Segundo Tratado do Governo Civil
Por: Gabriel Souza • 3/10/2018 • Seminário • 1.753 Palavras (8 Páginas) • 411 Visualizações
DISCIPLINA: HISTÓRIA | FICHAMENTO | |
PROFESSOR: Martin Kreuz | ||
ESTUDANTE: Gabriel Fagundes de Souza | SÉRIE: 2ª | TURMA: 201 |
LOCKE, John. Segundo tratado do governo civil. Tradução Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa. Petrópolis: Vozes, s.d. 103 p.
C1 | APONTAMENTOS |
“Para o homem, a escravidão é um estado tão vil, tão miserável e tão diretamente contrário ao temperamento generoso e à coragem de nossa nação”, todo governo é uma monarquia absoluta, fazendo assim como que nenhum homem venha ao mundo “livre”, surge uma geração onde acredita que os príncipes são investidos de um direito divino de exercer o poder absoluto, mas não existe nenhuma lei ou condição onde os obriga a exercer sua função, ou ainda o compromisso de respeita-la, “fosse este ratificado por juramentos ou promessas da maior solenidade, estas pessoas negaram à humanidade seu direito à liberdade natura”, expondo todos os indivíduos a pior miséria que seria a tirania e a opressão. Títulos de príncipes tornaram-se questionáveis, afinal eles também nascem escravos, porém são escravos de um poder divino (herdeiros legítimos de Adão), “como se eles quisessem entrar em uma guerra contra todo o governo e inverter as próprias bases da sociedade humana.”, para nós a vida e a escravidão tiveram início no mesmo momento. “uma vez estabelecidas todas essas premissas, é impossível aos governantes que vivem atualmente sobre a terra tirar qualquer proveito ou derivar a menor sombra de qualquer autoridade daquela que se supõe a fonte de todo o poder”. Os homens em sua vida comum não seguem outras regras a não ser a de animais selvagens, onde sua força mostra quem é que manda, causando a desordem. | |
C2 | APONTAMENTOS |
“Para compreender corretamente o poder político e traçar o curso de sua primeira instituição, é preciso que examinemos a condição natural dos homens”, um estado onde os homens são livres para decidir suas ações, tudo dentro dos limites naturais, sem ser obrigado a pedir a outro homem, ou seguir sua vontade. Ninguém tem mais que ninguém, todos criados da mesma espécie e todos tendo as mesmas condições, iguais entre si, contendo os mesmos direitos, ninguém sendo melhor que ninguém, “O judicioso Hooker considera esta igualdade natural dos homens como tão evidente em si mesma e fora de dúvida, que fundamenta sobre ela a obrigação que têm de se amarem mutuamente”. |
C3 | APONTAMENTOS |
“O estado de guerra é um estado de inimizade e de destruição”, se alguém declarar fomentar contra outro homem projetos, “não apaixonados e prematuros, mas calmos e firmes, isto o coloca em um estado de guerra diante daquele a quem ele declarou tal intenção”, fazendo com que sua vida fique exposta nas mãos de outro, ou nas mãos de outros que abracem sua causa. “Por isso, aquele que tenta colocar outro homem sob seu poder absoluto entra em um estado de guerra com ele”, isto pode ser entendido como a declaração de uma intenção contra sua vida, “pois ninguém pode desejar ter-me em seu poder absoluto, a não ser para me obrigar à força a algo que vem contra meu direito de liberdade”. “Isso autoriza todo homem a matar um ladrão que não lhe fez nenhum mal e não declarou outra intenção contra sua vida, exceto a de mantê-lo sob seu poder pela força para roubar-lhe seu dinheiro ou o que quiser dele”. |
C4 | APONTAMENTOS |
“A liberdade natural do homem deve estar livre de qualquer poder superior na terra e não depender da vontade ou da autoridade legislativa do homem, desconhecendo outra regra além da lei da natureza.”, o homem, incapaz de dispor de sua própria vida, não poderia nem por convenção nem por seu próprio consentimento virar escravo de outro, ninguém pode dar mais poder do que ele próprio já tem. “Esta é a perfeita condição da escravidão, que nada mais é que o estado de guerra continuado entre um conquistador legítimo e seu prisioneiro.” |
C5 | APONTAMENTOS |
“Deus, que deu o mundo aos homens em comum, deu-lhes também a razão, para que se servissem dele para o maior benefício de sua vida e de suas conveniências”, tudo que foi dado ao homem, a terra, os animais, foi tudo dado para seu sustento e o conforto de sua existência. “Mas visto que a principal questão da propriedade atualmente não são os frutos da terra e os animais selvagens que nela subsistem, mas a terra em si, na medida em que ela inclui e comporta todo o resto, parece-me claro que esta propriedade, também ela, será adquirida como a precedente”, “Nenhum outro homem podia se sentir lesado por esta apropriação de uma parcela de terra com o intuito de melhorá-la, desde que ainda restasse bastante, de tão boa qualidade, e até mais que indivíduos ainda desprovidos pudessem utilizar.”. |
C7 | APONTAMENTOS |
“Tendo Deus feito do homem uma criatura tal que, segundo seu julgamento, não era bom para ele ficar sozinho, submeteu-o a fortes obrigações de necessidade, comodidade inclinação para levá-lo a viver em sociedade, assim como o dotou de entendimento e linguagem para mantê-la e desfrutá-la.”, a sociedade conjugal resulta num pacto voluntario entre o homem e a mulher, consistindo principalmente na união dos corpos, “Como a união entre o homem e a mulher tem por fim não somente a procriação, mas a perpetuação da espécie, esta relação entre o homem e a mulher deve continuar, mesmo depois da procriação, quanto tempo for necessário para a alimentação e o sustento dos jovens, que devem ser mantidos por aqueles que os geraram até que sejam capazes de se deslocar e de se prover por si mesmos.”. |
...