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Resenha vinte anos de crise

Por:   •  30/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.948 Palavras (12 Páginas)  •  570 Visualizações

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O Autor

Sou Immanuel Kant e nasci em 1724 na cidade de Königsberg - Prússia, cidade na qual também faleci. Durante minha vida, realizei vários trabalhos em várias ciências, destacando minha atuação na matemática, física (onde propus uma teoria sobre a formação do sistema solar) e filosofia, campo ao qual pertence minha obra analisada nesta apresentação. Além de cientista brilhante, e muito claramente por casa disso, fui professor universitário. E por muitos sou considerado a encarnação da Razão Pura.

Olá! Me chamo Immanuel Kant, e primeiramente, vou contar para vocês um pouco da minha história, que não foi fácil.

Nasci em Königsberg, Prússia, no dia 22 de Abril de 1724,hoje na Polôni. Fui o quarto, de nove filhos. e meus pais eram pietistas intensos.

O pietismo surgiu na Alemanha no final do século XVII, na igreja luterana, e foi uma resposta ao dogmatismo religioso da Igreja oficial.
 Fui um filósofo alemão, e com orgulho, fundador da filosofia crítica.

Nunca me casei,  nem tive filhos. Levei uma vida calma e regrada, que teve fim em 1804, dois meses antes do meu aniversário de 80.

Fui um profundo adimiradore da literatura, e simpatizava com a poesia.

Já a  música e a pintura, não despertavam muito meu interesse.. 

Era filho de um artesão (de descendência escocesa) que trabalhava couro e fabricava selas. Minha mãe, de origem alemã, embora não tivesse estudo, foi uma mulher admirada pelo seu caráter e pela sua inteligência natural. Ambos meus pais eram do ramo pietista da Igreja Luterana, uma subdenominação que requeria dos fieis vida simples e integral obediência à lei moral.

A influência de meu pastor permitiu a mim , o 4o. de 9 crianças, entrar na escola pietista onde estudei por oito anos e meio principalmente os clássicos latinos. Com tal incentivo e uma recomendação, aos 8 anos entrei na escola. Ainda que nutrindo gratidão por meus professores, sofri com os rigores excessivos da escola. Durante muito tempo não fiz menção aos ensinos básicos que tive.
Em 1737, minha mãe faleceu, por volta dos meus14 anos.

Aos dezoito anos fui admitido na Universidade de Konigsterg como estudante de teologia. Em 1746, morreu meu pai. Eu estava na época com 22 anos, e fui obrigado a interromper meus estudos e a começar a dar aulas particulares para manter a família. Durante quase dez anos fui professor particular em residências de famílias abastadas da Prússia Oriental. Aprendi rapidamente os modos da elite da minha época: como conversar, as formalidades de uma nobreza que até então me eram estranhas.

Perdi minha mãe ainda jovem, e meu pai era um homem que pregava a verdade como preceito de vida. Uma porção significativa da minha austeridade ética provavelmente veio do meu lar. Escrevi que nunca teve lugar na casa paterna qualquer coisa que não se adequasse à veracidade e à decência - .

Em 1755, ajudado pela bondade de um amigo, pude completar meus estudos na universidade. Obtive meu doutorado e assumi a posição de livre docente (Privatdozent, professor sem salário). Três dissertações que apresentei na habilitação a esse posto demonstram o interesse e rumo de meu pensamento nessa época.

Minha fama como professor e escritor aumentou constantemente durante os 15 anos que passei como livre-docente. Cedo eu já lecionava sobre muitos assuntos além de física e matemática, incluindo lógica, metafísica, e filosofia moral. Até mesmo ensinei sobre fogos de artifício e fortificações, e cada verão, por 30 anos, dei um curso popular sobre geografia física. Meu estilo, que diferia grandemente daquele de meus livros, era humorístico e vivo, vivificados por muitos exemplos de minhas leituras em literatura inglesa e francesa, viagem e geografia, ciência e filosofia.
Minhas aulas e os meus trabalhos escritos durante os 15 anos como livre-docente estabeleceram minha reputação como um filósofo original. Não recebi uma cadeira na universidade até 1770, quando fui feito professor de lógica e metafísica, uma posição que mantive até 1797, continuando nesses 27 anos a atrair grande número de estudantes para Königsberg.

A primazia pela ordem, disciplina, repetição também evitou os deslocamentos. Talvez tenha sido uma viagem à cidade de Arnsdorf, distante cem quilometros de Königsberg, uma das mais longas em minha vida.

Fui um grande simpatizante dos ideais da Independência Americana e depois da Revolução Francesa. Fui um pacifista convicto.

É lendária a forma extremamente regrada como vivi. Ouvi dizer que a população de Konisberg acertava os relógios por mim, quando passava pelas suas janelas nos meus passeios diários, sempre às 16h30. Heine disse que as donas de casa da cidade de Königsberg atualizavam os relógios quando eu passeava. Com certeza eu era mesmo rigoroso com  pontualidade. Acordava sempre às 5h00 da manhã e cumpria uma rotina estudada.

Médicos e amigos próximos reconheciam que minha disciplina de vida rigorosa com horários, alimentação e o repouso,me deram mais tempo de vida ,já que minha aparência

 era de um homem magro, pequeno porte, peito e ombros delicados e estreitos,o que dava a muitos impressão de fragilidade.

Fui autor de 14 obras, sendo as mais importantes: "  Crítica da razão pura", " Crítica da razão prática", "  Crítica do julgamento", e a importantíssima, e tema da nossa conversa " Paz perpétua".

Primeiro Artigo Definitivo para  A Paz Perpétua

A Constituição civil em cada Estado deve ser republicana.

Somente as Constituições republicanas são fundadas na única e legitima fonte de poder “ o povo, e portanto são as únicas capazes de conduzir o Estado à Paz Perpetua.” Nesse sentido, a opinião pública, se devidamente efetivada, seria suficiente para prevenir a guerra”. A Constituição civil em cada Estado deve ser republicana. A constituição de um Estado deve fundar-se nos princípios da liberdade das pessoas, enquanto componentes de uma sociedade, da sua dependência a uma legislação comum e da sua igualdade como cidadãos. Ao reconhecer a cidadania das pessoas, a constituição republicana implica a sua participação nas decisões, ao contrário de uma outra, em que cabe aos governantes decidir sobre os rumos do Estado.³ Nesse sentido, não aceito a democracia, pois esta seria necessariamente um despotismo; na medida em que não é unânime, contraria a vontade de alguns e isto contradiz a própria vontade geral.

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