Resumo texto Marketing Myopia

Resumo: Marketing Myopia

Se um determinado setor do mercado estiver passando por dificuldades de crescimento e desenvolvimento, a culpa não é do mercado saturado, e sim da má administração. Os culpados são os diretores responsáveis pelas metas e diretrizes que o produto/setor toma.

Quando uma empresa ou produto tem dificuldades em continuar com seu serviço depois de novas possíveis concorrências, o problema está na “miopia” do marketing, ou seja, dificuldade em analisar o cenário do mercado como um todo, e não de forma moldada e limitada. São nesses desafios que devem ser encontradas oportunidades, e além da preocupação com a qualidade e pesquisa de certo produto, as companhias devem também ter os clientes como um dos principais focos. Um produto não serve para nada se não satisfaz a necessidade do cliente.

Todas as invenções podem sofrer ameaças no mercado, pois sempre surgem novos produtos que podem fazer alguma invenção passada parecer inútil ou desnecessária. Apostar em um produto, achando que ele será eterno e necessário para sempre, pode causar decepções no mundo dos investimentos. Segundo Levitt, “não existe setor de rápida expansão. Há apenas companhias organizadas e dirigidas de forma a aproveitar as oportunidades de expansão”.

O autor usa o petróleo para exemplificar suas teorias, já que é um produto muito antigo e que todos têm a certeza de sua longevidade. Um mito é acreditar que enquanto a população crescer e enriquecer, os lucros estarão assegurados, mas não levam em conta que há outra companhia tentando aperfeiçoar o que já existe. Por exemplo, a indústria do petróleo não investe em um mercado para seu produto e sua comercialização, pois tem certeza que a necessidade do petróleo puro será eterna. Assim, limitam-se à tecnologia de produção, prospecção e refino do petróleo.

A gasolina é o principal produto comercializado pelo petróleo, mas mesmo assim não é a indústria de petróleo responsável pelo marketing, e sim os postos de gasolina.

A indústria do petróleo se desenvolveu muito irregularmente, e se mantém até hoje graças a inovações não autorais que surgiram conforme o tempo que favoreceram ele. Por isso, Levitt acredita que sua vida útil está próxima do fim, mostrando que não existe garantia contra a obsolência de qualquer produto.

Um problema para as companhias, que parece ser contraditório, é a produção em massa. Quanto mais se produz, menor é o custo por produto, e isso atrai muito os gestores. Porém, isso pode ser uma armadilha, já que as forças se concentram para a produção e vendas, e o marketing é esquecido. Além disso, é muito comum a ideia de que o lucro vem apenas com a produção a baixo custo, o que é errado, pois é possível ter um lucro muito maior quando o foco é o marketing.

O intenso investimento na pesquisa e desenvolvimento de um produto pode criar uma falsa ilusão de que um produto de alta qualidade se venderá por si só.