As Relações Internacionais e Política Externa do Brasil
Por: Gabrielkatao • 28/2/2018 • Trabalho acadêmico • 3.126 Palavras (13 Páginas) • 168 Visualizações
Nome: Gabriel Henrique Katao RA: D1718G-8
Curso: Relações Internacionais Prof. Dra. Sandra Julia Gonçalves
Título da resenha: Os antigos marcos das Relações Internacionais
Livro: Relações Internacionais e Política Externa do Brasil
Referência Bibliográfica:
Autor: Paulo Roberto de Almeida
Título da Obra: Relações Internacionais e Política Externa do Brasil
Editora: UFRGS
Data de Publicação: 1998
Número: de páginas 359
Preço: R$30,00-R$100,00
Sobre o autor:
Nascido em São Paulo no dia 19 de novembro de 1949. Paulo Roberto de Almeida se tornou doutor em Ciências Sociais em 1984 na Université Libre de Bruxelles, Mestre em Planejamento Econômico na Universidade de Antuérpia em 1977 e Licenciado em Ciências Sociais na Université Libre de Bruxelles em 1975.
Se descreve sendo um marxista capitalista, então consequentemente usa o marxismo como um método de análises, porém não é uma pessoa religiosa, mas também não se considera uma pessoa anti-religiosidade. Acredita que as religiões trazem consigo valores positivos para o desenvolvimento moral da humanidade, e isso influenciou em sua obra principal.
Síntese da Obra
Traz um grande foco a assuntos como política externa, nos quais foram citados vários autores que falaram sobre esse tema, já a história diplomática brasileira sendo deixada de lado cada vez mais, onde os autores estão com cada vez mais dificuldades para fazer obras ao mesmo nível que as do século passado.
Houve um aumento considerável de autores desde a oficialização das relações internacionais no Brasil, no qual muitos estudiosos e historiadores começaram a ser reconhecidos, quebrando o paradigma de que apenas os autores famosos vão continuar fazendo obras marcantes. Abrindo grandes portas para novos autores botarem seu ponto de vista em suas obras.
Muitos autores não demonstram seu lado político ou sua opinião em suas obras para poderem se manter isentos de acusações de direcionamento, porém algumas obras acabam sendo impossíveis de dizer isso por conta do grande olhar político colocado nelas, o que faz com que haja pouco olhar de maneira econômica nos livros.
Quanto mais pessoas apareciam, mais pontos de vistas aparecem nas obras, o que é bom para a pessoa achar a maneira que melhor se encaixa, e por conta disso vários temas surgiram para serem colocadas nos textos como, religioso, político, administrativo, humanitário, globalista, entre muitos outros
Foram mostrados por Almeida diversos períodos e transformações da economia brasileira, no qual ele sempre citava um autor principal para tal época, o que ajuda o leitor a entender e oficializar o contexto no qual está.
Resenha
No capitulo inicial foi muito demarcado grande mudanças e transformações ocorridas no meio das relações internacionais, principalmente feita pelos historiadores e diplomatas da primeira geração, que passaram da área de atividades de pesquisas acadêmicas na parte da história para a área política no campo da diplomacia. Oliveira Lima foi citado sendo aquele que demarcou melhor obras de historiador pois se importava muito na formação da nacionalidade brasileira.
Um tipo de tema citado como algo que evoluiu foi a parte de uma visão mais religiosa, onde defendiam sua doutrina ou fé em base de suas razoes. Esse tipo de tema foi substituído por uma visão na qual tinha suas pesquisas baseados e retirados de teorias baseadas na ciência política e sociologia do desenvolvimento de várias obras que deixaram sua marca.
No mesmo capitulo autor tenta demonstrar a limitação ocorrida no campo da história citando um texto de Clodoaldo Bueno, no qual demarcou que existe uma separação conceitual entre o objeto de estudo da ciência política e a história, principalmente pois a história sempre estudou o que já ocorreu e não pode ocorrer mais mudanças, já a teoria busca o presente, e isso causa com que a ciência política tenha muito mais opções de metodologias para estudo do que a história, colocando sempre um foco maior na área política e econômica.
O segundo capitulo tem seu foco trazido diretamente para Pandiá Calógeras, que é um pesquisador que foi formado em engenharia e mineralogia descritiva, onde são citados várias de suas grandes obras, desde a sua primeira publicada que era As Origens em 1927 até seus relançamentos feitos no ano de 1989. Tais livros são citados como influencia para a história diplomática brasileira.
O autor desde livro mostra a maneira que Calógeras se indagava de como ele iria estudar a política externa do Brasil e a maneira de como ele foi achando a solução, e quando foi achada foi dita que era uma obra inigualável, no qual ele mostrou de maneira perfeita as formações da nacionalidade brasileira nas dimensões internacionais, porém inacabada, pois ainda faltaria dois volumes que completariam o “Fatos do segundo império”. Suas obras até mesmo foram reconhecidas por um crítico muito famoso chamado José Honório Rodrigues, que elogiou muito este grande historiador, porém diz que a obra não pode ser chama de definitiva e com algumas falhas metodológicas.
Dessa forma neste capitulo há um grande foco na parte crítica sobre os livros de Calógeras e sua maneira de trabalhar, pois é dito que ele não mostrava que pertencia a algum tipo de escola histórica, e isso é bom pois não mostrava nenhum direcionamento direto a algum tipo de pensamento, mas sim apenas algumas influencias como o positivismo de Revue Historique de Gabriel Monod, wie es eigentlich gewesen de Ranke.
O autor deste livro guia os leitores a entenderem melhor a maneira que Calógeras escrevia, nos mostrando que ele sempre deixava seções para problemas econômicos, mas não a ponto de ser o fato principal do livro, mostrando também quais capítulos de Calógeras eram sobre economia política
Calógeras foi um marco para a história das R.I no Brasil, principalmente porquê foi o primeiro a pensar de maneira unificada, focando apenas no nosso país. Deixando sua marca unindo nossa política com a externa, dizendo que a política externa é como um prolongamento da interna, criando esses livros para que no futuro novos autores possam melhora-la, se tornando base para muitos estudos nas relações internacionais no Brasil.
O terceiro capítulo trata sobre Hélio Vianna, no qual segundo o autor foi um dos autores didáticos mais valorizados na média da década de 1950, isso por conta da sua maneira de criar seus materiais, pois eles encaixavam bem na maneira que o Brasil se encontrava na época, que era um momento que ocorria uma grande industrialização e urbanização no país, e isso fez com que grande parte da classe média fosse desvalorizada, principalmente os professores, e juntamente a isso, a maneira de ensinar dos livros de Hélio Vianna.
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