensões tecnológicas, mais a dimensão dos usuários, incluindo cenários e interações) uma evolução das projeções e criações em 3D. As três dimensões já deixaram de ser novidade a um bom tempo. Seja através de projeções de filmes no cinema, jogos e aplicativos para celular (futuramente teremos inclusive nos televisores caseiros), esta tecnologia de projeção possibilita novas experiências para o usuário, aumentando o nível de imersão e interação com o conteúdo apresentado, e mesmo ‘obsoleta’ em polos de inovação como Vale do Silício, em São Francisco, Califórnia ou o Massachusetts Institute of Technology (MIT), essa tecnologia ainda vai se manter relevante por um bom tempo. Mas nesses institutos, em especial o MIT, em alguns anos ela vai se tornar algo do passado. Eles são um dos pioneiros no mundo na criação do método capaz de projetar imagens em nada menos que 6 dimensões. Essa nova tecnologia promete um novo grau de imersão e qualidade de imagem, pois além da incrível realidade na projeção, ela dispensa o uso de qualquer acessório extra, inclusive os óculos. E para entendermos como funciona o 6D, precisamos entender primeiro sua antecessora. O 3D que observamos durante a projeção de filmes ou na tela de determinados aparelhos portáteis, é uma combinação de duas imagens projetadas em pontos distintos. Utilizando lentes colocadas a cerca de seis centímetros uma da outra, é possível simular um fenômeno natural chamado estereoscópica, responsável por criar informações referentes à profundidade, distância, posição e tamanho dos objetos. Vamos fazer um exercício de comparação.... Imagine uma imagem em três dimensões exibida na tela de um cinema. Por mais que seja convincente e realista, independente do ângulo que você a visualizar, sempre terá a mesma imagem. Agora visualize em sua mente um holograma, que possui essa propriedade de exibir a mesma imagem de maneira diferente, dependendo do ângulo de visão de quem está assistindo. Embora os hologramas sejam mais realistas do que as imagens em três dimensões projetadas no cinema, ainda possuem uma grande limitação: não são capazes de interagir com a iluminação do ambiente. Por esse motivo temos a sensação de aquele objeto projetado, por mais definida que seja sua criação, pareça artificial se comparado a um objeto real. E é nesse ponto que entra a nova tecnologia em 6D, ela representa uma revolução nesse sentido, pois permite que a visualização dos objetos projetado seja alterada não apenas com a mudança de posição do espectador, mas também com a mudança de direção e intensidade de iluminação. Isso possibilita a exibição de imagens ainda mais realistas, dando uma ilusão muito mais convincente de profundidade, distância, posição e tamanho dos objetos. Com o advento dessa nova tecnologia, vai ser possível realmente acreditar que os personagens do filme que você está assistindo estão interagindo com o público, quase como se fossem novos membros da plateia. Como podemos ver nesse vídeo, captado em um shopping no Japão e posteriormente em Dubai, onde você pode vivenciar uma experiência parecida com os shows do Sea World, em Orlando. Abre-se um lago nevado na frente do espectador, e dele sai todo tipo de animais, de baleias orca à ursos polares. Ao contrário dos hologramas, que dependem da utilização da combinação de feixes de lasers para sua projeção, o sistema em seis dimensões utiliza um princípio semelhante ao encontrado em certos cartões portais e brindes de revistas, que simulam uma imagem tridimensional, conforme o observador muda seu ponto de vista, a imagem vai se ‘adaptando’ a sua visão. Nestes objetos, é utilizada uma série de lentes lineares e paralelas construídas em plástico, que ficam superpostas à imagem que se deseja dar a ilusão de 3D. A tecnologia 6D utiliza diversas camadas adicionais de lentes e telas a esse sistema, adicionando duas dimensões extras. A imagem resultante não somente é modificada pela visão do espectador, mas também pela intensidade e direcionamento da iluminação presente no ambiente.
Em um teste inicial, realizado nas dependências do MIT, os cientistas utilizaram a imagem de uma garrafa de vinho feita de vidro, cuja visualização é alterada conforme é alterado o ângulo da luz utilizada. O resultado impressiona por ser extremamente realista, dando uma perfeita ilusão de ver não somente uma imagem projetada, mas sim o objeto real. Segundo os cientistas, os campos que mais se beneficiarão desta nova tecnologia são o mercado artístico, publicitário e o de entretenimento. Imagine andar pela rua e ao ver um outdoor sobre uma nova escova de dente ou um xampu para cabelos encaracolados, não somente ver uma imagem estatística do produto, mas sim uma ilusão de que o objeto está realmente ali, na sua frente. Essas são somente algumas das possibilidades criadas pelo uso inteligente desse novo sistema de projeção em seis dimensões. Como veremos na sequência deste artigo.
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